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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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CONCEITO-CLASSE 169 CONCORDÂNCIA, MÉTODO DA<br />

mo<strong>de</strong>los os C. <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> instantânea, <strong>de</strong><br />

sistema isolado, <strong>de</strong> gases perfeitos e, em geral,<br />

os mo<strong>de</strong>los mecânicos.<br />

Os C. matemáticos são simplesmente ocasiões<br />

para introduzir procedimentos especiais<br />

<strong>de</strong> cálculo e, nesse sentido, são instrumentos<br />

<strong>de</strong> previsão. O C. <strong>de</strong> "onda <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>",<br />

pertencente à mecânica quântica, é <strong>de</strong>ssa espécie,<br />

assim como são também <strong>de</strong>ssa espécie os<br />

C. <strong>de</strong> "campo tensorial", "espaço curvo", etc.<br />

Enfim, as construções (v.) são C. <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s<br />

que não são dadas na experiência, que não<br />

se assemelham nem mesmo com os objetos dados<br />

e cuja existência consiste simplesmente na<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem usadas como instrumentos<br />

<strong>de</strong> previsão no contexto <strong>de</strong> uma teoria.<br />

São exemplos <strong>de</strong> construções os C. <strong>de</strong> campo,<br />

<strong>de</strong> elétron, <strong>de</strong> éter, etc. (P. W. BRIDGMANN, The<br />

Logic of Mo<strong>de</strong>m Physics, 1927, cap. II; M. K.<br />

MUNITZ, Space Time and Creation, 1957, IV, 2).<br />

CONCEITO-CLASSE (in. Class-concept). Termo<br />

introduzido na Lógica por Russell {The<br />

Principies of Mathematics): <strong>de</strong>signa o C. mediante<br />

o qual se <strong>de</strong>fine uma classe (v.), ou,<br />

mais exatamente, a função proposicional "F"<br />

cujas raízes formam a classe, <strong>de</strong> modo que seja<br />

condição necessária e suficiente para que um<br />

indivíduo a seja um elemento <strong>de</strong> uma classe<br />

("pertença à classe") <strong>de</strong>finida mediante uma<br />

função "F" tal que a proposição "Fa" seja verda<strong>de</strong>ira.<br />

G. P.<br />

CONCEPÇÃO (in. Conception; fr. Conception,<br />

ai. Konzeption; it. Concezioné). Esse termo<br />

<strong>de</strong>signa (assim como os correspon<strong>de</strong>ntes<br />

percepção e imaginação) tanto o ato do conceber<br />

quanto o objeto concebido, mas, preferivelmente,<br />

o ato <strong>de</strong> conceber e não o objeto, para o<br />

qual <strong>de</strong>ve ser reservado o termo conceito (v.).<br />

Hamilton já fazia essa observação {Lectures on<br />

Logic, I, p. 41), que às vezes é repetida na <strong>filosofia</strong><br />

contemporânea: "Tão logo um conceito é<br />

simbolizado para nós, nossa imaginação reveste-o<br />

<strong>de</strong> uma C. privada e pessoal, que só po<strong>de</strong>mos<br />

distinguir por um processo <strong>de</strong> abstração<br />

do conceito público e comunicável" (SUSAN K.<br />

LANGER, Philosophy in a New Key, cap. III).<br />

CONCEPTUAIISMO (in. Conceptualism, fr.<br />

Conceptualisme, ai. Conceptualismus; it. Concettualismo).<br />

Nome que os historiadores oitocentistas<br />

da <strong>filosofia</strong> medieval <strong>de</strong>ram à corrente<br />

da Escolástica medieval que os escolásticos<br />

chamavam <strong>de</strong> nominalismo (v.); isso para fazer<br />

a distinção entre o nominalismo extremado <strong>de</strong><br />

Roscelin, para quem o conceito universal é<br />

uma simples vox ou flatus voeis, o nominalismo<br />

<strong>de</strong> Abelardo, para quem o próprio universal é<br />

um discurso {sermó) predicável <strong>de</strong> muitas coisas,<br />

e do nominalismo posterior, que se inspira<br />

em Abelardo (v. NOMINALISMO; UNIVERSAIS).<br />

CONCLUSÃO (lat. Conclusio; in. Conclusion;<br />

fr. Conclusion; ai. Schluss; it. Conclusionê).<br />

F.nquanto em Apuleio e em Boécio conclusio<br />

é o termo mediante o qual se <strong>de</strong>signa a<br />

totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um discurso <strong>de</strong>monstrativo, nos<br />

lógicos medievais é usado como tradução do<br />

cru|J.7tépoca|J.a aristotélico e da è7U(popá estóica,<br />

isto é, para indicar a proposição final do<br />

próprio discurso <strong>de</strong>monstrativo (cf. PEDRO HIS-<br />

PANO: "Est enim conclusio argumento vel argumentis<br />

approbata propositio"; Summ. log.,<br />

5.02). Na <strong>filosofia</strong> mo<strong>de</strong>rna e contemporânea,<br />

manteve-a o mesmo sentido. Só nos filósofos<br />

alemães é que Schluss muitas vezes é usado<br />

para indicar o silogismo todo. G. P.<br />

CONCOMITÂNCIA (in. Concomitance, fr.<br />

Concomitance, ai. Konkomitanz; it. Concomitanzd).<br />

Um dos quatro métodos da pesquisa<br />

experimental enumerados por Stuart Mill, mais<br />

precisamente o das "variações concomitantes",<br />

expresso pela seguinte regra: "Um fenômeno<br />

que varie <strong>de</strong> algum modo toda vez que outro<br />

fenômeno variar <strong>de</strong> algum modo particular é<br />

a causa ou o efeito <strong>de</strong>sse fenômeno, ou está<br />

vinculado a ele por algum fato <strong>de</strong> causação"<br />

{Logic, III, 8, § 6). Mach reduziu a esse método<br />

todos os procedimentos da ciência. "O método<br />

das variações consiste em estudar para cada<br />

elemento a variação que se acha ligada à variação<br />

<strong>de</strong> cada um dos outros elementos. Pouco<br />

importa se tais variações se produzam por si<br />

ou se nós as provocamos voluntariamente; as relações<br />

serão <strong>de</strong>scobertas pela observação e pela<br />

experiência" (Erkenntniss und Irrtum, cap. I;<br />

trad. fr., pp. 28-29) (v. CONCORDÂNCIA; DIFERENÇA;<br />

RESÍDUOS).<br />

CONCORDÂNCIA, MÉTODO DA (in Method<br />

of agreement; fr. Métho<strong>de</strong> <strong>de</strong> concordance,<br />

ai. Metho<strong>de</strong> <strong>de</strong>r Übereinstimmung; it. Método<br />

<strong>de</strong>lia concordanza). Um dos quatro<br />

métodos da pesquisa experimental enumerados<br />

por Stuart Mill, mais precisamente o expresso<br />

pela seguinte regra: "Se dois ou mais casos<br />

do fenômeno que se está investigando têm<br />

uma única circunstância em comum, a circunstância<br />

única na qual todos os casos concordam<br />

é a causa, ou o efeito, do fenômeno dado"<br />

{Logic, III, 8, § 1). Um caso do método da C. é<br />

a combinação <strong>de</strong>le com o <strong>de</strong> diferença, regido

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