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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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NEOCRIT1CISMO 710 NEOPLATONISMO<br />

NEOCRITICISMO (in. Neo-Criticism; fr.<br />

Néocriticisme; ai. Neukantianisnius-, it. Neocriticismó).<br />

Movimento <strong>de</strong> "retorno a Kant" iniciado<br />

na Alemanha em meados do século passado<br />

e que <strong>de</strong>u origem a algumas das mais<br />

importantes manifestações da <strong>filosofia</strong> contemporânea.<br />

As características comuns <strong>de</strong> todas as<br />

correntes do N. são as seguintes: I a negação da<br />

metafísica e redução da <strong>filosofia</strong> a reflexão sobre<br />

a ciência, vale dizer, a teoria do conhecimento;<br />

2- distinção entre o aspecto psicológico<br />

e o aspecto lógico-objetivo do conhecimento,<br />

em virtu<strong>de</strong> da qual a valida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um conhecimento<br />

é completamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do modo<br />

como ele é psicologicamente adquirido<br />

ou conservado; 3 a tentativa <strong>de</strong> partir das estruturas<br />

da ciência, tanto da natureza quanto do<br />

espírito, para chegar às estruturas do sujeito<br />

que a possibilitariam.<br />

Na Alemanha, a corrente neocriticista foi<br />

constituída pelas seguintes escolas: l s <strong>de</strong><br />

Marburgo (Marburger Schule), à qual pertenceram<br />

F. A. Lange, H. Cohen, P. Natorp,<br />

E. Cassirer, e à qual também se liga, em parte,<br />

Nicolai Hartmann; 2" <strong>de</strong> Ba<strong>de</strong>n (Badísche<br />

Schule), fundada por W. Win<strong>de</strong>lband e H.<br />

Rickert, 3 e historicismo alemão, com G. Simmel,<br />

G. Dilthey, E. Troeltsch, etc. Esta última<br />

escola formulou o problema da história analogamente<br />

ao modo como as outras escolas<br />

kantianas formulavam o problema da ciência<br />

natural (v. HISTORICISMO). Fora da Alemanha,<br />

vinculam-se à corrente neocriticista C. Renouvier<br />

e L. Brunschvicg, na França, S. H. Hodgson<br />

e R. Adamson, na Inglaterra, e Banfi na Itália.<br />

NEO-HEGEIIAMSMO(in. Neo-Hegelianism;<br />

fr. Néo-Hegélianisme, ai. Neuhegelianismus-, it.<br />

Neohegelismó). Retorno ao i<strong>de</strong>alismo romântico,<br />

ocorrido na Inglaterra, na Itália e na América<br />

nos últimos <strong>de</strong>cênios do séc. XIX e nos<br />

primeiros do séc. XX. O N., assim como o<br />

i<strong>de</strong>alismo romântico <strong>de</strong> que é sucessor direto,<br />

tem como tese fundamental a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> entre<br />

finito e infinito, a redução do homem e do<br />

mundo da experiência humana ao Absoluto. O<br />

neo-i<strong>de</strong>alismo anglo-americano e o italiano distinguem-se<br />

no modo <strong>de</strong> efetuarem essa redução.<br />

O i<strong>de</strong>alismo anglo-americano faz isso por<br />

vias negativas, mostrando que o finito, por sua<br />

intrínseca irracionalida<strong>de</strong>, não é real, ou é real<br />

apenas na medida em que revela e manifesta o<br />

infinito. O i<strong>de</strong>alismo italiano utiliza as vias positivas,<br />

mostrando na própria estrutura do finito,<br />

em sua racionalida<strong>de</strong> intrínseca e necessária, a<br />

presença e a realida<strong>de</strong> do infinito. Este era também<br />

o modo sustentado por Hegel e por todo<br />

o i<strong>de</strong>alismo romântico. À corrente inglesa pertencem<br />

C. H. Stirling, T. H. Green, B. Bosanquet,<br />

J. E. McTaggart e especialmente F. H<br />

Bradley, que é o seu maior representante. Na<br />

América, o maior expoente do N. foi J. Royce.<br />

Os maiores representantes do i<strong>de</strong>alismo italiano<br />

foram G. Gentile e B. Croce. Sobre todos, v.<br />

IDEALISMO.<br />

NEO-IDEALISMO. V. NEO-HEGELIAMSMO.<br />

NEOKANTISMO. V. NEOCRITICISMO.<br />

NEOPITAGORISMO (in. Neo-Pythagorianism;<br />

fr. Néo-pythagorisme, ai. Neupythagoreismus;<br />

it. Neopitagorismo). Revivescência da <strong>filosofia</strong><br />

pitagórica que se manifestou no séc. I<br />

a.C, tanto com o aparecimento <strong>de</strong> textos<br />

pitagóricos <strong>de</strong> falsa atribuição (Ditos áureos,<br />

Símbolos, Cartas, atribuídos a Pitágoras) e <strong>de</strong><br />

outros atribuídos ao lucano Ocello e a Hermes<br />

Trismegisto, quanto com o florescimento <strong>de</strong><br />

filósofos que <strong>de</strong>claravam inspirar-se nas doutrinas<br />

do pitagorismo antigo. Entre eles: Nigídio<br />

Figulo, Apolônio <strong>de</strong> Tiana, Nicômaco <strong>de</strong> Gerasa<br />

e principalmente Numênio <strong>de</strong> Apaméia<br />

(séc. 1 d.C). As doutrinas <strong>de</strong>stes escritores<br />

nada têm <strong>de</strong> original, mas apresentam características<br />

que se tornaram próprias do neoplatonismo<br />

(v.).<br />

NEOPLATONISMO (in. Neo-Platonism; fr.<br />

Néoplatonisme, ai. Neuplatonismus; it. Neoplatonismo).<br />

Escola filosófica fundada em Alexandria<br />

por Amônio Saccas no séc. II d.C, cujos<br />

maiores representantes são Plotino, Jâmblico e<br />

Procios. O N. é uma escolástica, ou seja, a utilização<br />

da <strong>filosofia</strong> platônica (filtrada através<br />

do neopitagorismo, do platonismo médio e <strong>de</strong><br />

Filon) para a <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>s religiosas reveladas<br />

ao homem ab antiquo e que podiam<br />

ser re<strong>de</strong>scobertas na intimida<strong>de</strong> da consciência.<br />

Os fundamentos do N. são os seguintes:<br />

1 Q caráter <strong>de</strong> revelação da verda<strong>de</strong>, que,<br />

portanto, é <strong>de</strong> natureza religiosa e se manifesta<br />

nas instituições religiosas existentes e na reflexão<br />

do homem sobre si próprio;<br />

2- caráter absoluto da transcendência divina:<br />

Deus, visto como o Bem, está além <strong>de</strong><br />

qualquer <strong>de</strong>terminação cognoscível e é julgado<br />

inefável;<br />

3

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