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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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SINTÉIJCO 905 SÍNTESE<br />

2. Uma das dimensões do procedimento<br />

semiológico (v. SEMIOSK), que é a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> combinar signos com base em regras <strong>de</strong>termina<br />

veis. Neste sentido po<strong>de</strong>-se falar, p. ex., <strong>de</strong><br />

"S. dos sons" ou "das cores", etc.<br />

3. A ciência que estuda as formas gramaticais<br />

ou lógicas da linguagem, enten<strong>de</strong>ndo-se<br />

por formas as suas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> combinação.<br />

Mais particularmente, Carnap <strong>de</strong>finiu a S.<br />

lógica das linguagens como "a teoria formal<br />

das formas lingüísticas, a <strong>de</strong>claração sistemática<br />

das regras formais que a regem, as linguagens<br />

e as conseqüências <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>ssas<br />

regras". Carnap acrescenta que "uma teoria,<br />

uma regra, uma <strong>de</strong>finição, etc. <strong>de</strong>ve ser chamada<br />

<strong>de</strong> formal quando não faz qualquer referência<br />

ao significado dos símbolos (p. ex., das palavras)<br />

ou ao sentido das expressões (p. ex.,<br />

dos enunciados), mas unicamente às espécies<br />

e à or<strong>de</strong>m dos símbolos com que as expressões<br />

são construídas" (Logische Syntax <strong>de</strong>r Spracbe,<br />

1934, § 1). Carnap i<strong>de</strong>ntificou com a S. toda a<br />

lógica ou metodologia das ciências (Ibid., § 81),<br />

com base na consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> que "para <strong>de</strong>terminar<br />

se um enunciado é ou não conseqüência<br />

<strong>de</strong> outro, não é necessária qualquer referência<br />

ao significado dos enunciados"; portanto, "uma<br />

lógica especial do significado ê supérflua; tuna<br />

lógica não formal' é uma contradição nos termos.<br />

A lógica é S." (Ibid., § 71). Mais tar<strong>de</strong>, o<br />

próprio Carnap admitiu a divisão da análise da<br />

linguagem ou semiótica em pragmática, semântica<br />

e S., consi<strong>de</strong>rando o ponto <strong>de</strong> vista<br />

sintático como o procedimento que abstrai do<br />

fator semântico (Foundations of Logic and<br />

Mathematics, 1939. § 8).<br />

SINTÉLICO (in. Syntelic; fr. Syntélique. it.<br />

Sintelico). Termo empregado por G. M. Baldwin<br />

para <strong>de</strong>signar os elementos práticos comuns<br />

a vários indivíduos, mas nem por isso<br />

necessariamente válidos: elementos que correspon<strong>de</strong>m<br />

àquilo que é chamado <strong>de</strong> sindóxico<br />

no domínio do conhecimento ( Thought<br />

and Things, 1906, III 79-80).<br />

SINTÉRESE(gr. o\)VTiipr)oiç; lat. Synteresisin.<br />

Synteresis; fr. Syntérèse, aí. Synteresis, it.<br />

Sinteresi). Diretriz da consciência moral do homem<br />

ou essa mesma consciência. Esse termo<br />

significa "conservação" e foi empregado pela<br />

primeira vez para indicar a conservação cio critério<br />

do bem e do mal por parte <strong>de</strong> Adão,<br />

<strong>de</strong>pois da expulsão do Paraíso. Nesse sentido,<br />

foi São Gerônimo o primeiro a usar a palavra,<br />

<strong>de</strong>signando com ela "a centelha <strong>de</strong> consciência<br />

que não se extingue no peito <strong>de</strong> Adào <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> sua expulsão do Paraíso" (Comni. in Kzech.,<br />

em P. L, 25, col. 22). Reaparece em outros padres<br />

cia igreja (Basílio, Gregório, o Gran<strong>de</strong>) e<br />

nos Vittorini. Mas foi só em Bonaventura e em<br />

Alberto Magno que se transformou em faculda<strong>de</strong><br />

natural <strong>de</strong> juízo moral, que guia o homem<br />

para o bem e cria nele o remorso pelo mal. São<br />

Boaventura consi<strong>de</strong>ra a S. como a iluminação<br />

que Deus conce<strong>de</strong> ao intelecto humano no domínio<br />

prático, correspon<strong>de</strong>ndo à iluminação<br />

que, no domínio teórico, o leva para a ciência.<br />

(In Sent., II, d. 39 a. 2, q. 1). Portanto a S. é "o<br />

ápice da mente", o último grau da ascensão a<br />

Deus, o que prece<strong>de</strong> imediatamente o arrebatamento<br />

final (Itinerarium mentis in Deiun, I,<br />

6). Definição análoga aparece em Alberto Magno<br />

(S. Th., II, 16, q. 99). S. Tomás modificou<br />

seu conceito, transformando-o <strong>de</strong> noção mística<br />

cm noção moral, vale dizer, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong><br />

consi<strong>de</strong>rá-lo como luz proveniente do alto, e<br />

consi<strong>de</strong>rando-o como hábito moral. Diz: "A S.<br />

não é um po<strong>de</strong>r especial superior à razão ou à<br />

natureza, mas é o hábito natural dos princípios<br />

práticos, assim como o intelecto é o hábito dos<br />

princípios especulativos" (S. Tb., I, q. 39, a. 12;<br />

De ver., q. 16, a. 1). Assim como o intelecto<br />

apreen<strong>de</strong> os princípios últimos que servem <strong>de</strong><br />

fundamento à ciência, a S. apreen<strong>de</strong> os princípios<br />

que servem <strong>de</strong> fundamento à ativida<strong>de</strong><br />

prática. Esse conceito não foi alterado pelos<br />

escritores escolásticos posteriores (cf. p. ex.,<br />

Di'NS SCOT. Op. Ox., II, d. 39, q. 2, a. 4). Essa<br />

noção reaparece, mas raramente, em escritores<br />

posteriores: foi utilizada por Nicolau <strong>de</strong> Cusa,<br />

em seu significado místico (De visioneDei, ed.<br />

Bohnenstadt, pp. 150 ss.); foi empregada com<br />

o mesmo significado por B. Gracián: "É o trono<br />

da razão, a base da prudência, porque graças a<br />

ela custa pouco vencer. E presente do céu, o<br />

mais cobiçado. (...) Consiste na propensão inata<br />

a tudo o que mais se conforma à razão,<br />

sempre em conjunto com o que há <strong>de</strong> mais<br />

certo" (Oráculo manual, 1647, § 96).<br />

SÍNTESE (gr. ouveEOtÇ; lat. Synthesis, in.<br />

Synthesis; fr. Syntbèse; ai. Synthese-, ít. Sintesi).<br />

Este termo, além do significado comum <strong>de</strong> unificação,<br />

organização ou composição, tem os seguintes<br />

significados específicos: 1 Q método cognitivo<br />

oposto a análise; 2- ativida<strong>de</strong> intelectual;<br />

5" unida<strong>de</strong> dialética dos opostos; 4- unificação<br />

dos resultados das ciências na <strong>filosofia</strong>.<br />

1'-' No primeiro significado, como um dos<br />

métodos fundamentais do conhecimento (em

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