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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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ECONÔMICA 305 EDUCAÇÃO<br />

natureza efetivamente conceituai. Portanto é<br />

preciso examinar se é possível resolver o problema<br />

<strong>de</strong> como <strong>de</strong>veria comportar-se um indivíduo<br />

ou uma empresa para que seu comportamento<br />

possa ser consi<strong>de</strong>rado 'racional'. Por<br />

enquanto, a palavra 'racional' não tem nenhum<br />

significado nessa construção: só po<strong>de</strong>rá ter significado<br />

se for encontrada uma teoria que possa<br />

ser empregada em todas essas situações econômicas"<br />

("Teoria dos jogos", em A Indústria,<br />

1951, pág. 319). Em vista <strong>de</strong>ssa situação, a teoria<br />

dos jogos rejeita qualquer analogia com os sistemas<br />

físicos porque julga não haver nada na física<br />

que corresponda às situações tipicamente<br />

econômicas, e para elaborar seus procedimentos<br />

<strong>de</strong> cálculo utiliza um mo<strong>de</strong>lo completamente<br />

diferente, o dos jogos estratégicos. Nesses jogos,<br />

a vitória do indivíduo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> não só dos<br />

seus movimentos, mas também dos movimentos<br />

dos outros e <strong>de</strong> um componente aleatório.<br />

Cada jogador po<strong>de</strong> escolher entre várias estratégias,<br />

ou seja, entre vários modos <strong>de</strong> jogar<br />

a partida. Diremos que ele se comporta "racionalmente"<br />

quando, entre todas as estratégias,<br />

escolhe "a melhor". A <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong>ssa<br />

estratégia ocorre através <strong>de</strong> procedimentos<br />

matemáticos especiais <strong>de</strong> base estatística<br />

(NEUMANN e MORGENSTERN, Theoty of Games<br />

and Economic Behavior, 1944). Para tanto,<br />

esses procedimentos exigem um complexo <strong>de</strong><br />

observações econômicas extraordinariamente<br />

rico com base nos quais é possível realizar generalizações<br />

indutivas. Seja qual for o juízo sobre<br />

os <strong>de</strong>talhes técnicos <strong>de</strong>ssa doutrina, é certo<br />

que, na economia contemporânea, ela representa<br />

a primeira ruptura <strong>de</strong>cisiva com os pressupostos<br />

dogmáticos da teoria do equilíbrio e o<br />

encaminhamento para a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> uma<br />

técnica <strong>de</strong> comportamento racional nas situações<br />

<strong>de</strong> escassez que permite a previsão dos<br />

comportamentos efetivos.<br />

ECONÔMICA (in. Economics- fr. Économique;<br />

ai. Oekonomik, it. Econômica). 1. Com<br />

esse nome muitos autores contemporâneos <strong>de</strong>signam<br />

a ciência da economia; esse nome evita<br />

a ambigüida<strong>de</strong> do termo "economia", que po<strong>de</strong><br />

indicar tanto a ciência quanto o seu objeto.<br />

2. Foi assim que Croce chamou a parte da<br />

<strong>filosofia</strong> da prática que tem por objeto as ações<br />

utilitárias e econômicas entre as quais Croce<br />

coloca não só as ações assim chamadas comumente,<br />

mas também o direito, a política, a<br />

ciência, etc. (Filosofia <strong>de</strong>lia pratica, E. ed ética,<br />

1909). Mas essa acepção do termo não teve<br />

fortuna (v. ECONOMIA).<br />

ECPIROSE. V. CONFLAGRAÇÃO.<br />

ECTESE (gr. eKÔeaiÇ; fr. Ectbèse, ai. Ekthesis, it.<br />

Ectesi). Exposição do significado <strong>de</strong> um termo<br />

(ARISTÓTELES, An.pr, 1, 34, 48 a 25) ou exibição<br />

<strong>de</strong> um exemplo (Ibid., I, 6, 28 b 14; CRISIPO, em<br />

Stoic. Fragm., II, 7). Leibniz <strong>de</strong>signou com<br />

esse termo o enunciado <strong>de</strong> um teorema geométrico<br />

e o traçado da figura, que preparam a <strong>de</strong>monstração<br />

(Nouv. ess., IV, 17. 3).<br />

ÉCTIPO (ingl. Ectype, fr. Ectype, ai. Ektypus;<br />

ital. Ectipo). Termo introduzido pelos platônicos<br />

<strong>de</strong> Cambridge para indicar a natureza como<br />

algo diferente e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Deus e como<br />

princípio da or<strong>de</strong>m e da regularida<strong>de</strong> do<br />

mundo. Como Deus não faz tudo diretamente<br />

e como nada acontece por acaso, <strong>de</strong>ve haver<br />

um princípio (Plastic Nature, Nature, Spiritus<br />

naturaé) que execute a parte da providência<br />

divina referente à regularida<strong>de</strong> dos fenômenos.<br />

"A natureza", diz Cudworth, "não é o Arquétipo<br />

da arte divina, mas só o É.; é a marca ou a assinatura<br />

viva da sabedoria divina, que, através<br />

<strong>de</strong>la, age exatamente segundo seu arquétipo<br />

apesar <strong>de</strong> não compreen<strong>de</strong>r a razão do que<br />

faz" (The True Intellectual System of the Universe,<br />

I, 1, 3). Essa palavra foi empregada com<br />

o mesmo significado por Berkeley: "Reconheço<br />

um duplo estado <strong>de</strong> coisas: um, É. e natural; o<br />

outro, arquétipo e eterno. O primeiro foi criado<br />

no tempo; o segundo existia na eternida<strong>de</strong> no<br />

espírito <strong>de</strong> Deus" (Dial, Between Hylas and<br />

Philonous, ed. Jessop. III, p. 254). E Kant distingue<br />

um intelecto arquétipo, que é o divino,<br />

que cria os objetos pensando-os, do intelecto<br />

E., que é o humano ou finito, não criativo, mas<br />

discursivo (Crít. dofuízo, 11, § 77).<br />

EDENTULI. V. PURPÚREA.<br />

EDUCAÇÃO (gr. 7iOü.5eíoe; lat. Educatio, in.<br />

Education; fr. Éducation. ai. Erziehung; it.<br />

Educazioné). Em geral, <strong>de</strong>signa-se com esse<br />

termo a transmissão e o aprendizado das técnicas<br />

culturais, que são as técnicas <strong>de</strong> uso,<br />

produção e comportamento, mediante as quais<br />

um grupo <strong>de</strong> homens é capaz <strong>de</strong> satisfazer suas<br />

necessida<strong>de</strong>s, proteger-se contra a hostilida<strong>de</strong><br />

do ambiente físico e biológico e trabalhar em<br />

conjunto, <strong>de</strong> modo mais ou menos or<strong>de</strong>nado e<br />

pacífico. Como o conjunto <strong>de</strong>ssas técnicas se<br />

chama cultura (v. CULTURA, 2), uma socieda<strong>de</strong><br />

humana não po<strong>de</strong> sobreviver se sua cultura<br />

não é transmitida <strong>de</strong> geração para geração; as<br />

modalida<strong>de</strong>s ou formas <strong>de</strong> realizar ou garantir

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