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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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UNIVERSALISMO 984 UNÍVOCO e EQUÍVOCO<br />

<strong>de</strong> objetiva. Dizia: "Cada juízo objetivamente<br />

U. é sempre subjetivo; isso significa que, quando<br />

o juízo é válido para tudo que está compreendido<br />

em dado conceito, também é válido<br />

para qualquer um que represente ura objeto .segundo<br />

esse conceito". Todavia, o inverso nem<br />

sempre é verda<strong>de</strong>iro, isto é, nem todo juízo<br />

que tem universalida<strong>de</strong> subjetiva ou valida<strong>de</strong><br />

comum também é objetivamente U.; esse é o<br />

caso da universalida<strong>de</strong> estética, que possui universalida<strong>de</strong><br />

subjetiva, mas não objetiva (Crít.<br />

do Juízo, § 8). A partir <strong>de</strong> Kant, a universalida<strong>de</strong><br />

subjetiva tornou-se lugar-comum em <strong>filosofia</strong>,<br />

tanto quanto a noção <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> (v.),<br />

Talvez com mais exatidão, essa espécie <strong>de</strong><br />

1J. é hoje indicada pelo termo intersubjetivo<br />

(v.). A referência à intersubjetivida<strong>de</strong> constitui<br />

o significado <strong>de</strong>sse termo em muitas expressões<br />

correntes, como "linguagem II.". "educação<br />

li", "consenso U.". "amor II.", etc. Em outras<br />

expressões, esse termo po<strong>de</strong> ter tanto o<br />

significado subjetivo quanto o objetivo e lógico:<br />

]•>. ex., "gênio II.". que po<strong>de</strong> ser entendido<br />

como o gênio que todos <strong>de</strong>vem reconhecer ou<br />

reconhecem, ou como o gênio que é gênio em<br />

relação a qualquer ramo do conhecimento.<br />

UNIVERSALISMO (in. Univeisalism, h. Universalisme,<br />

•A.llniversalismus-, it. Universalismo).<br />

1. Km sentido teológico, doutrina <strong>de</strong> que Deus<br />

quer salvar todos os homens, não existindo, pois,<br />

pre<strong>de</strong>stinação à danação. K a doutrina sustentada,<br />

entre outros, por Leibniz, que nesse sentido<br />

fala da oposição entre "universalistas" e "particularistas"<br />

Clhéod.. 1. § 80).<br />

2. Fm sentido ético, qualquer doutrina contrária<br />

ao individualismo que afirme a subordinação<br />

cio indivíduo a uma comunida<strong>de</strong> qualquer<br />

(listado, povo, naçào, humanida<strong>de</strong>, etc).<br />

UNIVERSALIZAÇÃO. V. GKNKRAUZACÀO.<br />

UNIVERSO (gr. tò Tlãv: lat. Universum; in.<br />

Universe, fr. Univers-, ai. ['niversunv. it. Universo).<br />

1. Um todo qualquer: p. ex., "II. do discurso",<br />

"U. das estrelas fixas" ou "II. visível".<br />

2. C) todo da natureza física, sem mencionar<br />

sua or<strong>de</strong>m. Este é o significado atribuído a esse<br />

termo por Aristóteles (Met., V. 26, 1024 a I) e<br />

pelos estóicos (J. STOHKO. Hei, I, 21, pp. 442 ss.).<br />

3. O mesmo que mundo. Este uso prevalece<br />

entre os mo<strong>de</strong>rnos (v. Miwno; ToTAUnAOH;<br />

Tono).<br />

UNIVERSO DO DISCURSO (in. Universo of<br />

discourse, fr. Univers du d iscou rs-, it. Universo<br />

<strong>de</strong>i discorso). Esta expressão foi introduzida por<br />

De Morgan (Formal Logic, 1847, p. 37) e<br />

divulgada por Boole (Lairs of Tbought, 1854,<br />

III, § 4) para indicar, em geral, "a extensão do<br />

campo em cujo interior estão todos os objetos<br />

do nosso discurso".<br />

Mais tar<strong>de</strong> e com maior precisão, esse termo<br />

passou a indicar, na álgebra da lógica, uma ciasse<br />

não vazia, da qual, e somente da qual, sejam<br />

extraídos todos os elementos com que são<br />

constituídas todas as classes sobre as quais o<br />

cálculo é feito. Daí se conclui facilmente que<br />

o U. do discurso é a soma lógica <strong>de</strong> todas as<br />

classes que po<strong>de</strong>m ser formadas com tais elementos.<br />

É indicado com o símbolo "v" ou "1".<br />

Na interpretação proposicional. será constituído<br />

pela disjunção (soma lógica) <strong>de</strong> todas as<br />

proposições sobre as quais é feito o cálculo, ou<br />

da conjunção (produto lógico) <strong>de</strong> todas as proposições<br />

verda<strong>de</strong>iras.<br />

Na lógica das relações, o U. do discurso é,<br />

ainda, formado por todos os elementos que<br />

po<strong>de</strong>m entrar nas relações consi<strong>de</strong>radas; nesse<br />

caso <strong>de</strong>ve conter pelo menos dois elementos,<br />

se forem consi<strong>de</strong>radas apenas relações diádicas;<br />

pelo menos três elementos, se forem consi<strong>de</strong>radas<br />

também as relações triádicas... pelo menos n<br />

elementos se forem consi<strong>de</strong>radas as relações<br />

w-ádicas. A relação-U. é a relação "a v b" que<br />

existe entre todos os pares possíveis <strong>de</strong> elementos<br />

do universo.<br />

Na lógica contemporânea, esse conceito<br />

per<strong>de</strong>u importância: quando usado, é-o no<br />

sentido acima <strong>de</strong>finido. Na prática, porém, usase<br />

com freqüência a expressão "li. do discurso",<br />

para indicar o conjunto <strong>de</strong> elementos (termos<br />

e proposições) que constituem o campo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada disciplina. G. P.<br />

UNÍVOCO e EQUÍVOCO (gr cnwcóvuuoç<br />

ó(J.(óviJ(iOÇ; lat. Unívocus, aequivocus; in. Univocal<br />

equivocai; fr. Univoqtie, equivoque, ai.<br />

Ein<strong>de</strong>utig, Aequivok, it. Univoco. equivoco). Estes<br />

dois termos receberam <strong>de</strong>finições diferentes,<br />

segundo tenham sido atribuídos ao objeto ou<br />

ao conceito (ou nome).<br />

1. Aristóteles atribuiu-os ao objeto e enten<strong>de</strong>u<br />

por unívocos (ou sinônimos) os objetos<br />

que têm em comum tanto o nome quanto a <strong>de</strong>finição<br />

do nome: assim, p. ex., tanto o homem<br />

quanto o boi são chamados cie animais. Chamou<br />

<strong>de</strong> equívocos (ou homônimos) os objetos<br />

que têm o nome em comum, enquanto as <strong>de</strong>finições<br />

evocadas pelo nome são diferentes:<br />

nesse sentido, chama-se <strong>de</strong> animal tanto o lio-

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