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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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MONOPSIQUISMO 682 MORALIDADE<br />

mo). Doutrina para a qual todas as raças humanas<br />

vivas <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> um único ramo. A<br />

doutrina contrária chama-se poligenismo.<br />

MONOPSIQUISMO (in. Monopsychism; fr.<br />

Monopsychisme, ai. Monopsychísmus; it. Monopsichismo).<br />

Doutrina averroísta da unida<strong>de</strong> da<br />

alma intelectiva em todos os homens. V. INTK-<br />

LKCTO ATIVO.<br />

MONOSSILOGISMO (in. Monosyllogism, fr.<br />

Monosyllogisme, ai. Monosyllogismus; it. Monosillogismo).<br />

Raciocínio constituído por um só<br />

silogismo, assim chamado em oposição a polissilogismo<br />

(v.).<br />

MONOTEÍSMO (in. Mouotheism; fr. Monothéisme;<br />

ai. Monotheismus-, it. Monoteismo).<br />

Doutrina da unicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. V. DKUS, 3 g , b.<br />

MONOTELISMO (in. Monotheletism; fr.<br />

Monotbélétisme-, ai. Monotheletisnms). Interpretação<br />

herética do dogma da Encarnaçào,<br />

segundo a qual existe em Cristo uma única<br />

vonta<strong>de</strong>, a divina, que constitui o traço <strong>de</strong><br />

união das duas naturezas que há nele, a divina<br />

e a humana. Essa heresia toi sustentada<br />

pelo patriarca <strong>de</strong> Constantinopla, Sérgio, no<br />

séc. VI e con<strong>de</strong>nada pelo VI Concilio ecumênico<br />

em 680.<br />

MONTANISMO (in. Montanism; fr. Montanisme,<br />

ai. Montanismus; it. Montanismo). Seita<br />

religiosa cristã do séc. II. assim chamada pelo<br />

nome <strong>de</strong> seu fundador Montano, ex-sacerdote<br />

<strong>de</strong> Cibele. Montano pretendia transferir para o<br />

Cristianismo o culto entusiástico <strong>de</strong> sua seita <strong>de</strong><br />

proveniência: os montanistas viviam em contínua<br />

agitação à espera da eminente volta do<br />

Cristo. Tertuliano pertenceu por algum tempo<br />

a essa seita.<br />

MONTÃO, ARGUMENTO DO (gr ocopeíxrjç<br />

Xóyoç, lat. Acervalis ratiocinatio; in. Soriete-, fr.<br />

Soríte; ai. Sorites; it. Argomento <strong>de</strong>ll'acetvó).<br />

Com esse nome faz-se referência a duas argumentações,<br />

uma <strong>de</strong> Zenào <strong>de</strong> Eléia, outra <strong>de</strong><br />

Eubúli<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Mégara. O argumento <strong>de</strong> Zenào<br />

<strong>de</strong> Eléia dirige-se contra a fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong> do<br />

conhecimento sensível e, em particular, do ouvido:<br />

se um alqueire <strong>de</strong> trigo faz barulho ao cair,<br />

cada grão e cada partícula <strong>de</strong> grão <strong>de</strong>veria produzir<br />

um som ao cair, o que não ocorre (Diels, A<br />

29). O argumento <strong>de</strong> Eubúli<strong>de</strong>s, conhecido também<br />

como sorites (v.) <strong>de</strong> ocopóç = monte, consiste<br />

em perguntar quantos grãos <strong>de</strong> trigo são<br />

necessários para formar um monte; bastaria só<br />

um grão? Bastariam dois?, etc. Como é impossível<br />

<strong>de</strong>terminar em que ponto começa um monte,<br />

aduz-se esse argumento contra a pluralida<strong>de</strong><br />

das coisas (CÍCKRO, Acacl, II, 28, 92 ss.; 16, 49;<br />

DIÓG. L., VII, 82). O mesmo argumento foi<br />

às vezes expresso <strong>de</strong> outra forma sob o nome<br />

<strong>de</strong> argumento do calvo (d. DiÓG. L, II, 108) e<br />

consiste em perguntar se um homem se torna<br />

calvo quando ser lhe arranca um fio <strong>de</strong> cabelo.<br />

E quando lhe arrancam dois? E assim por<br />

diante.<br />

MONUMENTAL, HISTÓRIA. V. ARQUHOLO-<br />

GIA, HISTÓRIA.<br />

MORAL 1 (lat. Moralia; in. Morais; fr. Mora<br />

lt* ai. Moral; it. Morale). 1. O mesmo que<br />

Ética.<br />

2. Objeto da ética, conduta dirigida ou disciplinada<br />

por normas, conjunto dos mores. Neste<br />

significado, a palavra é usada nas seguintes expressões:<br />

"M. dos primitiveis", "M. contemporânea",<br />

etc.<br />

MORAL 2 (gr.rjíhKÓÇ; lat. Moralis-. in. Moral;<br />

fr. Moral; ai. Moral; it. Morale). Este adjetivo<br />

tem, em primeiro lugar, os dois significados<br />

correspon<strong>de</strong>ntes aos do substantivo moral: l'- 1<br />

atinente à doutrina ética, 2" atinente à conduta<br />

e, portanto, suscetível <strong>de</strong> avaliação M, especialmente<br />

<strong>de</strong> avaliação M. positiva. Assim, não<br />

só se fala <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> M. para indicar uma atitu<strong>de</strong><br />

moralmente valorável, mas também coisas<br />

positivamente valoráveis, ou seja. boas.<br />

Em inglês, francês e italiano, esse adjetivo<br />

<strong>de</strong>pois passou a ter o significado genérico <strong>de</strong><br />

•espiritual", que ainda conserva em certas expressões.<br />

Hegel lembrava este significado com<br />

referência ao francês {Ene, § 503); ele ainda<br />

persiste, p. ex., na expressão "ciências morais".<br />

que são as "ciências do espírito".<br />

MORALIDADE (lat. Moralitas; in. Moralily,<br />

fr. Moralíté-, ai. Moralilát; it. Moralitã). Caráter<br />

do que se conforma às normas morais. Kant<br />

contrapôs a M. à legalida<strong>de</strong>. A última é a simples<br />

concordância ou discordância <strong>de</strong> uma<br />

ação em relação à lei moral, sem consi<strong>de</strong>rar o<br />

móvel da ação. A M., ao contrário, consiste em<br />

assumir como móvel <strong>de</strong> ação a idéia <strong>de</strong> <strong>de</strong>ver<br />

(Mct. <strong>de</strong>r Sitiem, I, Intr, § 3; Crít. R. Pratica.<br />

I, 1, 3).<br />

No sentido hegeliano, a M. distingue-se da<br />

eticida<strong>de</strong> (v.) por ser a "vonta<strong>de</strong> subjetiva", ou<br />

seja, individual e <strong>de</strong>sprovida <strong>de</strong> bem, enquanto<br />

a eticida<strong>de</strong> é a realização do bem em instituições<br />

históricas que o garantam (Ene, § 503; tildo<br />

dir, § 108). M. e eticida<strong>de</strong> estão entre si<br />

como o finito e o infinito: isso significa que a<br />

eticida<strong>de</strong> é a "verda<strong>de</strong>" da M., do mesmo modo<br />

como o infinito o é do finito.

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