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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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EUCOSMIA 391 EVENTO<br />

5). No mesmo sentido, esse termo é <strong>de</strong>finido<br />

EUCOSMLV (gr. eÚKoauía). Comportamento<br />

regrado, boa conduta (cf. ARISTÓTELES, Pol.<br />

IV, 1299 b 16).<br />

EUCRASIA (gr. eÜKpaoíoc). Temperamento.<br />

Propriamente, justa mescla dos elementos que<br />

compõem o corpo (ARISTÓTELES, Depart. an.,<br />

673 b 25; GALENO, VI, 31, etc).<br />

EUDEMONIA. V. FELICIDADE.<br />

EUDEMONISMO (in. Eu<strong>de</strong>monism, fr. Eudémonism;<br />

ai. Eudümonismus; it. Eu<strong>de</strong>monismó).<br />

Qualquer doutrina que assuma a felicida<strong>de</strong><br />

como princípio e fundamento da vida moral.<br />

São eu<strong>de</strong>monistas, nesse sentido, a ética <strong>de</strong><br />

Aristóteles, a ética dos estóicos e dos neoplatônicos,<br />

a ética do empirismo inglês e do Iluminismo.<br />

Kant acredita que o E. seja o ponto <strong>de</strong><br />

vista do egoísmo (v.) moral, ou seja, da doutrina<br />

"<strong>de</strong> quem restringe todos os fins a si mesmo<br />

e nada vê <strong>de</strong> útil fora do que lhe interessa"<br />

(Antr., I, § 2). Mas esse conceito <strong>de</strong> E. é <strong>de</strong>masiado<br />

restrito, pois no mundo mo<strong>de</strong>rno, a partir<br />

<strong>de</strong> Hume, a noção <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> tem significado<br />

social, não coincidindo portanto com egoísmo<br />

ou egocentrismo (v. FELICIDADE).<br />

EUNOMIA (gr. eúvoLiía). A "boa or<strong>de</strong>m humana"<br />

contraposta à hybris, que é a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

quem <strong>de</strong>sconhece os limites dos homens e a situação<br />

<strong>de</strong> subordinação que eles têm no mundo<br />

(PLATÃO, Sof., 216 b).<br />

EU PENSO. V. COGITO.<br />

EUPRAXIA (gr. etOTpaÇva). Bom comportamento,<br />

ou seja, comportamento regrado, ou<br />

segundo as leis. Xenofonte <strong>de</strong>signa com essa<br />

palavra o i<strong>de</strong>al moral <strong>de</strong> Sócrates (Mem., III, 9,<br />

14). Aristóteles emprega a mesma palavra em<br />

oposição a dispraxia, que indica a conduta<br />

<strong>de</strong>sregrada; Et. nic, VI, 5, 1140 b 7).<br />

EUTAXIA (gr. eÚTOt^íoc). A conduta bem<br />

regrada ou conforme à or<strong>de</strong>m cósmica. É um<br />

conceito estóico (Stoicorum fragmenta, III,<br />

64), que Cícero se <strong>de</strong>teve a ilustrar (De officis,<br />

I, 40, 142).<br />

EUTIMIA (gr. eúGuLtíoc; lat. Tranquillitas).<br />

Era o título <strong>de</strong> uma das obras <strong>de</strong> Demócrito;<br />

significava a satisfação tranqüila, diferente do<br />

prazer, que consiste na ausência <strong>de</strong> temores,<br />

superstições e emoções (DIÓG. L, IX, 45). Os<br />

latinos traduziram o termo por tranquillitas<br />

(SÊNECA, De tranquillitate animi, II, 3).<br />

EU TRANSCENDENTAL (in. Transcen<strong>de</strong>ntal<br />

Ego; fr. Moi transcen<strong>de</strong>ntal; ai. Transzen-<br />

<strong>de</strong>ntales Ich; it. Io trascen<strong>de</strong>ntale). O mesmo<br />

çveEu 3bso)uto (v. Eu).<br />

EVANGELHO ETERNO (faC. £í/angeá'um<br />

aeternum). Orígenes empregou essa expressão<br />

para <strong>de</strong>signar a reveíação cias verda<strong>de</strong>s superiores<br />

que Deus faz aos sábios em todas as<br />

épocas do mundo, capaz <strong>de</strong> integrar e corrigir<br />

a revelação contida no E. histórico (Deprinc,<br />

IV, 1; Injohann., I, 7).<br />

EVEMERISMO (in. Euhemerism; fr. Évhémérisme,<br />

ai. Evhemerismus; it, Evemerismò).<br />

Doutrina <strong>de</strong> Euevêmero ou Evêmero <strong>de</strong> Messina<br />

(sécs. IV-III a.C), autor <strong>de</strong> uma Sagrada<br />

Escritura traduzida para o latim por Ênio, na<br />

qual se queria <strong>de</strong>monstrar que os <strong>de</strong>uses são<br />

homens corajosos, ilustres ou po<strong>de</strong>rosos, divinizados<br />

<strong>de</strong>pois da morte (CÍCERO), De nat. <strong>de</strong>or.,<br />

I, 119).<br />

EVENTO (in. Event; fr. Événement; ai. Geschehen,<br />

it. Evento). Na física contemporânea,<br />

uma porção do contínuo espácio-temporal.<br />

Nesse sentido, uma coisa, p. ex., um corpo, é<br />

um evento. Esse conceito foi esclarecido por<br />

Einstein em 1916 (Teoria restrita egeral da relativida<strong>de</strong>,<br />

§ 27). Des<strong>de</strong> então, é conceito fundamental<br />

da física: o E. é,- propriamente dito, o<br />

objeto específico da física, aquele a que se referem<br />

os seus meios <strong>de</strong> observação: caracteriza-se<br />

pelas três coor<strong>de</strong>nadas espaciais e pela<br />

temporal. "O mundo dos E. po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scrito<br />

dinamicamente por uma imagem que mu<strong>de</strong><br />

com o tempo, observada sobre o fundo do<br />

espaço tridimensional. Mas também po<strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong>scrito por meio <strong>de</strong> uma imagem estática,<br />

projetada sobre o fundo do contínuo espáciotemporal<br />

ern quatro dimensões. Do ponto <strong>de</strong><br />

vista da física clássica, as duas imagens, a dinâmica<br />

e a estática, são equivalentes. Mas do<br />

ponto <strong>de</strong> vista da relativida<strong>de</strong>, a imagem estática<br />

é mais conveniente e mais objetiva (EINSTEIN-<br />

INFELD, Evolution of Physics, III; trad. it., p.<br />

218). Generalizando o conceito <strong>de</strong> Einstein,<br />

Whitehead falou <strong>de</strong> "E. puntiformes", que possuem<br />

posição, um em relação ao outro. Tais E.<br />

constituiriam os pontos <strong>de</strong> um sistema espáciotemporal.<br />

Todo sistema teria um grupo particular<br />

<strong>de</strong> pontos, ou seja, uma <strong>de</strong>finição própria<br />

da "posição absoluta" (Concept ofNature, 1920,<br />

cap. 5). Essas notas constituem uma tentativa<br />

<strong>de</strong> Whitehead <strong>de</strong> traduzir a física contemporânea<br />

para uma metafísica evolucionista. Por sua<br />

vez, P. W. Bridgmann pôs em dúvida a importância<br />

da noção <strong>de</strong> E., por não achar que todos<br />

os resultados das medidas físicas pu<strong>de</strong>ssem ser

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