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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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NEOVITALISMO 712 NIILISMO<br />

sofia contemporânea, mas procura integrá-la na<br />

sistemática tomista. Um dos mais importantes<br />

efeitos da florescência neotomista foi a importância<br />

que voltou a ser atribuída, a partir<br />

dos últimos <strong>de</strong>cênios do séc. XIX, aos estudos<br />

<strong>de</strong> <strong>filosofia</strong> medieval, isto é. da escolástica<br />

clássica.<br />

NEOVITALISMO. V. VITALISMO.<br />

NESTORIANISMO (in. Nestorianism; fr. Nestorianisme,<br />

ai. Nestorianism us; it. Nestorianismo).<br />

Doutrina <strong>de</strong> Nestório, patriarca <strong>de</strong> Constantinopla<br />

(428-31), segundo a qual, havendo em<br />

Cristo duas naturezas, há também duas pessoas:<br />

uma habita na outra como em um templo.<br />

Nestório negava também que Maria fosse<br />

mãe <strong>de</strong> Deus e chamava <strong>de</strong> lenda paga a idéia<br />

cie um Deus envolto em fraldas e crucificado.<br />

Essa interpretação da encarnaçào já havia sido<br />

sustentada por Deodoro <strong>de</strong> Tarso (falecido por<br />

volta <strong>de</strong> 394) e por seu discípulo Deodoro <strong>de</strong><br />

Mopsuéstia (falecido por volta <strong>de</strong> 428). Foi con<strong>de</strong>nada<br />

pelo concilio <strong>de</strong> Éfeso <strong>de</strong> 431, mas<br />

subsistiu por muito tempo, e ainda sobrevive<br />

em grupos da Turquia asiática e da Pérsia.<br />

NEUTRALISMOGn. Neutralism). Termo empregado<br />

por Pcirce como sinônimo <strong>de</strong> monismo<br />

(Chance, Love and Logic, II, 1; trad. it., p. 121)<br />

(v. MONISMO).<br />

NEUTRALIZAÇÃO (ai. Neutralisierung).<br />

Com este termo, Husserl indicou a suspensão<br />

da crença; "o que é existente, possível, verossímil<br />

ou discutível, como também o nào-existente,<br />

em qualquer negação ou afirmação, estão<br />

presentes na consciência, não à maneira do<br />

real, mas sim como 'mero pensado' ou 'mero<br />

pensamento' " (I<strong>de</strong>en, I, § 109) (v. EPOCHK).<br />

NEUTRO, MONISMO (in. Neutra! monism).<br />

Com esta expressão às vezes é <strong>de</strong>signada,<br />

nos Estados Unidos, a tese do neo-realismo<br />

segundo a qual as entida<strong>de</strong>s que entram na<br />

composição do espírito e da matéria nào são<br />

mentais nem materiais, mas adquirem tais qualificações<br />

em virtu<strong>de</strong> das relações em que entram.<br />

Na verda<strong>de</strong> este ponto <strong>de</strong> vista foi sustentado<br />

pelo empiriocriticismoiv.) <strong>de</strong> Avenarius e<br />

por Mach.<br />

NEXO (lat. Nexus; in. Bond; fr. Connexíon;<br />

ai. Zusammenhang; it. Nesso). Conexão das<br />

coisas entre si, na or<strong>de</strong>m causai ou final: Kant<br />

chama o primeiro <strong>de</strong> nexus effectivus e o segundo<br />

<strong>de</strong> nexus finalis (Crít. do Juízo, § 87).<br />

Whitehead <strong>de</strong>u esse nome (nexus) às conexões<br />

reais entre as coisas, por ele consi<strong>de</strong>radas<br />

como elementos últimos da realida<strong>de</strong>, junta-<br />

mente com as próprias coisas e com as percepções<br />

(Process and Reality, 1929).<br />

NEWTONIANISMO (in. Newtonianism; fr.<br />

Newtonianisme-, ai. Newtonianismus; it. Newtonismo).<br />

Com este termo foi <strong>de</strong>signada principalmente<br />

a doutrina <strong>de</strong> Newton da gravitaçào<br />

universal, que consiste na generalização das<br />

leis da gravitaçào a todo o universo e na formulação<br />

<strong>de</strong>ssas leis através da fórmula única: os<br />

corpos se atraem proporcionalmente ao produto<br />

das massas e na razão inversa do quadrado<br />

das distâncias. Essa lei foi enunciada por Newton<br />

pela primeira vez em Propositiones <strong>de</strong> motu<br />

(1684) e <strong>de</strong>pois em Princípios matemáticos <strong>de</strong><br />

<strong>filosofia</strong> natural (1687).<br />

NIAIA. Um dos gran<strong>de</strong>s sistemas filosóficos<br />

da índia antiga, caracterizado pela importância<br />

da doutrina do conhecimento e <strong>de</strong> seus objetos.<br />

O N. enumera quatro meios <strong>de</strong> conhecimento:<br />

percepção, inferência, analogia e<br />

testemunho; <strong>de</strong>fine como verda<strong>de</strong>iro o conhecimento<br />

que nào está sujeito a contradições ou<br />

dúvidas, e que reproduz o objeto como ele é;<br />

e faz um inventário dos objetos cognoscíveis e<br />

<strong>de</strong> suas características. Entre estes inclui o mundo<br />

físico, com seus elementos, o homem, em<br />

seu corpo e suas ativida<strong>de</strong>s espirituais, o espaço<br />

ou o tempo. Deus e, em geral, as condições<br />

<strong>de</strong> existência das coisas físicas ou espirituais<br />

(cfr. G. Ti.cci, Storia <strong>de</strong>lia <strong>filosofia</strong> indiana,<br />

1957, pp. 112 ss.).<br />

NIILISMO (in. Nihilism; fr. Nihilisme, ai.<br />

Nihilismus; it. Nichílismo). Termo usado na<br />

maioria das vezes com intuito polêmico, para<br />

<strong>de</strong>signar doutrinas que se recusam a reconhecer<br />

realida<strong>de</strong>s ou valores cuja admissão é consi<strong>de</strong>rada<br />

importante. Assim, Hamilton usou<br />

esse termo para qualificar a doutrina <strong>de</strong> Hume,<br />

que nega a realida<strong>de</strong> substancial (Lectures on<br />

Metaphysics, I, pp. 293-94); nesse caso a paiavra<br />

quer dizer fenomenismo. Em outros casos,<br />

é empregada para indicar as atitu<strong>de</strong>s dos que<br />

negam <strong>de</strong>terminados valores morais ou políticos.<br />

Nietzsche foi o único a não utilizar esse<br />

termo com intuitos polêmicos, empregando-o<br />

para qualificar sua oposição radical aos valores<br />

morais tradicionais e às tradicionais crenças<br />

metafísicas: "O N. não é somente um conjunto<br />

<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações sobre o tema 'Tudo é vão',<br />

não é somente a crença <strong>de</strong> que tudo merece<br />

morrer, mas consiste em colocar a mão na<br />

massa, em <strong>de</strong>struir. (...) É o estado dos espíritos<br />

fortes e das vonta<strong>de</strong>s fortes do qual não é<br />

possível atribuir um juízo negativo: a negação

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