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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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SER, GRANDE 888 SER-AI<br />

tema da analítica existencial. Do mesmo<br />

modo, para Jaspers, as possibilida<strong>de</strong>s objetivas<br />

constituem a própria existência (Phii,<br />

§ 18), enquanto Sartre afirma que "o possível é<br />

uma estrutura do para-sí, ou seja, da consciência"<br />

(1,'être et le néant, p. 34). É verda<strong>de</strong> que.<br />

para Sartre, distinguir-se-ia <strong>de</strong>ssa estrutura o<br />

S. em si. que é o S. do fenômeno que não<br />

seria nem possível nem necessário, mas simplesmente<br />

existente. Entretanto, Sartre atribui<br />

a esse mesmo S. o caráter <strong>de</strong> contingência<br />

e não acha possível analisar o S. em si senão<br />

a partir do S. para si, a consciência: portanto,<br />

nessa doutrina, o primado da possibilida<strong>de</strong> é<br />

evi<strong>de</strong>nte.<br />

Cumpre observar, porém, que uma das características<br />

da concepção em exame é a recusa<br />

explícita das soluções simples e globais para<br />

o problema cio S., ou a <strong>de</strong>sistência <strong>de</strong> encontrálas;<br />

portanto, é o abandono do tratamento "metafísico"<br />

<strong>de</strong>sse problema. De fato, reconhecer o<br />

significado do S. como possibilida<strong>de</strong> exige<br />

que se passe imediatamente à consi<strong>de</strong>ração<br />

e ao estudo das possibilida<strong>de</strong>s, nos campos<br />

específicos em que são condicionadas, on<strong>de</strong><br />

têm "realida<strong>de</strong>". Logo, não é possível <strong>de</strong>senvolver<br />

uma metafísica da possibilida<strong>de</strong>, tomando<br />

como mo<strong>de</strong>lo a metafísica clássica da necessicida<strong>de</strong><br />

e visando a substituí-la. Uma tentativa<br />

<strong>de</strong>sse gênero só teria como resultado o retorno<br />

puro e simples à metafísica da necessida<strong>de</strong>:<br />

isso se <strong>de</strong>monstra no próprio Hei<strong>de</strong>gger,<br />

que, ao abandonar o terreno da análise existencial<br />

e passar á elaboração do "problema<br />

do S. em geral", voltou às teses clássicas da<br />

metafísica tradicional com o reconhecimento<br />

da necessida<strong>de</strong> do S. (Einführung in die Metapbysik,<br />

Tübingen, 1953).<br />

SER, GRANDE (fr. Granei Être). Foi <strong>de</strong>sse<br />

modo que Comte <strong>de</strong>signou a humanida<strong>de</strong><br />

como primeira pessoa da trinda<strong>de</strong> positivista; a<br />

segunda pessoa seria o Gran<strong>de</strong> Fetiche (a Terra)<br />

e a terceira, o Gran<strong>de</strong> Meio (o Espaço)<br />

(Syntbèse subjective ou système universal <strong>de</strong>s<br />

conceptions propres ã Ihumanité, 1856).<br />

SER-AI (in. There-being ou Reingthereness;<br />

fr. Réalité-humaine, ai. Dasein; it. Esserci). O<br />

termo alemão, que 6 o originário, começa a ser<br />

usado no séc. XVIII. Em italiano, o termo<br />

esserci é usado por Spaventa (Princ. di fil,<br />

1867, p. 134) para traduzir o correspon<strong>de</strong>nte<br />

termo hegeliano e, em inglês, There-being foi<br />

usado por Stirling em Segredo <strong>de</strong> //

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