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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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HEDONISMO 497 HERMENÊUTICA<br />

1, 8, 13, 14); foi muito usado pela escola escotista<br />

(v. INDIVIDUAÇÃO).<br />

HEDONISMO (in. Hedonism; fr. Hédonisme,<br />

ai. Hedonismus; it. Edonismó). Termo que<br />

indica tanto a procura indiscriminada do prazer,<br />

quanto a doutrina filosófica que consi<strong>de</strong>ra<br />

o prazer como o único bem possível, portanto<br />

como o fundamento <strong>de</strong> vida moral. Essa doutrina<br />

foi sustentada por uma das escolas socráticas,<br />

a Cirenaica, fundada por Aristipo; foi<br />

retomada por Epicuro, segundo o qual "o prazer<br />

é o princípio e o fim da vida feliz" (DlÓG.<br />

L, X, 129). O hedonismo distingue-se do utilitarismo<br />

do séc. XVIII porque, para este último, o<br />

bem não está no prazer individual, mas no prazer<br />

do "maior número possível <strong>de</strong> pessoas", ou<br />

seja, na utilida<strong>de</strong> social.<br />

HEGELIANISMO (in. Hegelianism; fr. Hégélianisme,<br />

ai. Hegelianismus; it. Hegelismó).<br />

Doutrina <strong>de</strong> Hegel (1770-1831), na forma como<br />

agiu na cultura contemporânea, com maior<br />

difusão e profundida<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong> ser assim resumida:<br />

l s I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> entre racional e real, em virtu<strong>de</strong><br />

da qual a realida<strong>de</strong> é tudo aquilo que<br />

<strong>de</strong>ve ser, ou seja, justifica-se absolutamente em<br />

todas as suas manifestações, que, portanto, são<br />

"necessárias" no sentido <strong>de</strong> não po<strong>de</strong>rem ser<br />

diferentes daquilo que são. Desse ponto <strong>de</strong><br />

vista, contrapor à realida<strong>de</strong> o "<strong>de</strong>ver ser", uma<br />

norma ou um i<strong>de</strong>al à qual ela não se a<strong>de</strong>quaria,<br />

significa simplesmente erigir em juiz da realida<strong>de</strong><br />

o intelecto finito (o interesse ou o arbítrio<br />

do indivíduo humano), e não a razão.<br />

2 a Interpretação da necessida<strong>de</strong> racional em<br />

termos <strong>de</strong> processo dialético, enten<strong>de</strong>ndo-se<br />

por dialética (v.) a síntese dos opostos.<br />

3 9 Reconhecimento, como termo último <strong>de</strong>sse<br />

processo, <strong>de</strong> uma autoconsciência absoluta,<br />

que também será chamada pelos partidários <strong>de</strong><br />

Hegel <strong>de</strong> Espírito, Conceito Puro, Consciência<br />

Absoluta, Superalma, etc.;<br />

4 S Interpretação da história como realização<br />

<strong>de</strong> um plano provi<strong>de</strong>ncial no qual os povos<br />

vencedores encarnam, alternadamente, o<br />

Espírito do mundo, ou seja, a Autoconsciência<br />

ou Deus.<br />

5 9 Interpretação do Estado como encarnação<br />

ou manifestação do Espírito do mundo<br />

ou, em outros termos, como realização <strong>de</strong><br />

Deus no mundo.<br />

Apesar <strong>de</strong> esses pontos básicos constituírem<br />

o espírito da <strong>filosofia</strong> hegeliana, nem todos<br />

entraram na constituição do patrimônio<br />

das correntes filosóficas que se inspiraram no<br />

hegelianismo. A direita hegeliana insistiu sobretudo<br />

nas teses 2 Q , 3 e e 5 B ; a esquerda, nas teses<br />

1 Q e 2°. O neo-hegelianismo italiano, nas teses<br />

1 B , 2 e e 4 B (v. ABSOLUTO; DIREITA HEGELIANA;<br />

IDEALISMO; ESQUERDA HEGELIANA)<br />

HEGEMÔNICO (gr. 1Í7ELIOVIKÓV; lat. Principatus;<br />

it. Egemonico). Segundo os estóicos, a<br />

razão que anima e governa o mundo. "Chamo<br />

<strong>de</strong> parte regedora ou governo aquilo que os<br />

gregos <strong>de</strong>nominam H., da qual po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve<br />

estar o mais excelente em cada gênero <strong>de</strong> coisas.<br />

Assim, é preciso que também a parte em<br />

que está o governo <strong>de</strong> toda a natureza seja<br />

entre todas a melhor e a mais digna do po<strong>de</strong>r<br />

e do domínio sobre todas as coisas" (CÍCERO,<br />

De nat. <strong>de</strong>or., II, 29).<br />

HELENÍSTICA, FILOSOFIA. Enten<strong>de</strong>-se,<br />

com esta expressão, a <strong>filosofia</strong> da época alexandrina<br />

— período seguinte à morte <strong>de</strong> Alexandre<br />

Magno (323 a.C.) —, que compreen<strong>de</strong><br />

as três gran<strong>de</strong>s linhas mestras: Estoicismo,<br />

Epicurismo e Ceticismo — v. os respectivos<br />

termos, bem como ALEXANDRINISMO.<br />

HENOTEÍSMO (ai. Henotheismus). Termo<br />

cunhado por Max Müller (Lect. on the Origin<br />

and Growth of Religion, 1878) para indicar a<br />

crença segundo a qual, mesmo havendo uma<br />

única divinda<strong>de</strong> para o povo ou nação a que se<br />

pertence, existem outras divinda<strong>de</strong>s para os<br />

outros povos e as outras nações.<br />

HERACLITISMO (in. Heracliteanism; fr.<br />

Héraditísme, ai. Heraklitismus-, it. Emdüismo).<br />

Indica-se, com este termo, o ponto mais relevante<br />

da doutrina <strong>de</strong> Heráclito <strong>de</strong> Éfeso (séc. V<br />

a.C), ou seja, o princípio do <strong>de</strong>vir incessante<br />

das coisas, expresso no famoso fragmento:<br />

"Não é possível entrar duas vezes no mesmo<br />

rio, nem tocar duas vezes uma substância mortal<br />

no mesmo estado; graças à velocida<strong>de</strong> do<br />

movimento, tudo se dispersa e se recompõe<br />

novamente, tudo vem e vai." (Fr. 91, Diels).<br />

Heráclito, todavia, admitia um princípio único,<br />

subjacente ao movimento: o fogo; admitia,<br />

outrossim, uma or<strong>de</strong>m rigorosa nas mudanças,<br />

que garantia um retorno constante e periódico.<br />

HERANÇA SOCIAL. V. TRADIÇÃO.<br />

HERMENÊUTICA (in. Hermeneutics; fr.<br />

Herméneutique; ai. Hermeneutik; it. Ermeneutica).<br />

Qualquer técnica <strong>de</strong> interpretação.<br />

Essa palavra é freqüentemente usada para<br />

indicar a técnica <strong>de</strong> interpretação da Bíblia<br />

(v. INTERPRETAÇÃO).

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