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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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PSIQUE 813 PURO<br />

forma mais conhecida e difundida <strong>de</strong> psicoterapia.<br />

Uma forma mais recente é a <strong>de</strong>nominada<br />

"P. nào diretiva", segundo a qual o método <strong>de</strong><br />

tratamento consiste em procurar encontrar,<br />

através uma conversação amigável com o paciente,<br />

a imagem que ele faz <strong>de</strong> si mesmo e <strong>de</strong><br />

seus objetivos na vida, ajudando-o a livrar-se<br />

dos conflitos (cf. C. R. ROC.FRS. Counselingand<br />

Psychotberapy. 1937) (v. PSICANÁLISE).<br />

PSIQUE (in. Psyche. fr. Psyché. ai. Psyche. it.<br />

Psiche). Alma ou Consciência. Ver esses dois<br />

termos.<br />

PSITACISMOGn. Psittacism-, fr. Psittacisme.<br />

ai. Psittazismus; it. Psittcicismo). Uso das palavras<br />

sem referência aos objetos, como fazem<br />

os papagaios. I.eibniz dizia: "Raciocina-se muitas<br />

vezes com as palavras, quase sem ter o objeto<br />

no espírito" (...); neste caso, "nossos pensamentos<br />

e nossos raciocínios, contrários ao sentimento,<br />

são uma espécie <strong>de</strong> P." (Ao/» 1 , ess., II,<br />

21. 35). Sobre a linguagem oratória consi<strong>de</strong>rada<br />

como uma espécie <strong>de</strong> P., cf. C. K. Og<strong>de</strong>n-I. A.<br />

Richards, Tbe Meaning of Meaning, 10 a ed.,<br />

1952, p. 218.<br />

PUBLICIDADE (in. Publicity fr. Publicité.<br />

ai. Òffentlichkeit; it. Puhblicità). Segundo Kant.<br />

é o critério para reconhecer imediatamente a<br />

legitimida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma pretensão jurídica. Kant<br />

chama cie fórmula transcen<strong>de</strong>ntal do direito<br />

público o seguinte princípio: "São injustas todas<br />

as ações relativas ao direito <strong>de</strong> outros homens<br />

cuja máxima não seja suscetível <strong>de</strong> P." (Zitm<br />

ewigeu Frei<strong>de</strong>n, apêndice II).<br />

PÚBLICO (in. Public, fr. Publique, ai. Offentlich;<br />

it. Pubblíco). Esse adjetivo foi usado<br />

em sentido filosófico (especialmente por<br />

escritores anglo-saxões) para <strong>de</strong>signar os conhecimentos<br />

ou os dados ou elementos <strong>de</strong><br />

conhecimento disponíveis a qualquer pessoa<br />

em condições apropriadas e não pertencentes<br />

á esfera pessoal e não verificável da consciência.<br />

Neste sentido, é P. o que Kant <strong>de</strong>nominava<br />

objetivo (v.): aquilo <strong>de</strong> que todos po<strong>de</strong>m participar<br />

igualmente, po<strong>de</strong>ndo portanto também<br />

ser expresso ou comunicado pela linguagem<br />

(cf. B. RKSSF.LL, Ilumati Knowledge, II, 1;<br />

trad. it., p. 8f).<br />

PUNIÇÃO. V. PENA.<br />

PURIFICAÇÃO. V. GVIARSF.<br />

PURISMO (in. Purism; fr. Purismo-, ai. Purismus;<br />

it. Purismo). 1. F.m sentido moral: "espécie<br />

<strong>de</strong> pedantismo relativo à observação<br />

do <strong>de</strong>ver consi<strong>de</strong>rado no sentido mais lato"<br />

(KANT, Met. <strong>de</strong>r Sitten, Doutrina da virtu<strong>de</strong>,<br />

I. §7).<br />

2. Em sentido lingüístico: espécie <strong>de</strong> pedantismo<br />

relativo á pretensão <strong>de</strong> conservar a forma<br />

clássica e original <strong>de</strong> uma língua.<br />

3. Em sentido metafísico: espécie <strong>de</strong> pedantismo<br />

relativo à separação excessivamente rigorosa<br />

<strong>de</strong> uma faculda<strong>de</strong> humana da outra.<br />

A palavra foi usada nesse sentido por G. C. Hamann.<br />

como título <strong>de</strong> uma obra (Metacrítica<br />

do P. da razão, 1788, póstumo), na qual repreendia<br />

Kant por essa espécie <strong>de</strong> pedantismo<br />

com respeito à razão.<br />

PURO (in. Purê. fr. Pi ir, ai. Re in-, it. Puro).<br />

O que nào está misturado com coisas <strong>de</strong> outra<br />

natureza, ou, com mais exatidão, o que é constituído<br />

<strong>de</strong> modo rigorosamente conforme à<br />

própria <strong>de</strong>finição. Esta segunda <strong>de</strong>finição explica<br />

o enorme uso que os filósofos fazem <strong>de</strong>sse<br />

adjetivo, porquanto, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>finirem um<br />

objeto, muitas vezes se acham na obrigação<br />

<strong>de</strong> distinguir as condições em que o objeto se<br />

apresenta rigorosamente em conformida<strong>de</strong><br />

com sua <strong>de</strong>finição, das condições em que <strong>de</strong>la<br />

se afasta em alguma medida: nas primeiras<br />

condições, o objeto é chamado <strong>de</strong> P. Anaxágoras<br />

dizia que o intelecto é P. porque só ele, 'entre<br />

todos os entes, é simples e sem mistura"<br />

(AKISTOTF.LKS. De (in., 405 a 16). Platão falava<br />

eni prazer "P.", sem mistura <strong>de</strong> dor (Fil. 51 a,<br />

52 c). I )escartes falava da matemática "P." (Méd.,<br />

VI); Leibniz, da "P." razão (Op., ed. Erdmann,<br />

pp. 229-2.30. etc), assim como Wolfí (Psycbol.<br />

empírica, § 495). O primeiro motor <strong>de</strong> Aristóteles<br />

foi chamado cie "Ato P." por ser ativida<strong>de</strong> perfeita,<br />

<strong>de</strong>sprovida <strong>de</strong> potência, mas essa expressão<br />

nào é aristotélica (cir. Mel., Xll, 6, 1071 li<br />

12; 8, 1074 a 36).<br />

2. Kant chamou <strong>de</strong> P., ou "absolutamente<br />

P.", o conhecimento "no qual, em geral, não<br />

se misture nenhuma experiência ou sensação,<br />

sendo por isso possível completamente a<br />

prion" (Cr/7. R. Pura, Intr., § VII). Neste sentido,<br />

razão P. "é a que contém os princípios para conhecer<br />

algo absolutamente Apriori". Ciência da<br />

ra/.ào P. é uma crítica, e nào uma doutrina, porquanto<br />

nào po<strong>de</strong> proporcionar um sistema acabado<br />

cia razão P., mas po<strong>de</strong> apenas ter função<br />

negativa, "servindo para purificar, e nào para<br />

anipliar, a nossa razão, libertando-a dos erros"<br />

(Ibid). Neste sentido, o oposto <strong>de</strong> P. é<br />

empírico. Esse adjetivo foi usado no mesmo<br />

sentido por Fichte, que disse ser P. o Eu absoluto<br />

(ou a sua ativida<strong>de</strong>), por ser diferente do eu

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