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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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PROPOSIÇÃO ATRIBUTIVA 80-? PRÓPRIO<br />

como a "classe dos enunciados que têm o mesmo<br />

significado (significance) intencional para<br />

qualquer um que o entenda" (Langiiage Tmtb<br />

and Logic, [1936], 1948. p. 88). Neste mesmo<br />

sentido, Quine consi<strong>de</strong>rou as P. como "os<br />

significados dos enunciados" (From a lógica!<br />

Point of Vieir. VI, 2: p. 109; Word and<br />

Ohject. 1960, § 42). Mais próximos da posição<br />

<strong>de</strong> Frege estão Carnap e Church. Carnap<br />

distinguiu a extensão <strong>de</strong> um enunciado, que 6<br />

seu valor <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> sua intoisão, que 6<br />

a P. que ele expressa. No sentido <strong>de</strong> Carnap.<br />

todavia, a P. é uma entida<strong>de</strong> tão objetiva<br />

quanto a "proprieda<strong>de</strong>", embora apenas <strong>de</strong><br />

natureza lógica. Segundo Carnap, po<strong>de</strong>-se<br />

falar <strong>de</strong> P. também a propósito <strong>de</strong> enunciados<br />

falsos, porque as P. são entida<strong>de</strong>s complexas,<br />

compostas por outras entida<strong>de</strong>s: e<br />

ainda que se admita que os componentes últimos<br />

<strong>de</strong> uma P. <strong>de</strong>vem ser "exemplificados"<br />

(isto é, <strong>de</strong>vem ser verda<strong>de</strong>iros), nem por isso a<br />

P., em seu conjunto, <strong>de</strong>verá sê-lo (Meaning<br />

andNecessily. § 6; pp. 26-30). Church. que aceitou<br />

a terminologia <strong>de</strong> Frege, Lisa o termo "P."<br />

como equivalente ao termo "sentido", <strong>de</strong> Frege,<br />

e afirma <strong>de</strong>ver-se a uma <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> algum<br />

modo arbitrária o fato <strong>de</strong> recusarmos o nome<br />

<strong>de</strong> P. aos sentidos dos enunciados (das linguagens<br />

naturais), porquanto expressam um sentido,<br />

mas não têm valor <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> (Inlr. Io<br />

Malhemalical I.ogic. § 04. op. 27). Por outro<br />

lado, Bergmann utilizou o termo <strong>de</strong> Brentano e<br />

<strong>de</strong> Ilusserl. "intenção", para reinterpretar o<br />

"significado" <strong>de</strong> Frege. A intenção é o objeto<br />

dos atos intencionais, e a P. é o "caráter" correspon<strong>de</strong>nte<br />

à intenção. "No paradigma", disse<br />

ele, "a intenção é um fato expresso em 'isto 6<br />

ver<strong>de</strong>'. Chamo <strong>de</strong> caráter correspon<strong>de</strong>nte 'a P.<br />

isto é ver<strong>de</strong>' e uso P. como um nome geral para<br />

essa espécie <strong>de</strong> caráter" (I.ogic and Reality,<br />

1964, p. 32).<br />

As discussões havidas entre os lógicos a respeito<br />

da P., bem como a respeito <strong>de</strong> stias equivalências<br />

ou sinonímias, além <strong>de</strong> outros problemas<br />

relativos, continuam centrados na<br />

distinção entre sentido e significado, ou suas<br />

distinções correspon<strong>de</strong>ntes.<br />

PROPOSIÇÃO ATRIBUTIVA; ATÔMICA;<br />

COMPARATIVA; DEÇLARATTVA; DESÇRITI<br />

VA; SECUNDARIA. V. esses adjetivos.<br />

PROPOSIÇÃO FUNCIONAL (in. Functionalproposition,<br />

fr. Proposition fonctionelle; ai.<br />

Funktionellsatz; it. Proposizione fiuizionale).<br />

Dá-se esse nome às P. moleculares (ou seja, P.<br />

complexas, compostas <strong>de</strong> P. simples através<br />

dos conectivos lógicos 'não', 'ou', 'e'. implica'),<br />

cuja verda<strong>de</strong> (ou falsida<strong>de</strong>) seja unicamente<br />

função da verda<strong>de</strong> ou falsida<strong>de</strong> das P. componentes.<br />

