22.06.2013 Views

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

GARANTIA (in. Security; fr. Assumnce; ai.<br />

Assecuranz; it. Assicurazioné). Royce sugeriu<br />

um sistema <strong>de</strong> G. para realizar o que ele chamava<br />

a "Gran<strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>" humana. A G. é,<br />

com efeito, uma associação baseada no princípio<br />

triádico da interpretação: assim como nesta<br />

há o intérprete que interpreta alguma coisa<br />

para alguém, assim na G. existem, na relação,<br />

o que é garantido, o garantidor e o beneficiário<br />

{A esperança na Gran<strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>, 1916).<br />

Royce também sugeriu a G. contra a guerra<br />

{Guerra e G, 1914).<br />

GEGENSTANDSTHEORIE. Teoria dos objetos,<br />

especialmente na forma que assumiu na<br />

obra <strong>de</strong> A. Meinong (v. OBJETO).<br />

GENERALIZAÇÃO (in. Generalization; fr.<br />

Généralisation; ai. Verallgemeinerung; it. Generalizzazionè).<br />

Operação <strong>de</strong> abstração que<br />

dá ensejo a um termo ou uma proposição geral.<br />

Algumas vezes também se dá o nome <strong>de</strong> G.<br />

à indução (v.) ou à construção <strong>de</strong> uma hipótese<br />

(v.) que com mais proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>veriam ser<br />

chamadas <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> universalização.<br />

Fala-se <strong>de</strong> G. principalmente em matemática.<br />

"Ampliar um domínio com a introdução <strong>de</strong> novos<br />

símbolos, <strong>de</strong> tal modo que as leis válidas<br />

no domínio originário continuem valendo no<br />

domínio mais amplo, é um dos aspectos do<br />

característico procedimento matemático <strong>de</strong> G.<br />

A G. a partir dos números naturais para os<br />

racionais satisfaz tanto a necessida<strong>de</strong> teórica<br />

<strong>de</strong> remover as restrições para a subtração e a<br />

divisão, quanto a necessida<strong>de</strong> prática <strong>de</strong> que<br />

os números expressem os resultados <strong>de</strong> certas<br />

medidas. Essa ampliação do conceito <strong>de</strong> número<br />

tornou-se possível com a criação <strong>de</strong> novos<br />

números sob forma <strong>de</strong> símbolos abstratos,<br />

como 0, - 2, 3/4" (COURANT-ROBBINS, What is<br />

Mathematics?, II, § 2; trad. it., p. 109).<br />

G<br />

GÊNERO (gr. TÉVOÇ; lat. Genus; in. Genus,<br />

fr. Genre; ai. Gattung; it. Generè). Aristóteles<br />

distinguiu três significações <strong>de</strong>sse termo: I a geração,<br />

particularmente "a geração contínua <strong>de</strong><br />

seres que têm a mesma espécie", e neste sentido<br />

diz-se "G. humano"; 2- estirpe ou raça como<br />

"primeiro motor" ou "aquilo que <strong>de</strong>u ser às coisas<br />

<strong>de</strong> uma mesma espécie"; neste sentido falase<br />

do G. dos helenos porque <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

Heleno ou do G. dos jônios porque <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> Jônio; 3 a o sujeito ao qual se atribuem as<br />

oposições ou as diferenças específicas, e neste<br />

sentido o G. é o primeiro constituinte da <strong>de</strong>fini- :<br />

ção (Afeí., V, 28,1024 a 30 ss.). Essas três signifi- i<br />

cações já haviam sido usadas ocasionalmente |<br />

por Platão (para a primeira <strong>de</strong>las, v., p. ex., 0 j<br />

Banq., 190 c; para a segunda, O Banq., 191 c; j<br />

Ale. I., 120 e). Platão <strong>de</strong>u maiores explicações j<br />

sobre o terceiro sentido, que é o mais estrita- f<br />

mente filosófico, dizendo: "Cada figura é seme- \<br />

lhante a outra figura, porque no gênero todas as I<br />

figuras formam um todo. No entanto, as partes í<br />

do gênero ou são contrárias umas às outras ou \<br />

são diferentíssimas entre si" (Fil., 12 e). Para<br />

Aristóteles essa significação também é a mais<br />

importante e, em vista disso, po<strong>de</strong>-se dizer que<br />

o G. (juntamente com a espécie) é substância<br />

segunda. Aristóteles diz: "Só as espécies e os ><br />

G., além das substâncias primeiras, são chama- i<br />

das substâncias segundas: só eles manifestam :<br />

a substância primeira das coisas às quais se<br />

atribuem predicados. Será possível explicar o<br />

que é um homem só aduzindo a espécie ou o<br />

G.; e dizendo-se que é um homem, estaremos<br />

explicando melhor do que se o chamássemos í<br />

simplesmente animal? No caso <strong>de</strong> se aduzir ai- ;<br />

gum outro predicado, dizendo, p. ex., que eleé<br />

branco ou que corre, estar-se-á dizendo alguma ><br />

coisa que é alheia ao objeto em questão" (Cat., ;<br />

5, 2 6 28 ss.). Em outros termos, os G. e as *

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!