22.06.2013 Views

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

R<br />

RAÇA. V. RACISMO.<br />

RACIOCÍNIO (gr. À,OYIGU.ÓÇ; lat. Ratiocinatio;<br />

in. ReasoHing; fr. Raisonnement; ai. Vermuiftscbluss;<br />

it. Racionamento). Qualquer procedimento<br />

<strong>de</strong> inferência ou prova; portanto,<br />

qualquer argumento, conclusão, interência,<br />

indução, <strong>de</strong>dução, analogia, etc. Stuart Mill dizia:<br />

"Inferir uma proposição <strong>de</strong> uma ou mais<br />

proposições prece<strong>de</strong>ntes, e crer ou preten<strong>de</strong>r<br />

que se creia nela como conclusão <strong>de</strong> qualquer<br />

outra coisa significa raciocinar, no mais<br />

amplo sentido do termo" (Logic, II, I, I). John<br />

Stuart Mill excluía do âmbito do R. somente<br />

"os casos nos quais a progressão cie uma verda<strong>de</strong><br />

para outra 6 apenas aparente, porque o<br />

conseqüente é mera repetição do antece<strong>de</strong>nte"<br />

(Ibid., II, 1, 3): além disso, i<strong>de</strong>ntificava<br />

raciocínio e inferência. Mas essa restrição <strong>de</strong>sapareceu<br />

do uso corrente do termo, que hoje<br />

compreen<strong>de</strong> também as inferências tautológicas.<br />

consi<strong>de</strong>radas próprias da matemática e<br />

da lógica (cf. P. E STRAWSON, Intr. to l.ogical<br />

Tbeory, 1952, p. 12 ss.). Portanto, a ilustração<br />

dos significados do termo po<strong>de</strong> ser achada<br />

nos verbetes que constituem a extensão do<br />

termo em questão, e especialmente nos seguintes:<br />

DHI)('OÀO, IxnrçÀo, PROVA, DFMOSTRACAO,<br />

IMT:RKNCIA. SILOGISMO, ARGIMHNIO, ANALOGIA.<br />

Contudo, a classificação fundamental dos R.<br />

divi<strong>de</strong>-os em <strong>de</strong>dnlivosc indiitivosliss-d distinção,<br />

já estabelecida por Aristóteles (An. pr.. II.<br />

23, 68 b 13), costuma ser utilizada ainda hoje.<br />

às vezes com nomes um pouco diferentes. Peirce,<br />

p. ex., falava em R. explicativos analíticos ou <strong>de</strong>dutivos,<br />

por um lado, e <strong>de</strong> R. explicativos, sintéticos,<br />

ou indutivos, por outro ( Chance, [.ove and<br />

Logic. I, 4, 3; trad. it., p. 67). que são justamente<br />

os nomes mais empregados para <strong>de</strong>signar as<br />

duas espécies fundamentais do raciocínio.<br />

RACIOCÍNIO APAGÓGICO. V. APAGOGICO.<br />

RACIOCÍNIO POR ANALOGIA. V. ANALO-<br />

GIA.<br />

RACIONAL (gr. ^oyiKÓÇ; lat. Rationalis,<br />

Rationabilis; in. Rational; fr. Ralionnel, Raísotinable,<br />

ai. Vernünftig; it. Razionale, Ragionevole).<br />

1. Aquilo que constitui a razão ou diz.<br />

respeito à razão, em qualquer dos significados<br />

<strong>de</strong>ste termo (v.).<br />

2. Quem tem a possibilida<strong>de</strong> cio uso da razão;<br />

nesse sentido diz-se que o homem é um<br />

animal racional. S. Agostinho afirma que os<br />

sábios "chamaram <strong>de</strong> racionável ( rationabilis)<br />

quem faz ou po<strong>de</strong> fazer uso da razão, e <strong>de</strong> racional<br />

(rationalis) aquilo que é feito ou dito<br />

pela razão"; portanto, acha que é preciso chamar<br />

<strong>de</strong> racionais os discursos ou os banhos, e<br />

<strong>de</strong> racionáveis aqueles que os praticam (De<br />

ordine, XI. 31 )• Mas essa distinção não é facilmente<br />

<strong>de</strong>fensável porque os antigos chamaram<br />

também o homem <strong>de</strong> racional (nt., p. ex..<br />

QUNTILIANO. Inst.. V, 10, 56). Por outro lado.<br />

chamamos hoje <strong>de</strong> racionável também aquilo<br />

que se conforma à razão.<br />

3- Que tem por objeto a razão, sua forma e<br />

seus procedimentos. Neste sentido, Sêneca<br />

(fp..X9. 17) eQuintiliano (/;/.;>?., XII. 2. 10) chamaram<br />

a lógica <strong>de</strong> "<strong>filosofia</strong> R.". o que foi imitado<br />

por Wolff (í.og.. 1728) e por outros.<br />

RACIONALISMÒ (in. Ralionalisnr, IV. Ralionalisme;<br />

ai. Rationalismus; it. Razionalismo).<br />

Km geral, a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem confia nos<br />

procedimentos da razão para a <strong>de</strong>terminação<br />

<strong>de</strong> crenças ou <strong>de</strong> técnicas em <strong>de</strong>terminado<br />

campo. Esse termo foi usado a partir do séc.<br />

XVII para <strong>de</strong>signar tal atitu<strong>de</strong> no campo religioso;<br />

"Há uma nova seita difundida entre eles<br />

(presbiterianos e in<strong>de</strong>penclentesl. que é a dos<br />

racionalistas: o que a razão lhes dita, eles consi-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!