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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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PRUDÊNCIA 807 PSICANÁLISE<br />

a qualquer homem que esteja conosco, nào se<br />

restringindo a um círculo <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong> pessoas.<br />

PRUDÊNCIA (kit. Pru<strong>de</strong>ntia-, in. Pru<strong>de</strong>nte,<br />

fr. Pni<strong>de</strong>nce: ai. Klugheít; it. Pru<strong>de</strong>uza). V. S.v<br />

ISKDORIA.<br />

PSEUDOCONCEITO. R, "ficçôes conceituais"<br />

ou "conceitos íinitos" foram os nomes<br />

dados por Croce às noções geralmente <strong>de</strong>nominadas<br />

conceitos, em contraposição ao "conceito<br />

puro" ou "conceito autêntico" com que<br />

ele <strong>de</strong>signou a Razão Universal em sua forma<br />

cognitiva. Os P. serviriam para conservar e classificar<br />

os conhecimentos adquiridos (Lógica,<br />

1920, cap. 11).<br />

PSEUDOPROPOSIÇÕES (in. Pseudostalemeiit:<br />

ai. Pseudosdtzen; it. Pseudoproposizioni).<br />

Termo empregado por Carnap para<br />

indicar "expressões erroneamente consi<strong>de</strong>radas<br />

proposições, mas que não possuem<br />

conteúdo cognitivo, embora possam ter componentes<br />

<strong>de</strong> significado nào cognitivo, por<br />

exemplo emotivo" (Meaning and Secessiiy.<br />

§ 5). Segundo Carnap. muitas proposições cia<br />

metafísica clássica são P. nesse sentido (d.<br />

lirkennlnis, II, 1931).<br />

PSICANÁLISE (in. Psycboanalysis; fr. Psychaualyse:<br />

ai. Psychioanalyse: it. Psiccmalisi).<br />

A <strong>de</strong>signação P. compreen<strong>de</strong>: 1" um método<br />

<strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> certas doenças mentais; 2"<br />

uma doutrina psicológica; 3 U uma doutrina metafísica;<br />

e, mais freqüentemente, certa mescla<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada <strong>de</strong>ssas três coisas. Os fundamentos<br />

da P. foram resumidos por seu fundador,<br />

Sigmund Freud. na introdução <strong>de</strong> uma <strong>de</strong> suas<br />

principais obras, da seguinte maneira: 1" os<br />

processos psíquicos são em si mesmos inconscientes,<br />

e os processos conscientes são apenas<br />

atos isolados, frações cia vida psíquica total: 2"<br />

os processos psíquicos inconscientes são em<br />

boa parte dominados por tendências que po<strong>de</strong>m<br />

ser qualificadas tle "sexuais" no sentido<br />

restrito ou lato do termo. Kste último pressuposto<br />

na realida<strong>de</strong> 6 a característica fundamental<br />

da P.. que consiste essencialmente na<br />

tentativa <strong>de</strong> explicar a vida do homem (nào só<br />

a pessoal ou individual, mas também a pública<br />

ou social) recorrendo a uma única força, que é<br />

o instinto sexual ou libido (v.) no sentido técnico<br />

<strong>de</strong>ste termo (Piuführiing in díe Psycboanalyse,<br />

191 7 . intr.). Do conflito entre os impulsos<br />

sexuais tio inconsciente e as superestruturas<br />

morais e sociais constituídas por proibições<br />

e censuras acumuladas e consolidadas pela<br />

infância, nascem os fenômenos a seguir <strong>de</strong>scritos:<br />

a) Sonhos: expressões <strong>de</strong>formadas e<br />

simbólicas dos <strong>de</strong>sejos reprimidos (cf. Díe<br />

Traum<strong>de</strong>utung. 1900). b) Atos falhos, ou lapsos:<br />

distrações falsamente atribuídas ao acaso,<br />

chegando às brinca<strong>de</strong>iras e ao humorismo<br />

(cf. Zur Psychopathologie <strong>de</strong>s Alltagslebeiis.<br />

1901; Der Witz unel seine Re<strong>de</strong>utnug '/.um<br />

Unbewussten. 1905). c) Doenças mentais:<br />

que po<strong>de</strong>m ser tratadas levando o paciente a<br />

i<strong>de</strong>ntificar os conflitos dos quais elas emergem,<br />

através cia conversação. A esse respeito,<br />

o sintoma <strong>de</strong> uma doença <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado<br />

como "sinal e substituição <strong>de</strong> uma<br />

satisfação instintiva que ficou latente, resultado<br />

tle um processo <strong>de</strong> recalque" (Ilemmung,<br />

Symplom und Augst, 1926, cap. 2; tratl. it., p.<br />

29). Um dos fenômenos característicos do tratamento<br />

psicanalítico é a transferência tios sentimentos<br />

do doente (positivos ou negativos, tle<br />

amor ou <strong>de</strong> ódio) para a pessoa do médico<br />

(Hinführuug, cit., cap. 2 7 : tratl. Ir., pp. 461 ss.).<br />

d) Siiblimaçào: transferência do impulso sexual<br />

para outros objetos, o que ensejaria os fenômenos<br />

chamados espirituais: arte, religião, etc. e)<br />

Complexos: sistemas ou mecanismos associativos,<br />

relativamente constantes em todas as<br />

pessoas, aos quais <strong>de</strong>vem ser atribuídas as principais<br />

perturbações mentais. A noção <strong>de</strong> complexo<br />

e o seu termo foram introduzidos por um<br />

discípulo <strong>de</strong> Freud, C. G. [L NC". ( Wandlungen<br />

und Symbole <strong>de</strong>r Libido, 1912), mas já em Interpretaçào<br />

dos sonhos Freud esboçara todos<br />

os fatos fundamentais do chamado "complexo<br />

<strong>de</strong> Kdipo", em virtu<strong>de</strong> do qual o menino inclui<br />

no amor pela mãe certo ciúme ou aversão<br />

pelo pai.<br />

Km 1923. na obra ligo e Id( Das Ich und das<br />

Ps). Freud expôs Lima teoria psicológica que foi<br />

amplamente aceita pela psicologia <strong>de</strong> sua época.<br />

Dividia o espírito em três partes: ligo, que é<br />

organização e consciência, e por isso está em<br />

contato com a realida<strong>de</strong> e procura submetê-la a<br />

seus fins; Superego, aquilo a que geralmente se<br />

dá o nome <strong>de</strong> consciência moral e que é o conjunto<br />

das proibições instiladas ao homem em<br />

seus primeiros anos <strong>de</strong> vicia, acompanhando-o<br />

<strong>de</strong>pois, mesmo que <strong>de</strong> forma inconsciente; e<br />

Id, que é constituído pelos impulsos múltiplos<br />

da libido, sempre voltada para o prazer. lista<br />

doutrina, que foi revisada pelo próprio Freud<br />

mais tar<strong>de</strong> (cf. Hemmung, Symptom uudAugst,<br />

1926). revelou-se bastante útil tanto para a <strong>de</strong>s-

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