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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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PROVA 806 PRÓXIMO<br />

BERGMAW. Philosopby of Science. 1957, p. 4).<br />

mas. enquanto a análise dos procedimentos <strong>de</strong><br />

P. usados pelas ciências individualmente (e<br />

portanto da noção <strong>de</strong> P. em geral) recebeu<br />

pouca atenção dos filósofos metodológicos e<br />

não fez progressos, a noção <strong>de</strong> P. lógica loi repetidamente<br />

elaborada por matemáticos e lógicos.<br />

Os princípios da 'teoria da P." foram estabelecidos<br />

por I). Hilbert da maneira seguinte:<br />

"Lima P. é uma figura que <strong>de</strong>ve ser apresentada<br />

como tal; consiste em conseqüências inferidas<br />

segundo o esquema:<br />

em que cada uma das premissas (fórmulas Sc<br />

S —> 7) é um axioma (posto diretamente como<br />

tal), ou coinci<strong>de</strong> com a fórmula final T<strong>de</strong> um<br />

raciocínio anteriormente agregado à P., ou seja,<br />

consiste na assunção <strong>de</strong>ssa fórmula final. Dizse<br />

que uma fórmula é suscetível cie P. se ela é<br />

axioma (isto 6, assumida como axioma por<br />

posicionamento) ou é a fórmula final <strong>de</strong> outra<br />

P. ("Die Logischen Grundlagen <strong>de</strong>r Mathematik",<br />

em Matbematisch Anncilen. 1923, p.<br />

152). Em outros termos, uma P. lógica 6 um<br />

procedimento que consiste na manipulação <strong>de</strong><br />

fórmulas: manipulação que. por sua vez. é um<br />

conjunto <strong>de</strong> fórmulas. Church diz: "l'ma seqüência<br />

finita <strong>de</strong> uma ou mais fórmulas bem<br />

formadas será uma P. se cada uma das fórmulas<br />

bem formadas da seqüência for um axioma<br />

ou for inferida imediatamente das fórmulas prece<strong>de</strong>ntes<br />

cia seqüência, por meio <strong>de</strong> uma das<br />

regras <strong>de</strong> inferência" (Ititr. to Mathematical<br />

Logic. 1956. § 07). Wittgenstein já dissera a<br />

respeito: "A P. em lógica é apenas um expediente<br />

mecânico para reconhecer mais facilmente<br />

a tautologia quando complicada" ( Tractatus.<br />

6. 1262).<br />

A teoria matemática da I'. consiste substancialmente<br />

em reduzi-la á P. da não-contradiçâo.<br />

Ora. um teorema estabelecido por K. Góclel<br />

em 1931 afirma que, com a ajuda <strong>de</strong> uma parte<br />

da matemática, só se po<strong>de</strong> provar a não-contradição<br />

<strong>de</strong> uma parte mais restrita da própria matemática,<br />

mas não se po<strong>de</strong> provar a nào-contradicào<br />

do conjunto da matemática ou <strong>de</strong> uma<br />

parte mais extensa <strong>de</strong>la. Po<strong>de</strong>-se, p. ex., <strong>de</strong>monstrar<br />

a não-contradiçào da teoria dos números<br />

inteiros partindo da teoria dos números<br />

reais, mas não reciprocamente (cf. CARNAP,<br />

T<br />

f.ogical Syiitax of Lciiif>itcif>e. 193 7 . §§ 35-36;<br />

QriNK, Mathematical Logic. 1940, cap. 7). 0<br />

teorema cie Góclel. como observa Quine, leva<br />

à maturida<strong>de</strong> um novo ramo da teoria matemática,<br />

conhecido como metamatemática ou "teoria<br />

da ]'.". cujo objeto é a própria teoria matemática<br />

(Melbods of Logic. § 41). Ksse teorema estabelece,<br />

porém, que uma P. <strong>de</strong> coerência é sempre<br />

relativa, pois seu resultado vale apenas na<br />

medida em que se admite a coerência do sistema<br />

com base no qual ela é efetuada (cf. QUINE,<br />

From a Logical Poinl of Vieir. pp. 99 ss.). Cf,<br />

também. E. Nagel e J. R. Nevvmann. (io<strong>de</strong>is<br />

Proqf. 1958 (v. MATEMÁTICA).<br />

PROVÁVEL (in. Probable. fr. Probable. ai.<br />

Wahrscheinlich: it. Probcibile). 1. Evento ou<br />

proposição com grau comparativo suficiente <strong>de</strong><br />

confirmação ou <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong> (v. PROBABILI-<br />

DADE, 1).<br />

2. Classe ou seqüência <strong>de</strong> eventos dotada<br />

<strong>de</strong> certo grau <strong>de</strong> freqüência relativa (v. PROBA-<br />

BILIDADE, 2).<br />

3. Aquilo que é consi<strong>de</strong>rado verda<strong>de</strong>iro pela<br />

maioria ou pelos competentes. liste é o conceito<br />

<strong>de</strong> endoxou. em que Aristóteles baseou a<br />

dialética (v.h tem pouco, ou nada a ver com as<br />

duas noções prece<strong>de</strong>ntes.<br />

PROVIDÊNCIA (gr. npóvota; lat. Provi<strong>de</strong>ntia:<br />

in. Prori<strong>de</strong>iice-, fr. Prori<strong>de</strong>nce: ai. Vorsehung;<br />

it. Prorrí<strong>de</strong>nza). Governo divino do<br />

mundo, geralmente distinguido <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino, pois<br />

é consi<strong>de</strong>rado como existente em Deus, ao passo<br />

que o <strong>de</strong>stino é esse governo visto através das<br />

coisas do mundo (v. DESTINO). A noção <strong>de</strong> providência<br />

faz parte integrante cio conceito <strong>de</strong><br />

Deus como criador da or<strong>de</strong>m do mundo ou<br />

como sendo Ele mesmo esta or<strong>de</strong>m (v. DKES).<br />

Para os problemas conexos ao conceito <strong>de</strong> P.,<br />

V. MAL; TEODICÍTA.<br />

PROVIDENCIALISMO (in. Provi<strong>de</strong>ntialim.<br />

it. Prorvi<strong>de</strong>nzíalisino). 1. Confiança na ação da<br />

providência.<br />

2. Doutrina que vê na história uma or<strong>de</strong>m<br />

ou um plano provi<strong>de</strong>ncial, (v. HISTORIA).<br />

PRÓXIMO (gr.xòv nkr\a'\0V\ lat. Proximus:<br />

in. Neigbbonr, fr. Procbaiit; ai. Nücbste. it. Prossimo).<br />

Xa interpretação do Evangelho <strong>de</strong> Lucas<br />

(X. 29-3 7 ) da máxima bíblica "Ama ao P. como<br />

a ti mesmo" (Levítico. XIX, 18). P. é o outro homem<br />

em geral, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> quaisquer<br />

laços <strong>de</strong> raça. <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> ou parentesco,<br />

na medida em que ele é misericordioso para<br />

nós ou nós para com ele. Isso significa que a<br />

misericórdia eleve ser praticada em relação

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