22.06.2013 Views

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A1EXANDRISMO 25 ALGUM<br />

refa que constituiu a sua gran<strong>de</strong>za no período<br />

clássico: a <strong>de</strong> procurar livremente os caminhos<br />

e os modos <strong>de</strong> uma existência propriamente<br />

humana. Enrijece-se na pretensão <strong>de</strong> assegurar<br />

ao homem, a todo custo, a paz e a serenida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> espírito, e <strong>de</strong>sse modo torna-se privilégio<br />

<strong>de</strong> uns poucos pensadores que conseguem isolar-se<br />

do resto da vida e dos problemas que a<br />

dominam, <strong>de</strong>sinteressando-se, portanto, também<br />

da pesquisa científica. A ciência da era<br />

alexandrina conta com gran<strong>de</strong>s matemáticos<br />

(Eucli<strong>de</strong>s, Arquime<strong>de</strong>s, Apolônio); astrônomos<br />

(Hiparco e Ptolomeu); geógrafos (Eratóstenes);<br />

médicos (Galeno). A <strong>filosofia</strong> apresenta-se dividida<br />

em duas gran<strong>de</strong>s escolas: o Epicurismo<br />

(v.) e o Estoicismo (v.); e em duas tendências<br />

filosóficas sustentadas por escolas diferentes: o<br />

Ceticismo (v.) e o Ecletismo (v.). Po<strong>de</strong>-se dizer<br />

que é <strong>de</strong>sse período que provém a noção <strong>de</strong><br />

<strong>filosofia</strong>, ainda hoje muitas vezes predominante<br />

no senso comum, como ativida<strong>de</strong> consoladora<br />

ou tranqüilizante, que impe<strong>de</strong> ao homem imiscuir-se<br />

nas coisas da vida comum e procura<br />

garantir-lhe a imperturbabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espírito.<br />

ALEXANDRISMO (in. Alexandrianisni; fr.<br />

Alexandrisme, ai. Alexandrismus; it. Alessandrismó).<br />

Assim foi chamada, no Renascimento,<br />

a doutrina <strong>de</strong> Alexandre <strong>de</strong> Afrodísia sobre o<br />

intelecto ativo (v.).<br />

ALFA-ÔMEGA. Expressão usada no<br />

Apocalipse para <strong>de</strong>signar Deus como princípio<br />

e fim do mundo (Ap., I, 8; 21, 6; 22, 13; etc).<br />

ÁLGEBRA DA LÓGICA (in. Logical álgebra;<br />

fr. Algèbre <strong>de</strong> Ia logique, ai. Álgebra <strong>de</strong>rLogik;<br />

it. Álgebra <strong>de</strong>lia lógica). Já Leibniz intuíra a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um cálculo literal que tivesse<br />

afinida<strong>de</strong> com a A. comum, em que, <strong>de</strong>finindo-se<br />

por axiomas (muito semelhantes aos algébricos)<br />

certas operações lógicas (adição, subtração,<br />

multiplicação, divisão, negação) e certas<br />

relações (implicação, i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>) fundamentais,<br />

indicadas com símbolos extraídos da matemática,<br />

seria possível <strong>de</strong>rivar <strong>de</strong>sses axiomas,<br />

mediante cálculo, todas as regras da<br />

silogística tradicional. Mas (talvez pelo predomínio<br />

<strong>de</strong> fortes preocupações com o conteúdo<br />

<strong>de</strong> origem filosófica sobre a idéia pura do<br />

cálculo) Leibniz não chegara a resultados<br />

satisfatórios. Não foram mais felizes as tentativas<br />

<strong>de</strong> seus continuadores, como Lambert.<br />

Somente os lógicos ingleses do séc. XIX conseguem<br />

fundar uma verda<strong>de</strong>ira A. O primeiro<br />

foi George Boole {Mathematical Analysis of<br />

Logic, 1847; Laws of Thougbt, 1854), cujas<br />

pegadas foram seguidas por Stanley Jevons<br />

(PurêLogic, 1864), porj. Venn (Symbolic Logic,<br />

1881) e pelo alemão E. Schrõ<strong>de</strong>r (Álgebra <strong>de</strong>r<br />

Logík, 1890-1895). A álgebra da lógica geralmente<br />

é entendida como um cálculo literal bivalente,<br />

caracterizado: \- pelo fato <strong>de</strong> que as<br />

equações po<strong>de</strong>m assumir apenas os valores 0<br />

ou 1; 2° pelos axiomas "a + a = a" e "a = a"<br />

(com todas as conseqüências que daí <strong>de</strong>rivam);<br />

3 fi pela ausência <strong>de</strong> operações indiretas,<br />

como a subtração (não sendo possível equiparar<br />

a negação"- a" à subtração, não obstante<br />

o axioma, já enunciado por Leibniz, "a ~ a =<br />

0"). Esse cálculo literal em si nada significa,é<br />

um mero jogo simbólico (precisamente, uma<br />

"A. booliana" entre as muitas possíveis), mas<br />

é passível <strong>de</strong> duas interpretações, que interessam<br />

à Lógica. Na primeira, os símbolos a, b,<br />

c,... indicam classes; os sinais "+", "." indicam<br />

operações entre classes (v. ADIÇÃO; MULTIPLI-<br />

CAÇÃO LÓGICA); a < b interpreta-se como "a<br />

classe a está incluída na classe b"; o sinal <strong>de</strong><br />

negação "- a" ou "a"' indica a classe formada<br />

por todos os indivíduos que não pertencem à<br />

classe a-, 0 indica a classe vazia; 1 indica a classe<br />

total ou universo do discurso (v.). A segunda<br />

interpretação é, ao contrário, proposicional:<br />

os símbolos a, b, c,... indicam proposições; os<br />

sinais "+", ".", indicam operações sobre proposições;<br />

"a< b" indica implicação ("a implica<br />

£>"); "- a" (ou a') indica a negação da proposição<br />

a; finalmente, 0 é interpretado como<br />

"falso", 1 é interpretado como "verda<strong>de</strong>iro". Desse<br />

modo, funda-se a interpretação do cálculo<br />

lógico-algébrico que vai absorver a silogística<br />

tradicional, transformando-a em disciplina<br />

formal e <strong>de</strong>dutiva. Foi ultrapassada pela Lógica<br />

matemática, fundada por Frege e Russell, e,<br />

<strong>de</strong>pois, pela Lógica simbólica contemporânea, que<br />

absorveu os elementos mais vitais da A. da<br />

Lógica. G. P.<br />

ALGORITMO (in. Algorism; fr. Algorithme,<br />

ai. Algorithmus; it. Algoritmo). Qualquer processo<br />

<strong>de</strong> cálculo. Esse termo, <strong>de</strong>rivado do nome<br />

do autor árabe <strong>de</strong> um tratado que introduziu a<br />

numeração <strong>de</strong>cimal na Europa do séc. IX, <strong>de</strong>signava<br />

a princípio os processos <strong>de</strong> cálculo<br />

aritmético e <strong>de</strong>pois foi generalizado para indicar<br />

todos os processos <strong>de</strong> cáclulo.<br />

ALGUM (in. Some, fr. Quelque, ai. Einige,<br />

it. Qualché). Na Lógica contemporânea, "A."<br />

ou "alguns" é um operador <strong>de</strong> campo, cujo<br />

símbolo mais usado é ''(3x)", p. ex., em fórmulas<br />

como "(3x) . f(x)", que se lê "existe ao menos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!