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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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PALINGENESE<br />

(tipo, elemento lingüístico) (Coll. Fap.. 4.537).<br />

Sobre o mesmo assunto, outros falam, respectivamente,<br />

em signo e símbolo (cf. M. BLACK,<br />

Language and Philosopby, VI. 2; trad. it.. pp.<br />

181 ss.).<br />

PALINGÊNESE (gr. 7rodiyyEveoía; in. Palingenesis;<br />

fr. Palingénésie-, ai. Palingénésie, it.<br />

Palingenesti). Segundo os estóicos, renascimento<br />

do mundo <strong>de</strong>pois do término <strong>de</strong> um ciclo<br />

<strong>de</strong> vida (NKMRS., De nat. bom., 3H. cf. MAR-<br />

CO AURÉLIO, Memórias, XI, 1: "o periódico<br />

renascimento do mundo"). Esse termo foi usado<br />

freqüentemente neste sentido ou em sentido<br />

análogo (p. ex., por C. BONNLT, Palingénésíe<br />

phílosophüjue, 1769, e por GIOBERT,<br />

Protologia, 1857) e às ve7.es também em sentidos<br />

restritos ou particulares: para <strong>de</strong>signar o<br />

renascimento da alma ou, em sentido retórico,<br />

para indicar qualquer renovação radical (v.<br />

APOCATÁSTASE).<br />

PAMPNEUMATISMO (ai. Panpneumatismus).<br />

Termo empregado por Eduard Von Hartmann,<br />

no mesmo sentido <strong>de</strong> pampsiquismo<br />

(cf. Philosopbischen Fragmente, p. 68).<br />

PAMPSIQUISMO (in. Panpsychisnr, fr.<br />

Panpsvchisme; ai. Panpsychismns: it. Pcimpsichismo).<br />

Este termo, muitas vezes confundido<br />

com bilozoísmoiv.), <strong>de</strong>signa na realida<strong>de</strong> uma<br />

teoria simetricamente oposta. Enquanto o hilozoismo<br />

consiste em atribuir à matéria (ou às<br />

suas partes) po<strong>de</strong>res ou ativida<strong>de</strong>s psíquicas<br />

(sendo por isso materialismo). o P. consiste em<br />

reduzir matéria a alma, ou seja, a proprieda<strong>de</strong>s<br />

ou atributos psíquicos (sendo, pois, espiritualismo).<br />

Com isso, a matéria não é negada<br />

(como faz o imaterialismo [v.]), mas seus atributos<br />

fundamentais (p. ex. extensão, movimento,<br />

etc.) são reduzidos à ação <strong>de</strong> forças oti<br />

atributos espirituais.<br />

Neste sentido, po<strong>de</strong>-se discernir a origem<br />

do P. nos platônicos ingleses do séc. XVII (Escola<br />

<strong>de</strong> Cambridge). Partindo do princípio <strong>de</strong><br />

que "nenhum efeito po<strong>de</strong> sobrepujar a força da<br />

própria causa", Cudworth negava que a vida e<br />

o ser — muito menos a razão e o intelecto —<br />

pu<strong>de</strong>ssem <strong>de</strong>rivar <strong>de</strong> matéria sem vida. E concluía<br />

que "o espírito é o ser primogênito, o senhor<br />

natural <strong>de</strong> tudo o que existe" (The 1'rue<br />

Intellectual System ofthe Uni verse, I, 1, 4). Mas<br />

como as coisas não po<strong>de</strong>m ser produzidas pelo<br />

mecanismo da matéria, e como Deus não produz<br />

imediata e milagrosamente todas as coisas,<br />

é preciso admitir uma natureza plástica que<br />

seja um instrumento inferior e subordinado da-<br />

7 41 PANENTEISMO<br />

quela parte da providência que consiste no<br />

movimento regular e organizado da matéria<br />

(Ibid., I, 1, 3). Por sua vez, More elaborava o<br />

conceito da mônada física, que seria uma partícula<br />

tào pequena a ponto <strong>de</strong> não po<strong>de</strong>r ser<br />

mais dividida. A mônada física não tem<br />

gran<strong>de</strong>za física propriamente dita, mas é extensa,<br />

e a extensão é uma qualida<strong>de</strong> espiritual,<br />

incorpórea, um atributo <strong>de</strong> Deus (Encbiridion.<br />

Metapbysicum, I, 9, 3; 1, 8, 15). Deste modo.<br />

Cudworth e More reduziam a matéria e o mecanismo,<br />

em seus atributos fundamentais —<br />

extensão e movimento —, a uma manifestação<br />

<strong>de</strong> elementos ou forças espirituais.<br />

É muito provável que Leibniz se tenha inspirado<br />

nesses autores dando ao P. sua forma<br />

clássica. Segundo Leibniz, a matéria é constituída<br />

por manadas, no sentido <strong>de</strong> ser um agregado<br />

<strong>de</strong> substâncias espirituais, como um rebanho<br />

<strong>de</strong> ovelhas ou como um amontoado <strong>de</strong><br />

vermes. Por isso, os elementos da matéria nada<br />

têm <strong>de</strong> corpóreo; são átomos <strong>de</strong> substância ou<br />

pontos metafísicos, como po<strong>de</strong>ríamos chamar<br />

a.s mônacla.s (Op., ed. Gerhardt. IV, p. 483). O<br />

P. <strong>de</strong> Leibniz foi reproduzido por Lotze em<br />

Microcosmo (l, trad. it., p. 50); este i<strong>de</strong>ntificou<br />

os átomos dos quais fala a teoria mecanicista<br />

da ciência com os centros <strong>de</strong> força espiritual,<br />

ou seja, com a.s mônadas no sentido leibnista.<br />

O P. é a característica metafísica do espiritualisrao<br />

contemporâneo (v. ESPIRITIAUSMO), seja ele<br />

francês (Ravaisson, Lachelier, Hamelin), inglês<br />

(Ward) ou italiano (Martinetti, Varisco).<br />

PAN-ANIMISMO. O mesmo que animismo<br />

(v.).<br />

PANCALISMO (in. Pancalism; fr. Pancalisme:<br />

it. Pancalismo). Termo empregado<br />

por J. M. Baldwin para <strong>de</strong>signar sua doutrina,<br />

segundo a qual a beleza, como objeto da<br />

ativida<strong>de</strong> estética, realiza a conciliação entre<br />

a ativida<strong>de</strong> cognoscitiva e a ativida<strong>de</strong> prática,<br />

unificando o mundo da experiência (cf.<br />

Genetic Theory of Realíty. beíng tbe Outcome<br />

of Genetic Logic, as Issuing in tbe Aestbetic<br />

Ibeory of Reality called Pancalism, 1915).<br />

PANCOSMISMO (in. Pancosmism. fr. Pancosmisme,<br />

it. Pancosmismo). O mesmo que<br />

materialismo. Este termo foi usado por Grote<br />

para <strong>de</strong>signar a doutrina dos pré-socráticos<br />

hilozoístas (Plato and the Otber Companions<br />

of Sócrates. I, 1, 18). Não teve aceitação.<br />

PANENTEÍSMO (in. Panentheism, fr. Panentheisme.<br />

ai. Panentheismus; it. Panenteismo).<br />

Termo criado por Christian Krause (1781-

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