22.06.2013 Views

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CALENDES 114 CANON<br />

e a pureza do prazer (Principies of Moral and<br />

Legislation, 1789) (v. DF.ONTOLOGIA).<br />

CALENDES. Palavra mnemônica usada pela<br />

Lógica <strong>de</strong> Port-Royal para indicar o sexto modo<br />

do silogismo <strong>de</strong> primeira figura (isto é, Celantes),<br />

com a diferença <strong>de</strong> assumir como premissa<br />

maior a proposição em que entra o<br />

predicado da conclusão. P. ex.: "Todos os males<br />

da vida são males passageiros; todos os<br />

males passageiros não <strong>de</strong>vem ser temidos; logo,<br />

nenhum dos males temíveis é um mal <strong>de</strong>sta<br />

vida" (ARNAULD, Log., III, 8).<br />

CALVO, ARGUMENTO DO. V. MONTÀO,<br />

ARGUMENTO DO.<br />

CAMESTRES. Palavra mnemônica usada pelos<br />

escolásticos para indicar o segundo dos<br />

quatro modos do silogismo <strong>de</strong> segunda figura,<br />

mais precisamente o que consiste em uma premissa<br />

universal afirmativa, uma premissa universal<br />

negativa e uma conclusão universal negativa,<br />

como p. ex.: "Todo homem é animal;<br />

nenhuma pedra é animal; logo, nenhuma<br />

pedra é homem" (PEDRO HISPANO, Summ. log.,<br />

4, 11).<br />

CAMPO (in. Field; fr. Champ ai. Feld; it.<br />

Campo). Conjunto <strong>de</strong> condições que possibilitam<br />

um evento; ou limites <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong><br />

aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um instrumento cognoscitivo.<br />

Dizia Kant: "Os conceitos têm um C. próprio na<br />

medida em que se referem a objetos, prescindindo<br />

da possibilida<strong>de</strong> do conhecimento dos<br />

próprios objetos, e o C. é <strong>de</strong>terminado unicamente<br />

pela relação que o objeto tem com a<br />

nossa faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer em geral" (Crít.<br />

do Juízo, intr. § 11). Em física, C. significa ''distribuição<br />

contínua <strong>de</strong> algumas condições predominantes,<br />

através <strong>de</strong> um contínuo" on<strong>de</strong> a<br />

palavra "condição" indica uma gran<strong>de</strong>za qualquer,<br />

que po<strong>de</strong> variar segundo o problema <strong>de</strong><br />

que se trata. Quando a condição é a<strong>de</strong>quadamente<br />

<strong>de</strong>scrita para cada ponto do espaço por<br />

um número simples (isto é, por um escalar),<br />

tem-se o que se conhece por campo escalar.<br />

P. ex., a temperatura é a condição <strong>de</strong> um C. e<br />

por isso a distribuição da temperatura por meio<br />

do volume é um exemplo físico <strong>de</strong> C. escalar<br />

(D'ABRO, New Physícs, capítulo X). Analogamente,<br />

em psicologia, p. ex., na psicologia da<br />

forma, on<strong>de</strong> o conceito foi assim ilustrado: "O<br />

que <strong>de</strong>termina a impressão <strong>de</strong> cor que experimentamos<br />

em um ponto circunscrito do C. visual<br />

é o estado excitável global do C. visual; o<br />

que <strong>de</strong>termina a impressão <strong>de</strong> um peso que<br />

levantamos não é somente a tensão do grupo<br />

muscular imediatamente ligado ao levantamento<br />

do peso, mas também o tônus <strong>de</strong> todo o<br />

resto da musculatura" (KATZ, Gestaltpsychologie,<br />

3; trad. it., pp. 29-30). Mais precisa e genericamente,<br />

K. LEWIN <strong>de</strong>finiu o C, entendido como o<br />

"espaço vital" <strong>de</strong> um organismo, como "a totalida<strong>de</strong><br />

dos eventos possíveis", da qual <strong>de</strong>rivaria<br />

o comportamento do próprio organismo (Principies<br />

ofTopological Psychology, 1- ed., 1936, p.<br />

14). Dewey emprega a palavra em sentido genérico:<br />

"É sempre em algum C. que se verifica<br />

a observação <strong>de</strong>ste ou daquele objeto. Tal observação<br />

é feita com o fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir o que<br />

aquele C. representa em relação a alguma resposta<br />

ativa <strong>de</strong> adaptação com que dar prosseguimento<br />

a um comportamento" (Logic, Intr.,<br />

trad. it., p. 111).<br />

Essa noção é usada com mais precisão em<br />

lógica, enten<strong>de</strong>ndo-se por C. <strong>de</strong> uma relação<br />

o conjunto do dominante e do dominante inverso<br />

da relação; isto é, dos termos que estão<br />

em dada relação com este ou aquele termo<br />

(dominantes) ou dos termos com que este ou<br />

aquele termo se acha em dada relação (dominantes<br />

inversos) (v. RELAÇÀO). Esse conceito<br />

também foi usado na teoria do significado (cf.<br />

A. P. USHENKO, The Field Tbeoty 0/Meaning,<br />

1958) e em lingüística, em que o C. foi entendido<br />

como a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> associações que interligam<br />

um termo a muitos outros termos (ULMANN,<br />

Semantics, 1962, IX, 1).<br />

CANCELAMENTO (ai. Durchstreichung).<br />

Em I<strong>de</strong>en (I, § 106) Husserl chama <strong>de</strong> C. a<br />

negação <strong>de</strong> uma crença ou a tomada <strong>de</strong> posição<br />

contra ela.<br />

CÂNON (gr. ravtòv; in. Canon; fr. Canon;<br />

ai. Kanon; it. Cânone). Critério ou regra <strong>de</strong><br />

escolhas para um campo qualquer <strong>de</strong> conhecimento<br />

ou <strong>de</strong> ação. É provável que esse termo<br />

tenha sido introduzido pelo escultor Policleto,<br />

que <strong>de</strong>u esse título a uma obra na qual <strong>de</strong>screvia<br />

a simetria do corpo e indicava as regras e<br />

as proporções que o escultor <strong>de</strong>ve respeitar<br />

(40, A, 3 Diels). Epicuro chamou <strong>de</strong> canônica a<br />

ciência do critério; para ele, critério é a sensação<br />

no domínio do conhecimento e o prazer<br />

no domínio prático (DIÓG. L., X, 30). Esse termo<br />

foi retomado pelos matemáticos do séc. XVIII e<br />

Leibniz o emprega para <strong>de</strong>signar "as fórmulas<br />

gerais que dão o que se pe<strong>de</strong>" (Mathematische<br />

Schriften, VIII, 217), p. ex., a fórmula que dá<br />

dois números cuja soma e subtração se conhecem,<br />

ou a que dá as raízes <strong>de</strong> uma equação.<br />

Stuart Mill chama <strong>de</strong> C. as regras que exprimem

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!