A questão cie existirem ou não P.<br />

moleculares não funcionais foi amplamente<br />

discutida na Lógica contemporânea, contra a<br />

lese e.xlensionaí. <strong>de</strong>fendida principalmente por<br />

Wittgenstein, segundo a qual todas as P. moleculares<br />

são funções-verda<strong>de</strong> das componentes;<br />

Russell e outros <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ram a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> P. compostas que não sejam funções,<br />

como p. ex.. "A crê em p" (on<strong>de</strong> 'A' é um nome<br />

<strong>de</strong> pessoa e 'p' é uma P.).<br />

PROPOSIÇIONAL CÁLCULO, FUNÇÃO. V.<br />

CAI.CII.O; FYNÇÂO PROPOSICIONAL.<br />

PROPRIEDADE (in. Propcrty, fr. Propriâlé;<br />

ai. Iiigenschaft; it. Proprielã). 1. Determinação<br />

ou característica própria <strong>de</strong> um objeto em um<br />

dos sentidos do termo próprio (v.).<br />

2. Qualquer qualida<strong>de</strong>, atributo, <strong>de</strong>terminação<br />

que sirva para caracterizar um objeto oti<br />

para distingui-lo dos outros.<br />

PROPRIEDADE ÇOMUTATIVA, DISTRI<br />

BUTIVA. V. CO.MtTATIYO. DlSTRlBlTIVO.<br />

PROPRINÇIPIA. Termo usado por Campanella<br />

para indicar os tlois princípios que entram<br />

na constituição das coisas fínitas, isto é. o<br />

Ser e o Não-ser (Met.. II, 2, 2) (v. PRIMALIDADI:).<br />

PRÓPRIO (gr. Tôtov; lat. Propriiinv. in.<br />

Proper. fr. Propre: ai. Higen; it. Próprio). 1. lana<br />

<strong>de</strong>terminação que pertence a Ioda uma classe<br />

<strong>de</strong> objetos, pertencendo sempre e somente a<br />

essa classe, mesmo que não faça parte <strong>de</strong> sua<br />

<strong>de</strong>finição. F.ste é o sentido fundamental do termo,<br />

da maneira como foi esclarecido por Aristóteles<br />

Clbp., I, S, 102 a 18) e passou a fazer<br />

parte da tradição lógica (cf. Arnaukl, I.og., I, 7;<br />

Jungius. Lógica bamburgensis, I, I, 33). Neste<br />

sentido, o P., apesar cie não fazer parte da<br />

essência substancial <strong>de</strong> uma coisa, está estritamente<br />

conexo a essa essência ou <strong>de</strong>riva <strong>de</strong>la<br />

<strong>de</strong> algum modo. O exemplo aduzido por Aristóteles<br />

é o do aprendizado da gramática:<br />

esta <strong>de</strong>terminação é P. do homem, no sentido<br />

<strong>de</strong> que quem é capaz <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r gramática<br />

é homem, e é homem quem é capaz <strong>de</strong><br />

apren<strong>de</strong>r gramática: as duas <strong>de</strong>terminações<br />

"homem" e "capaz <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r gramática " são<br />

reciprocáveis. Neste sentido, o P. é uma <strong>de</strong>terminação<br />

privilegiada que está entre a essência<br />

e as <strong>de</strong>terminações aci<strong>de</strong>ntais.<br />

2. No entanto, mesmo Aristóteles chama cie<br />

próprias também as <strong>de</strong>terminações aci<strong>de</strong>ntais

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