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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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NEOPOSITIVISMO 711 NEOTOMISMO<br />

Alma do mundo) é distinto do mundo sensível<br />

(ou material), que é uma imagem ou manifestação<br />

do outro;<br />

4 y retorno do mundo a Deus através do homem<br />

e <strong>de</strong> sua progressiva interiorizaçâo, até o<br />

ponto do êxtase, que é a união com Deus.<br />

No N. costumam ser distinguidas as seguintes<br />

escolas: Siríaca, fundada por Jâmblico; <strong>de</strong><br />

Pérgamo, à qtial pertencem, entre outros, o<br />

imperador] uliano, chamado o Apóstata; <strong>de</strong> Atenas,<br />

cujo maior representante foi Proclos. Mas a<br />

influência das doutrinas fundamentais do N.<br />

sobre muitas correntes do pensamento filosófico<br />

roram e continuam sendo profundas.<br />

O "platonismo" do Renascimento na realida<strong>de</strong><br />

é um N. que repete, com algumas variações,<br />

as teses acima expostas. As variações que<br />

caracterizam o N. renascentista (<strong>de</strong> Cusa, Pico<br />

<strong>de</strong>lia Mirandola e Ficino) são relativas ã maior<br />

importância atribuída ao homem e à sua função<br />

no mundo, <strong>de</strong> acordo com o espírito geral<br />

do Renascimento (v.). O N. inglês, ao contrário,<br />

é uma forma <strong>de</strong> racionalismo religioso que<br />

floresceu na escola <strong>de</strong> Cambridge no séc. XVII<br />

(Cudworth, Moore, Whichcote, Smith. Culverwel):<br />

por um lado, opõe-se ao materaislismo <strong>de</strong><br />

Hobbes e, por outro, sustenta que as idéias<br />

fundamentais da religião foram impressas diretamente<br />

por Deus na razão e no intelecto do<br />

homem, c por isso prece<strong>de</strong>m o conhecimento<br />

empírico das coisas naturais. Mas mesmo no N.<br />

inglês são muitos os temas do Renascimento,<br />

especialmente <strong>de</strong> Ficino.<br />

NEOPOSITIVISMO (in. Neo-positivism, fr.<br />

Néo-positivisme, ai. Neupositivismus; it. Neopositivismo).<br />

1. O mesmo que empirismo lógico<br />

(v.).<br />

2. Nome dado algumas vezes â doutrina <strong>de</strong><br />

Bergson (LE ROY, Lhi positivisme nonveau,<br />

1901).<br />

NEO-REALISMO (in. New Realism- fr. Néorealisme;<br />

ai. Neurealismus-, it. Neorealismo).<br />

Recebem esse nome as correntes do pensamento<br />

contemporâneo cuja insígnia é a negação<br />

do i<strong>de</strong>alismognosiológico (v.), a negação<br />

da redução do objeto do conhecimento a um<br />

modo <strong>de</strong> ser do sujeito. O i<strong>de</strong>alismo gnosiológico<br />

foi o clima dominante da <strong>filosofia</strong> no<br />

séc. XIX, pois que era compartilhado não só<br />

pelo i<strong>de</strong>alismo romântico, mas também pelo<br />

espiritualismo, pelo neocriticismo e, em geral,<br />

por todas as <strong>filosofia</strong>s consciencialistas. Exceções<br />

a essa tendência geral foram, inicialmente,<br />

a <strong>filosofia</strong> da imanência <strong>de</strong> G. Schuppe e a<br />

obra <strong>de</strong> O. Külpe (Einleitung in die Philosophie,<br />

1895). Mas foi só a partir do ensaio <strong>de</strong><br />

G. E. MOORE, "A refutaçào do i<strong>de</strong>alismo", publicado<br />

em Míndi 1903), que teve início a nova<br />

história do realismo. Depois disso, o realismo<br />

foi <strong>de</strong>fendido na Inglaterra por B. Russell e S.<br />

Alexan<strong>de</strong>r. enquanto na América um volume<br />

coletivo datado <strong>de</strong> 1912 e intitulado O novo<br />

realismo afirmava as leses <strong>de</strong> um realismo<br />

atualizado, que, com outra forma, seriam repropostas<br />

alguns anos mais tar<strong>de</strong> em Ensaios<br />

<strong>de</strong> realismo crítico (1920). publicados por outro<br />

grupo <strong>de</strong> filósofos americanos. No primeiro grupo<br />

a figura mais conhecida foi W. P. Montague;<br />

no segundo grupo, G. Santayana. Mais<br />

tar<strong>de</strong>, o novo realismo encontrou seguidores<br />

em A. N. Whitehead e em N. Hartmann.<br />

O novo realismo contém correntes doutrinais<br />

tão diferentes quantos são os filósofos<br />

que o professam, mas há uma tese fundamental,<br />

comum a todos, que, além <strong>de</strong> constituir sua<br />

novida<strong>de</strong> e a característica que o distingue<br />

do realismo tradicional, também serve <strong>de</strong> linha<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa contra o i<strong>de</strong>alismo. Essa tese é<br />

a seguinte: a relação cognitiva (a relação entre<br />

o objeto do conhecimento e o sujeito,<br />

que é a mente que o apreen<strong>de</strong>) não modifica<br />

a natureza do objeto. Essa tese inspira-se<br />

na noção matemática <strong>de</strong> "relação externa",<br />

que não modifica os termos relativos, Esta,<br />

como é óbvio, elimina completamente a <strong>de</strong>pendência<br />

existencial ou qualitativa do objeto<br />

do conhecimento em relação ao sujeito e<br />

torna o i<strong>de</strong>alismo sem sentido. Apesar <strong>de</strong><br />

afastados por todos os outros aspectos, Moore,<br />

Montague, Santayana, Alexan<strong>de</strong>r, Hartmann<br />

compartilham <strong>de</strong>ssa tese.<br />

NEOTOMISMO (in. Neo-Thomism- fr. Néothomisme,<br />

ai. Neuthomismus; it. Neotomismo).<br />

Com este termo ou com o outro, bem menos<br />

apropriado, <strong>de</strong> "neo-escolástica" enten<strong>de</strong>-se o<br />

movimento <strong>de</strong> retorno à doutrina <strong>de</strong> S. Tomás<br />

<strong>de</strong> Aquino, no seio da cultura católica, que foi<br />

iniciado pela encíclica Aetemi Patris <strong>de</strong> Leão<br />

XIII (4 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1879). Esse movimento<br />

consiste na <strong>de</strong>fesa das teses filosóficas tomistas<br />

contra as diversas tendências da <strong>filosofia</strong> contemporânea<br />

e. indiretamente, na reelaboraçâo<br />

e na mo<strong>de</strong>rnização <strong>de</strong> tais teses. Uma das primeiras<br />

figuras do N. foi o car<strong>de</strong>al belga Désiré<br />

Mercier (falecido em 1925), enquanto entre as<br />

figuras mais conhecidas do mundo contemporâneo<br />

estão E. Gilson e I. Maritain. Habitualmente<br />

o tomismo aceita a problemática da filo-

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