22.06.2013 Views

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

SINOLON 904 SINTAXE<br />

SÍNOLON (gr. xò avvoXov; lat. Compositum).<br />

Com este termo, que significa "uma coisa<br />

só", Aristóteles indicou o composto <strong>de</strong> matéria<br />

e forma, a substância concreta. "A substância é<br />

a forma imanente, cia qual, juntamente com a<br />

matéria, <strong>de</strong>riva aquilo que se chama <strong>de</strong> S. ou<br />

substância: p. ex., a concavida<strong>de</strong> é a forma da<br />

qual, juntamente com o nariz, (matéria) <strong>de</strong>riva<br />

o nariz achatado" (Met., VII, II, 1037 a<br />

30). A tradução cio termo é "composto" ou<br />

"concreto".<br />

SINÔMICO (in. Synnomic; fr. Synnomique-,<br />

it. Sinnomico). Termo empregado por G. M.<br />

Baldwin para indicar o conjunto <strong>de</strong> conhecimentos<br />

comuns que se formam nos indivíduos,<br />

quando esses conhecimentos sào consi<strong>de</strong>rados<br />

"aptos ou apropriados a todos os processos<br />

lógicos como tais" (Thought and Things, 1906, II,<br />

p. 270). Sindóxico, ao contrário, é aquilo que é<br />

comum mas sem caráter cie normativida<strong>de</strong> (v.<br />

SINDÓXICO).<br />

SINONÍMIA (in. Synonimy fr. Synonymie-,<br />

ai. Synonimie, it. Sinonimia). A relação <strong>de</strong> S. é<br />

importante para os lógicos porquanto a utilizam<br />

para <strong>de</strong>finir a noção <strong>de</strong> analiticida<strong>de</strong> (v.).<br />

Como o conceito <strong>de</strong> S. como "i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

significado entre duas formas lingüísticas" não<br />

é suficiente, os lógicos costumam acrescentar<br />

alguma outra condição para <strong>de</strong>finir a sinonimia.<br />

Lewis diz: "Duas expressões são sinônimas<br />

se e apenas se: l u têm a mesma intensâo<br />

e se essa intensâo não é zero nem universal, ou<br />

2" se sua intensâo é zero ou universal, mas elas<br />

são analiticamente confrontáveis" (Analysis of<br />

Knouiedge and Valuation, 1946, p. 86). Por<br />

•'expressões que têm intensâo zero ou universal",<br />

Lewis enten<strong>de</strong> expressões como "ser'',<br />

"entida<strong>de</strong>", "coisa", "qualquer coisa" (Ibid., p.<br />

87). Carnap, por sua vez, observou: "Se pedimos<br />

a tradução exata <strong>de</strong> dada asserção <strong>de</strong><br />

uma língua para outra, p. ex. <strong>de</strong> uma hipótese<br />

científica ou <strong>de</strong> um testemunho em tribunal,<br />

costumamos esperar mais que a concordância<br />

das intensões dos enunciados. (...) Mesmo se<br />

restringirmos nossa atenção a significados<br />

<strong>de</strong>signativos (cognitivos), a equivalência lógica<br />

dos enunciados não será suficiente; será<br />

preciso que pelo menos alguns dos <strong>de</strong>signadores<br />

constitutivos sejam logicamente<br />

equivalentes ou, em outras palavras, que as<br />

estruturas intensionais sejam semelhantes".<br />

A S. seria expressa, pois, por um "isomorfismo<br />

intensional", cujas regras Carnap expõe<br />

(Meaning and Necessity, 1957, §§ 14, 15).<br />

Contudo, as exigências expressas por Lewis e<br />

Carnap para a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> S. continuam no<br />

campo da intensionalida<strong>de</strong> das formas lingüísticas.<br />

É o que acontece também com a <strong>de</strong>finição<br />

<strong>de</strong> Church (Introduclion to Mathematical<br />

Logic, § 01). Quine <strong>de</strong>monstrou, nesse<br />

mesmo plano, como é difícil utilizar a S. para<br />

<strong>de</strong>finir a analiticida<strong>de</strong>, pois "dizer que 'solteiro'<br />

e homem não casado' sào sinônimos do ponto<br />

<strong>de</strong> vista cognitivo, significa dizer que é analítica<br />

a asserção 'todos os solteiros e só eles sào<br />

homens não casados"'. Portanto, segundo<br />

Quine, a S. po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida eximo a possibilida<strong>de</strong><br />

cie substituição recíproca cie dois termos,<br />

salva analyticitate, vale dizer, a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>, numa expressão, substituir dois termos<br />

um pelo outro sem que a expressão perca o caráter<br />

analítico (trom a Logical Point of View,<br />

1953, IL 3).<br />

SINÔNIMO (in. Synonym; fr. Synonyme, ai.<br />

Syyionym. it. Sinônimo). Segundo a <strong>de</strong>finição<br />

aristotélica (Cat., 1 a 6; 3b 7), diz-se que são S.<br />

as coisas que têm em comum o nome e a <strong>de</strong>finição<br />

da essência, assim como o homem e o<br />

boi são chamados (e sào) ambos animais. No<br />

uso mo<strong>de</strong>rno, porém, sào chamados <strong>de</strong> S. os<br />

vocábulos (ou enunciados) diferentes na forma<br />

da expressão, mas <strong>de</strong> igual conteúdo semântico.<br />

Na lógica contemporânea sào chamados <strong>de</strong><br />

S. os enunciados que têm forma diferente mas<br />

o mesmo sentido (<strong>de</strong>signando a mesma proposição):<br />

no entanto nem sempre é fácil distinguir<br />

sinonimia (semântica) <strong>de</strong> equivalência<br />

(sintática).<br />

SINOPSE (gr. aúvoxjnç; in. Synopsis; fr.<br />

Synopsis; ai. Synopsis; it. Sinossí). Visão <strong>de</strong> conjunto.<br />

Platão emprega esse termo para indicar<br />

o primeiro momento do procedimento dialético,<br />

que consiste em reunir uma multiplicida<strong>de</strong><br />

numa única idéia (Rep., 537 e; Fed., 265 d).<br />

Esse termo também foi empregado por Kant na<br />

primeira edição da Crítica da Razão Pura, na<br />

expressão "a sinopse apríori&A multiplicida<strong>de</strong><br />

por meio do sentido" (Crít. R. Pura, § 14, ao<br />

final), que seria a apreensão da multiplicida<strong>de</strong><br />

sensível nas formas da intuição (espaço e tempo),<br />

que ele distingue da síntese imaginativa e<br />

da síntese conceituai.<br />

SINTAXE (gr. cruvTáÇiÇ; lat. Syntaxis; in.<br />

Syntax; fr. Syntaxe; ai. Syntux; it. Sinlassi).<br />

1. Qualquer organização, combinação ou sistematizaçâo<br />

<strong>de</strong> partes. O estóico Crisipo <strong>de</strong>fine<br />

como "S. do todo" o <strong>de</strong>stino que governa a<br />

or<strong>de</strong>m do mundo (Stoicorum fragmenta, II,<br />

p. 293).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!