22.06.2013 Views

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ARQUEOLÓGICA, HISTÓRIA 80 ARQUITETÔNICA<br />

temática dos números naturais, isto é, dos números<br />

inteiros positivos. Enten<strong>de</strong>m-se comumente<br />

por leis da A. as seguintes proposições<br />

ou regras:<br />

l a a+fe = £>+a (lei eomutativa da adição);<br />

2- ab = ba (lei eomutativa da multiplicação);<br />

3 a a + (b + c) = (a + b) + c (lei associativa da<br />

adição);<br />

4 a cájac) = (ab)c (lei associativa da multiplicação);<br />

5 a a(b + c) = ab + ac (lei distributiva).<br />

A formalização da A., isto é, a redução da A.<br />

a um sistema lógico fundado em poucos axiomas,<br />

foi efetuada pela primeira vez por Peano,<br />

que se valeu <strong>de</strong> alguns conceitos <strong>de</strong> De<strong>de</strong>kind.<br />

Peano pressupôs como primitivas as noções <strong>de</strong><br />

zero, <strong>de</strong> conjunto <strong>de</strong> números naturais e <strong>de</strong><br />

sucessão enunciada com a expressão o sucessivo<br />

<strong>de</strong>. Mostrou que todas as proposições da A.<br />

podiam <strong>de</strong>rivar dos cinco axiomas seguintes:<br />

l e 0 é um número natural;<br />

2- se x é um número natural, o número<br />

sucessivo também é um número natural;<br />

3 e se x e y são números naturais e se o<br />

sucessivo <strong>de</strong> x é idêntico ao sucessivo <strong>de</strong> y,<br />

então x e y são idênticos;<br />

4 S se x é um número natural, o número<br />

sucessivo <strong>de</strong> x é diferente <strong>de</strong> O,<br />

5 S se 0 pertence a um conjunto oeseo<br />

sucessivo <strong>de</strong> um número natural qualquer pertence<br />

também a esse conjunto, o conjunto dos<br />

números naturais é uma parte <strong>de</strong> a.<br />

Com a expressão aritmetízação da matemática<br />

enten<strong>de</strong>-se, às vezes, a exigência surgida<br />

em meados do séc. XIX, no campo das matemáticas,<br />

principalmente por obra <strong>de</strong> Weierstrass,<br />

<strong>de</strong> conferir unida<strong>de</strong> e rigor lógico à análise<br />

matemática, fundando-a numa teoria dos números<br />

reais. Essa teoria foi <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>senvolvida<br />

por Cantor (1845-1918) e De<strong>de</strong>kind<br />

(1831-1916).<br />

Cf. as memórias <strong>de</strong> lógica matemática <strong>de</strong><br />

Peano, ora coligidas em Opere scelte, Roma,<br />

1958. Cf. também B. RUSSELL, Introduction to<br />

Mathematical Philosophy, 1918 (v. MATEMÁTI-<br />

CA; NÚMERO).<br />

ARQUEOLÓGICA, HISTÓRIA (in. Archeological<br />

history, fr. Histoire archéologique, ai.<br />

Archãologische Geschichte, it. Storia archeologicà).<br />

Na segunda das Consi<strong>de</strong>rações inatuais<br />

(Sobre a utilida<strong>de</strong> e o inconveniente dos estudos<br />

históricos para a vida, 1873), Nietzsche distingue<br />

três espécies <strong>de</strong> história: "A história pertence<br />

a quem vive segundo três relações:<br />

pertence-lhe porque ele é ativo e porque aspira;<br />

porque conserva e venera; porque tem necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> libertação. A essa trinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações<br />

correspon<strong>de</strong>m três espécies <strong>de</strong> história,<br />

sendo possível distinguir o estudo da história<br />

do ponto <strong>de</strong> vista monumental, do ponto<br />

<strong>de</strong> vista arqueológico e do ponto <strong>de</strong> vista crítico".<br />

A história monumental é a que consi<strong>de</strong>ra<br />

os gran<strong>de</strong>s eventos e as gran<strong>de</strong>s manifestações<br />

do passado e os projeta como possibilida<strong>de</strong>s<br />

para o futuro. A história A. consi<strong>de</strong>ra, ao contrário,<br />

o que no passado foi a vida <strong>de</strong> cada dia e nela<br />

enraíza a mediocrida<strong>de</strong> do presente. A história<br />

crítica serve, porém, para romper com o passado<br />

e para renovar-se (v. HISTÓRIA).<br />

ARQUÉTIPO (lat. Archetypus; in. Archetype,<br />

ai. Archetyp, Urbild; it. Archetipo). Mo<strong>de</strong>lo ou o<br />

exemplar originário ou original <strong>de</strong> uma série<br />

qualquer. As idéias <strong>de</strong> Platão foram consi<strong>de</strong>radas<br />

A. enquanto mo<strong>de</strong>los das coisas sensíveis<br />

e, mais freqüentemente, as idéias existentes na<br />

mente <strong>de</strong> Deus, como mo<strong>de</strong>los das coisas<br />

criadas (PLOTINO, Enn., V, 1, 4; PROCLO, InRep.,<br />

II, 296). Mas Locke (Ensaio, II, 31, § D empregou<br />

a palavra A. para dizer somente mo<strong>de</strong>lo:<br />

"Chamo a<strong>de</strong>quadas as idéias que representam<br />

perfeitamente os A. dos quais a mente supõe<br />

que elas tenham sido extraídas, que ela enten<strong>de</strong><br />

sejam representadas por aquelas idéias, e a<br />

que ela as refere". A., nesse caso, são as forças<br />

naturais, as idéias simples ou as idéias complexas<br />

assumidas como mo<strong>de</strong>los para medir a a<strong>de</strong>quação<br />

das outras idéias (v. ECTIPO).<br />

ARQUEU. Segundo Teofrasto Paracelso, é a<br />

força que move os elementos, isto é, o espírito<br />

animador da natureza. Como todas as coisas são<br />

compostas <strong>de</strong> três elementos (enxofre, sal, mercúrio),<br />

assim todas as forças que as animam são<br />

constituídas pelos seus arcanjos, isto é, pela<br />

ativida<strong>de</strong> inconsciente do A. (Meteor, pp.<br />

79 ss.).<br />

ARQUITETÔNICA (gr. àpjcixeiCTOViKri xé^vri;<br />

in. Architectonic; fr. Architectonique; ai.<br />

Architektonik, it. Architettonicd). Em geral a<br />

parte <strong>de</strong> construir, na medida em que supõe a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> subordinar os meios ao fim e o<br />

fim menos importante ao mais importante. Nesse<br />

sentido, essa palavra é usada por Aristóteles<br />

(Et. nic, I, 1, 1.094 a 26), que fala também (Et.<br />

eud., I, 6, 1.217 a) <strong>de</strong> uma "inteligência A. e<br />

prática", isto é, construtiva e operativa. Essa<br />

palavra foi usada pela primeira vez como nome<br />

<strong>de</strong> uma disciplina filosófica por Lambert, que a<br />

usou como título <strong>de</strong> uma obra sua (Arquitetônica,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!