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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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INVARIANTE 584 IRONIA<br />

matische Grundlagenforschung, Intuitionismus<br />

und Beweistheorie, Berlim, 1934).<br />

INVARIANTE (in. Invariant; fr. Invariant;<br />

ai. Invariante, it. Invariante). Uma proprieda<strong>de</strong><br />

constante, mais precisamente, na teoria<br />

dos grupos, uma proprieda<strong>de</strong> que permanece<br />

a mesma sob um grupo <strong>de</strong> transformações (v.<br />

GRUPO; TRANSFORMAÇÃO).<br />

INVENÇÃO (in. Invention; fr. Invention; ai.<br />

Hrfindung; it. Invenzioné). "Inventar alguma<br />

coisa" — disse Kant — "é totalmente diferente<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir. A coisa que se <strong>de</strong>scobre admite-se<br />

como já preexistente, apesar <strong>de</strong> ainda não conhecida,<br />

como a América antes <strong>de</strong> Colombo;<br />

contudo, o que se inventa, como a pólvora,<br />

não existia em absoluto antes <strong>de</strong> quem a inventou"<br />

(Antr., I, § 57). Tradicionalmente, a<br />

capacida<strong>de</strong> inventiva <strong>de</strong>nomina-se gênio (v.).<br />

Os problemas relativos à I. assumem aspectos<br />

diferentes nos vários campos: na lógica, têm<br />

sido por vezes <strong>de</strong>batidos a propósito da tópica<br />

(v.) ou da intuição (v.); na arte, a propósito do<br />

gênio (v.).<br />

INVESTIGAÇÃO (gr. Çr|Tr|Gtç; iat Lnvestigatio;<br />

Inquisitio; in. Inquiry, fr. Recherche; ai.<br />

Untersuchung; it. Ricercd). Ainda que o conceito<br />

<strong>de</strong> I. se ligue estreitamente ao <strong>de</strong> <strong>filosofia</strong><br />

(como acontece em PLATÀO, cf., p. ex., Teet.,<br />

196 d; Men., 81 e), dificilmente foi objeto da<br />

indagação filosófica. No mundo mo<strong>de</strong>rno, Dewey<br />

consi<strong>de</strong>rou a lógica como teoria da I..- "Todas<br />

as formas lógicas, com suas proprieda<strong>de</strong>s<br />

características, nascem do trabalho <strong>de</strong> L, e referem-se<br />

à sua aferição, no que concerne à confiabilida<strong>de</strong>*<br />

das asserções produzidas." Nesse<br />

sentido, "a I. da I. é causa cognoscendidas formas<br />

lógicas, ao passo que a indagação primitiva<br />

é causa essendi das formas reveladas por<br />

essa indagação" (Logic, 1939, 1: trad. it., p. 34).<br />

A P. é <strong>de</strong>finida por Dewey como "a transformação<br />

controlada ou dirigida <strong>de</strong> uma situação<br />

in<strong>de</strong>terminada em outra, <strong>de</strong>terminada, nas distinções<br />

e relações que a constituem, <strong>de</strong> tal maneira<br />

que os elementos da situação originária<br />

sejam convertidos numa totalida<strong>de</strong> unificada"<br />

{Logic, VI, trad. it., p. 157).<br />

INVOLUÇÃO (Iat. Lnvolutio; in. Lnvolution;<br />

fr. lnvolution; ai. Lnvolution; it. lnvoluzioné). 1.<br />

O oposto <strong>de</strong> evolução. Essa palavra foi empregada<br />

por Kant para indicar a teoria biológica<br />

oposta à teoria da pré-formação individual, que<br />

ele <strong>de</strong>nominava evolução (Crít. do Juízo, § 81).<br />

Hoje, com o nome <strong>de</strong> I. <strong>de</strong>signam-se os fenômenos<br />

opostos aos da evolução, ou seja, os<br />

fenômenos regressivos da evolução. A. Lalan<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u a tese <strong>de</strong> que o progresso em qualquer<br />

campo não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da passagem do homogêneo<br />

para o heterogêneo, como queria<br />

Spencer, mas da passagem do heterogêneo<br />

para o homogêneo, que é a dissolução ou I.<br />

(Vidée directrice <strong>de</strong> Ia dissolution opposée à<br />

celle <strong>de</strong> Vêvolution dans Ia métho<strong>de</strong> <strong>de</strong>s sciences<br />

physiques et morales, 1898, 2- ed., com o<br />

título Les illusions évolutionnistes, 1931).<br />

2. Na lógica simbólica, o procedimento que<br />

correspon<strong>de</strong> à pontenciaçâo aritmética (cf. PEIR-<br />

CE, Coll. Pap., 3.614-15).<br />

IOGA. Um dos principais sistemas filosóficos<br />

indianos, que consiste essencialmente numa<br />

técnica <strong>de</strong> ascetismo. O texto fundamental <strong>de</strong>ste<br />

sistema são os logassutra <strong>de</strong> Patanjali, obra<br />

provavelmente composta entre os sécs. V e o<br />

VI d.C, talvez com base em fragmentos ou<br />

documentos mais antigos. A I., cujas doutrinas<br />

coinci<strong>de</strong>m substancialmente com as do sistema<br />

sanquia, mas com tônica teísta, consiste essencialmente<br />

na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> exercícios graduais<br />

para obter a perfeita libertação da alma. Os<br />

graus fundamentais são oito: 1 Q restrição moral;<br />

2° cultura da alma com o estudo dos textos<br />

sagrados; 3 Q posições convenientes à meditação;<br />

4 Q controle da respiração; 5 e controle dos<br />

sentidos; 6 B concentração; 7 a atenção contínua;<br />

8 2 recolhimento absoluto (samãdi), no qual<br />

<strong>de</strong>saparece a dualida<strong>de</strong> entre quem contempla<br />

e o objeto contemplado. D I. distingue-se a<br />

Hatha-ioga ou I. violenta, que sugere os exercícios<br />

voltados para afrouxar os vínculos entre<br />

alma e corpo (v. G. Tucci, Storia <strong>de</strong>lia <strong>filosofia</strong><br />

indiana, pp. 98 ss.).<br />

IPSE DEXIT (gr. aÚTÒç êcpa). Frase com<br />

que os pitagóricos costumavam respon<strong>de</strong>r<br />

aos pedidos <strong>de</strong> elucidações sobre sua doutrina:<br />

"Ele disse." Ele era Pitágoras. Cícero aduz<br />

esse costume como exemplo do predomínio<br />

da autorida<strong>de</strong> sobre a razão (De nat. <strong>de</strong>or, I,<br />

5, 10).<br />

IPSEIDADE (Iat. Lpseitas; fr. Ipséitê). Termo<br />

usado por Duns Scot para indicar a singularida<strong>de</strong><br />

da coisa individual (v. ECCEIDADE).<br />

IRASCÍVEL. V. FACULDADE.<br />

IRONIA (gr. eipcoveíot; Iat. Ironia; in.<br />

Lrony; fr. Ironie; ai. Ironie; it. Lronia). Em<br />

geral, a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem dá importância<br />

muito menor que a <strong>de</strong>vida (ou que se julga<br />

<strong>de</strong>vida) a si mesmo, à sua própria condição ou<br />

a situações, coisas ou pessoas com que tenha<br />

estreitas relações. A história da <strong>filosofia</strong> co-

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