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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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MONADOLOGIA 681 MONOGENISMO<br />

za dois seres perfeitamente iguais (v. IDI-NTIDA-<br />

DK DOS INDISCI-RKIVKIS). Toda M. constitui um<br />

ponto <strong>de</strong> vista sobre o mundo, sendo, portanto,<br />

lodo o mundo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado ponto <strong>de</strong><br />

vista (Monad., 1714, § 57). As ativida<strong>de</strong>s fundamentais<br />

da M. são a percepção e a apetiçào,<br />

mas as M. têm infinitos graus <strong>de</strong> clareza e distinção-,<br />

as providas <strong>de</strong> memória constituem as<br />

almas dos animais, e as providas <strong>de</strong> razão constituem<br />

os espíritos humanos. Mas a matéria<br />

também é constituída por M., ao menos a matéria<br />

segunda, já que a matéria primeira é a<br />

simples potência passiva ou força inereial (Op.,<br />

ecl. Gerharclt, III, pp. 260-61). A totalida<strong>de</strong> das<br />

M. é o universo. Deus é "a unida<strong>de</strong> primitiva<br />

ou substância simples originária; todas as M.,<br />

criadas ou <strong>de</strong>rivadas, são suas produções e<br />

nascem, por assim dizer, por fulguraçào contínua<br />

da divinda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> momento em momento"<br />

(Monad., § 47).<br />

As características <strong>de</strong>ssa doutrina <strong>de</strong> Leibniz<br />

reaparecem sempre que os filósofos recorrem<br />

ao conceito <strong>de</strong> M., e estão substancialmente<br />

presentes nas doutrinas metafísicas do<br />

espiritualismo contemporâneo. Atente-se para<br />

o sabor leibniziano do seguinte trecho <strong>de</strong><br />

Husserl: "A constituição do mundo objetivo<br />

comporta essencialmente uma harmonia <strong>de</strong><br />

M., mais precisamente uma constituição harmoniosa<br />

particular em cada M. e, por conseguinte,<br />

uma gênese que se realiza harmoniosamente<br />

nas M. particulares" (CartMed., § 49)<br />

(v. RSPIRITI ALISMÜ).<br />

MONADOLOGIA (in. Monadology, fr. Monadologie,<br />

ai. Monadologie, it. Monadologia).<br />

Este termo serviu a Leibniz <strong>de</strong> título â breve exposição<br />

<strong>de</strong> seu sistema, composta a pedido do<br />

príncipe Eugênio <strong>de</strong> Savóia. em 1714. O termo<br />

permaneceu para <strong>de</strong>signar a doutrina das<br />

mônadas. Kant intitulou M. physica um escrito<br />

<strong>de</strong> 1756. K o termo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aquela época ocorre<br />

freqüentemente (cf. p. ex. RKNOLVIER e PRAT,<br />

Nouvelle monadologie, 1899).<br />

MONARCÔMACO (in. Monarchomachist;<br />

fr. Monarchomachiste, ai. Monarchomache, it.<br />

Monarcomaco). Foram assim chamados no<br />

séc. XVII os seguidores do direito natural que<br />

combatiam o absolutismo monárquico. O nome<br />

ocorre pela primeira vez no título da obra do<br />

católico escocês GI.ILHF.RME BARKLAY, Deregno<br />

et regalipotestate adversas Buchanamtm, Brntum,<br />

Boucherinm, et relíqnos monarchomachos.<br />

Paris, 1600.<br />

MONARQUIA. V. GOVKRNO. FORMAS DE.<br />

MONARQUISMO. V. MODAI.ISMO.<br />

MONÁSTICO. Viço chamou <strong>de</strong> filósofos M.<br />

ou solitários os estóicos e os epicuristas. porquanto<br />

"querem o amortecimento dos sentidos"<br />

e "negam a providência: aqueles <strong>de</strong>ixando-se<br />

arrastar pelo <strong>de</strong>stino, estes entregando-se<br />

ao acaso, e os segundos opinando que as almas<br />

humanas morrem com os corpos". Aos<br />

filósofos M. Viço contrapôs os filósofos políticos,<br />

especialmente os platônicos, que convém<br />

com os legisladores em admitir a providência e<br />

a imortalida<strong>de</strong>, além da mo<strong>de</strong>ração das paixões<br />

(Scienza nuova, 1744, Degnitâ V).<br />

MONERGISMO. V. SINKKGISMO.<br />

MONISMO (in. Monism; fr. Monisme, ai.<br />

Monismns; it. Monismo). Wolff chamava cie<br />

"monistas" os filósofos "que admitem um único<br />

gênero <strong>de</strong> substância" (Psychol. rationalis, § 32),<br />

compreen<strong>de</strong>ndo nessa categoria tanto os materialistas<br />

quanto os i<strong>de</strong>alistas. Porém, conquanto<br />

algumas vezes tenha sido usado para <strong>de</strong>signar<br />

estes últimos ou pelo menos algum aspecto<br />

<strong>de</strong> sua doutrina, esse termo foi constantemente<br />

monopolizado pelos materialistas; quando<br />

usado sem adjetivo, <strong>de</strong>signa o materialismo.<br />

Isso se <strong>de</strong>ve provavelmente ao fato <strong>de</strong> ter sido<br />

adotacio por um dos mais populares autores<br />

<strong>de</strong> obras materialistas, o biólogo F.rnst Haeckel<br />

(Der Monismns ais Band zwischen Keligion<br />

und Wissenschaft. 1893). Nesse sentido, o termo<br />

foi empregado no nome da Associação<br />

Monística Alemã (Deutsche Monistenbund),<br />

fundada em 1906 por Haeckel e por Ostwald,<br />

bem como no título <strong>de</strong> uma das mais antigas<br />

revistas filosóficas americanas, 'lheMonist, fundada<br />

em 1890 por Paul Canis.<br />

MONOFILETISMO (in. Monopbyletism; fr.<br />

Monophylétisme, ai. Monophyletismus; it. Monofiletísmo).<br />

Doutrina para a qual todas as<br />

espécies vivas <strong>de</strong>rivam <strong>de</strong> um único ramo<br />

originário. A doutrina contrária chama-se polifiletismo.<br />

MONOFISISMO (in. Monophysism, fr. Monophysisme;<br />

ai. Monopbysismus-, it. Monofisismo).<br />

Interpretação herética do dogma cristão<br />

da Encarnaçâo: o Verbo ou Cristo teria uma<br />

só natureza, a divina. Essa interpretação foi<br />

sustentada no séc. V por Eutíquio, em oposição<br />

ao nes/oríanismo (v.), que sustentava a heresia<br />

oposta; foi con<strong>de</strong>nado pelo Concilio <strong>de</strong> Calcedônia,<br />

<strong>de</strong> 451.<br />

MONOGENISMO (in. Monogenism, fr. Monogénisme,<br />

ai. Monogenismus; it. Monogenis-

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