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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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PROSSILOGISMO 804 PROTOTESE<br />

ao fazer a distinção entre P. por si, "que é estabelecido<br />

com relação a todos os objetos e separa<br />

o objeto em questão <strong>de</strong> qualquer outro<br />

(como no caso <strong>de</strong> ser P. do homem ser um animal<br />

mortal que po<strong>de</strong> receber o saber)" e o P.<br />

em relação a outra coisa, "que distingue o objeto<br />

apenas <strong>de</strong> algum objeto dado e não <strong>de</strong> qualquer<br />

outro objeto" ( Top.. V, 1, 128 b 34). O "P.<br />

por si" é o P. no sentido estrito, ou seja. a<br />

<strong>de</strong>terminação sempre que pertence a todo o<br />

objeto dado, e somente a ele, enquanto o P.<br />

"em relação a outra coisa" foi distinguido por<br />

Porfírio (com base nas mesmas consi<strong>de</strong>rações<br />

<strong>de</strong> Aristóteles) em outras três <strong>de</strong>terminações:<br />

I a aquilo que pertence a uma única espécie,<br />

mas não a todos os indivíduos da espécie (neste<br />

sentido ser filósofo é P. do homem); 2- aquilo<br />

que pertence a todos os indivíduos <strong>de</strong> uma<br />

espécie, mas não a uma única espécie (serbípe<strong>de</strong><br />

é P. do homem); 3 a aquilo que pertence a todos<br />

os indivíduos <strong>de</strong> uma única espécie, mas nem<br />

sempre (neste sentido, encanecer é P. do homem).<br />

Porfírio enumerava como quarto significado<br />

o mais restrito (Isag., 12, 12 ss.). Os<br />

quatro significados <strong>de</strong> Porfírio foram habitualmente<br />

reproduzidos pela lógica medieval (cf.,<br />

p. ex., PEDRO HISPANO, Sitmm. log., 2, 13), mas<br />

a partir da Lógica <strong>de</strong> Arnauld (I. V), mesmo<br />

mencionando-se as quatro distinções <strong>de</strong> Porfírio,<br />

preferiu-se limitar o conceito <strong>de</strong> P. ao mais<br />

restrito. Na realida<strong>de</strong>, em seu significado lato.<br />

o conceito <strong>de</strong> P. po<strong>de</strong> incluir qualquer <strong>de</strong>terminação,<br />

atribuída a qualquer título a um objeto,<br />

per<strong>de</strong>ndo, assim, característica ou utilida<strong>de</strong><br />

específica. Seja como for, a noção está estritamente<br />

ligada à da lógica aristotélica e à sua<br />

estreita vinculação com a teoria da substância,<br />

sendo por isso abandonada pela lógica contemporânea.<br />

PROSSILOGISMO. V. POUSSII.OGISMO.<br />

PRÓTASE. V. PROPOSIÇÃO.<br />

PROTENSIVIDADE (in. Prolensity, ai. Protention;<br />

it. Protensione). Duração <strong>de</strong> consciência.<br />

Termo introduzido por Kant, que observava;<br />

"A felicida<strong>de</strong> é a satisfação <strong>de</strong> todas as<br />

nossas propensòes, tanto extensivas em sua<br />

multiplicida<strong>de</strong> quanto intensivas (em relação<br />

ao grau) e proteyisivas(em relação à duração)"<br />

(Crít. R. Pura, Doutr. do Método, cap. II, seç.<br />

II). Husserl chamou <strong>de</strong> P. "a pré-lembrança<br />

reprodutiva em sentido próprio", ou seja, o<br />

estado <strong>de</strong> expectativa que prepara a reprodução<br />

da lembrança (I<strong>de</strong>en, I, § 77).<br />

PROTOCOLO (in. Protocol; fr. Protocol; ai.<br />

Protokoll; it. Protocolo). Termo introduzido pelo<br />

Círculo <strong>de</strong> Viena para indicar o registro do<br />

dado imediato ou experiência direta (sensação,<br />

percepção, emoção, pensamento, etc). As<br />

"proposições protocolares" são as que contêm<br />

unicamente P. e por isso fazem referência direta<br />

aos dados imediatos; por serem instrumento<br />

da verificação empírica, não precisam <strong>de</strong> verificação<br />

porque sua verda<strong>de</strong> é garantida pelo P.<br />

que contêm, graças ao qual correspon<strong>de</strong>m imediatamente<br />

ao dado empírico (cf. R. Carnap,<br />

em Krkenntnis, II, 1931, pp. 437 ss.). A noção<br />

<strong>de</strong> P. está ligada â fase do neopositivismo que,<br />

para <strong>de</strong>clarar significativa urna proposição, exigia<br />

a verificação direta da proposição mediante<br />

protocolos. Mas mesmo Carnap, a partir da<br />

obra Teslabilily and Meaning (1936), limitava<br />

essa exigência afirmando que, para serem<br />

significativos, os enunciados <strong>de</strong>vem ser confirmáveis,<br />

ou seja, <strong>de</strong>vem conter apenas<br />

"predicados-coisa observáveis". Estes preclicados-coisa<br />

não são mais P., isto é, dados da<br />

experiência imediata, mas nomes <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>s<br />

elementares (p. ex., "vermelho"). Para uma<br />

crítica do conceito <strong>de</strong> P., no âmbito do positivismo<br />

lógico, cf. K. Popper, Logik <strong>de</strong>r Forschung,<br />

1934, trad. in., 1958 (v. EXPERIÊNCIA).<br />

PROTOFILOSOFIA (in. Protophilosophy, fr.<br />

Protophilosophic-, ai. Protophilosophie, it. Proto<strong>filosofia</strong>).<br />

Termo empregado principalmente pelos<br />

sociólogos para indicar a <strong>filosofia</strong> dos povos<br />

primitivos, expressa na forma do mitoiy.).<br />

PROTOLOGIA(in. Pwtologyjv. Protologie,<br />

ai. Protologie, it. Protologia). Termo empregado<br />

por alguns escritores italianos do início do séc.<br />

XIX, especialmente por Ermenegildo Pini<br />

(P-, 3 vols., 1803), para <strong>de</strong>signar aquilo que<br />

Fichte <strong>de</strong>nominava doutrina da ciência ou<br />

ciência das ciências. Esse termo foi adotado<br />

por Vincenzo Gioberti na sua última obra, publicada<br />

postumamente (P., 1857). Gioberti <strong>de</strong>fine<br />

a P. como "a ciência do ente inteligível,<br />

intuída através do pensamento imanente"; essa<br />

ciência é a base <strong>de</strong> qualquer outra, sendo também<br />

anterior à ontologia. O uso <strong>de</strong>sse termo<br />

parou em Gioberti.<br />

PROTON PSEUDOS (gr. 7ipcõTOV \|/eü8oç).<br />

Falsida<strong>de</strong> da premissa maior, que <strong>de</strong>termina a<br />

falsida<strong>de</strong> do silogismo (Aristóteles, An. pr., II,<br />

18. 66 a 16).<br />

PROTOTESE (in. Protothesis; fr. Protothèse,<br />

ai. Protothèse, it. Prototesi). Termo empregado<br />

por W. Ostwald para indicar as hipóteses sus-

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