22.06.2013 Views

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

POLITOMIA POR SI<br />

<strong>de</strong> outras exigências, como as científicas, artísticas,<br />

morais, religiosas, etc.<br />

POLITOMIA(fr. Polytomie, ai. Polytomie, it.<br />

Polítomia). Divisa» não dicotômica. Kant observa<br />

que a F. exige intuição: ou a intuição a<br />

príori, como acontece com a matemática, ou a<br />

intuição empírica, como nas ciências naturais.<br />

Km outros termos, a P. é sempre empírica, enquanto<br />

a dicotomia, por ser fundada no princípio<br />

da contradição, 6 a priori (Logík, § fl5).<br />

POLIVALENTE, LÓGICA. V. TKRCKIRO I'Xu.ríix),<br />

PRINCÍPIO DO.<br />

POLIZETÉTICA. V. INTERROGAÇÃO MÚLTIPLA.<br />

PONTE DOS ASNOS (lat. Pons asinonimin.<br />

Asses' bridge,h. Pont aux cuies-.íú. Hselsbríicke.<br />

it. Ponte <strong>de</strong>gli asini). Foi chamado <strong>de</strong>ste<br />

modo, <strong>de</strong>vido à aparente dificulda<strong>de</strong>, um diagrama<br />

construído pelo lógico Pedro Tartareto<br />

(cuja ativida<strong>de</strong> literária termina entre os anos<br />

1480 e 1490), cujo fim era ajudar o estudante<br />

a encontrar o termo médio entre as várias figuras<br />

do silogismo. Esse diagrama é registrado<br />

por Prantl (Ceschichte <strong>de</strong>r Logik. IV, p . 206).<br />

Por vezes esse termo foi estendido, <strong>de</strong>signando<br />

alguma dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> um ensinamento ou<br />

doutrina.<br />

PONTO (lat. Puncliiin. in. Poiut fr. Point;<br />

ai. Punkt; it. Punto). Ao lado do P. matemático<br />

e do P. físico, Leibniz admitiu o P. metafísico,<br />

que é a substância espiritual como elemento<br />

constitutivo do mundo. Distinguia do seguinte<br />

modo as três espécies <strong>de</strong> P.: "Os P. físicos são<br />

indivisíveis só aparentemente; os P. matemáticos<br />

são exatos, mas são apenas modos; só os P.<br />

metafísicos ou <strong>de</strong> substância, constituídos pelas<br />

formas ou almas, são ao mesmo tempo exatos<br />

e reais; sem eles não haveria nada cie real<br />

porque nas verda<strong>de</strong>iras unida<strong>de</strong>s não haveria<br />

multiplicida<strong>de</strong>" (Système uouveau <strong>de</strong>la uatnre,<br />

1695, § 11). Os P. metafísicos não são outra<br />

coisa senão as mônadas (v.).<br />

PÔR (gr. Tl9r|vai; lat. Ponere: in. Posit: fr.<br />

Poser. ai. Setzen; it. Porre). liste verbo foi usado<br />

na linguagem filosófica com dois diferentes significados:<br />

1" asseverar ou assumir como hipótese:<br />

2" P. como ser, produzir.<br />

l u O primeiro significado já era empregado<br />

por Platão e Aristóteles: o primeiro no sentido<br />

<strong>de</strong> estabelecer uma hipótese (Teet.. 191 c), o<br />

segundo no sentido <strong>de</strong> estabelecer Lima premissa<br />

(An.pr.. I, 1, 24 b 19) ou <strong>de</strong> admitir uma<br />

tese (7b/;., II, 7, 113 a 28). Correspon<strong>de</strong>ntemente,<br />

a palavra posição vale genericamente<br />

como asserção, e Kant afirma que a existência<br />

po<strong>de</strong> ser posta, ou seja, asseverada ou reconhecida,<br />

mas não <strong>de</strong>duzida (Dereiuzig mõgliche<br />

Beweisgmnd zu einer Demonstration <strong>de</strong>s<br />

Daseins Gottes. I, § 2).<br />

2° Este verbo foi usado por Fichte no sentido<br />

<strong>de</strong> pôr como ser. produzir ou criar: "O ser<br />

cuja essência consiste puramente em pôr-se<br />

como existente é o Eu, como sujeito absoluto.<br />

F. porque se põe. é; e porque é, põe-se. O Eu.<br />

portanto, é absoluta e necessariamente para o<br />

Eu" ( Wissenschaftslehre, 1791, § 1). Este uso é<br />

mantido por toda a tradição cio i<strong>de</strong>alismo romântico<br />

e, em geral, por toda <strong>filosofia</strong> que<br />

i<strong>de</strong>ntifique razão com realida<strong>de</strong>, portanto ato<br />

lógico cie P. com ato real <strong>de</strong> produzir.<br />

POR ACIDENTE (gr. KorcàcruLiPePriKÓÇ; lat.<br />

Per acci<strong>de</strong>us). Aquilo que é ou acontece sem<br />

conexão necessária com o sujeito do acontecimento,<br />

como quando acontece um músico<br />

construir; com efeito, entre ser músico e ser<br />

construtor não há conexão (cf. Aristóteles. Mel..<br />

V, 7, 1017 a 10).<br />

POR IMPOSSÍVEL. V. AliSl RDO<br />

PORÍSTICO (in. Poristic. fr. Poristiqite, ai.<br />

Poristie. it. Poristico). De porisma = corolário.<br />

Este termo <strong>de</strong>signa aquilo que é corolário ou<br />

concerne a um corolário.<br />

POR SI (gr. Ka8'aÚTÓ; lat. Per st-, in. By<br />

itself. fr. Par sai; ai. Fürsich). O que existe em<br />

virtu<strong>de</strong> da sua substância e não por outra coisa;<br />

o que existe na consciência e pela consciência.<br />

Estes são os dois significados fundamentais do<br />

termo, que remontam respectivamente a Aristóteles<br />

e a Hcgel.<br />

Aristóteles (Mel.. V, 18, 1022 a 24 ss.) enumerava<br />

cinco significados <strong>de</strong>ste termo:<br />

1" Diz-se que uma coisa é por si o que ela é<br />

em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua essência necessária ou substância.<br />

P. ex., Cálias é por si o que ele é<br />

substancialmente, isto é, homem;<br />

2- Diz-se que uma coisa é por si o que ela<br />

é em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma parte <strong>de</strong> sua essência<br />

necessária, <strong>de</strong> uma parte <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>finição (já<br />

que a <strong>de</strong>finição expressa a essência necessária).<br />

Neste sentido, diz-se que Cálias é por si<br />

animal, porque "animal" faz parte da <strong>de</strong>finição<br />

<strong>de</strong> Cálias;<br />

3 y Em terceiro lugar, diz-se que uma coisa é<br />

por si o que ela é em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma <strong>de</strong> suas<br />

qualida<strong>de</strong>s ou <strong>de</strong>terminações primárias. Neste<br />

sentido, diz-se que o homem é vivo por si,<br />

porquanto a vida é uma <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>terminações<br />

primárias (sendo parte da alma, que é substância<br />

do homem);

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!