22.06.2013 Views

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

RELAÇÃO 844 RELATIVIDADE, TEORIA DA<br />

cialmente a li. Schró<strong>de</strong>r (Álgebra <strong>de</strong>r Logik,<br />

1895) e a Peirce (The Logic of Relatives. 1897.<br />

Coll. Pap., 3.456-526). Neste sentido restrito,<br />

enten<strong>de</strong>m-se por R. as funções proposicionais<br />

diádicas ou poliádicas (com duas ou mais variáveis),<br />

que sào escritas na forma f(x, y) ou,<br />

mais freqüentemente, xRy. As características<br />

mais gerais da R. neste sentido são as seguintes:<br />

1- Se A 1 ocorre não só entre x t y, mas também<br />

entre y e x, diz-se que é simétrica. É simétrica,<br />

por exemplo, a relação entre dois<br />

irmãos. Caso contrário, é chamada <strong>de</strong> assimétrica.<br />

As R "antes", "<strong>de</strong>pois", "à esquerda"<br />

sào assimétricas.<br />

2- Se A"é tal que, quando .x'tem R. /('com y e<br />

ytem R. A 1 com z, também .rtem a R. A 1 com z,<br />

chama-se Iranstíiva. São transítívas as R. "menor",<br />

"prece<strong>de</strong>", "à esquerda"; é i)itransitivai\<br />

R. <strong>de</strong> paternida<strong>de</strong>.<br />

3 a Se A*é tal que nenhum termo está em R.<br />

A" consigo mesmo, a R. é chamada <strong>de</strong> aliorrelaliva.<br />

Sào aliorrelativas as R. "irmão", "marido",<br />

"pai", etc.<br />

4 a Se Ri: tal que, dados dois termos diferentes<br />

do campo, x e y, po<strong>de</strong> ocorrer entre .vc )'<br />

ou entre y e x ou entre x e y e entre y e x, a R.<br />

é chamada <strong>de</strong> coerente. V. coerente a R. "maior<br />

ou menor"; não é coerente a R. "antepassado".<br />

5 a O termo xque tem R. A" com um ou mais<br />

termos ( y, z...) chama-se dominante, enquanto<br />

são chamados <strong>de</strong> dominantes inversos os<br />

termos com que o termo .v tem a R. A", quais<br />

sejam, os termos y, z, etc. Na R. <strong>de</strong> "paternida<strong>de</strong>",<br />

pai é dominante, "filhos" são dominantes<br />

inversos.<br />

6 a O campo da uma R. consiste no conjunto<br />

do dominante e dos dominantes inversos. No<br />

caso da R. <strong>de</strong> paternida<strong>de</strong>, o campo é o conjunto<br />

pai-filhos.<br />

7 a Diz-se que uma R. implica outra se esta é<br />

válida sempre que a primeira é válida.<br />

Kssas noções elementares <strong>de</strong>finem a natureza<br />

objetiva, conquanto não real, das R., na forma<br />

constantemente empregada pela lógica e<br />

pela matemática contemporâneas. Trata-se <strong>de</strong><br />

características que generalizam ao máximo a<br />

noção <strong>de</strong> R., permitindo incluir nela e esclarecer<br />

com ela os conceitos mais díspares (cf.<br />

WIUTI:IÍI:AI) e RISSKLL, Principia matbematica,<br />

vol. 1, 1925). Para uma exposição sumária da<br />

noção das R. em função dos conceitos fundamentais<br />

da matemática, cf. RUSSILL, Introduction<br />

to MathematicalPhílosophy, 1918; trad. it.,<br />

1947. Quanto aos aspectos matemáticos, cf. W.<br />

v. O. QUIKK, Methods of L.ogic, 1942. especialmente<br />

o § 40.<br />

RELAÇÃO DE COISAS. V. ESTADO DK COISAS.<br />

RELACIONAI,(in. Relalional; ai. Relationnelit.<br />

Retazionale). O que é uma relação ou diz<br />

respeito a uma relação. O adjetivo exclui o<br />

significado relativista que po<strong>de</strong> ter o termo relativo<br />

(v.). Portanto, é preferido pelos filósofos<br />

que, rnesmo insistindo na importância da relação,<br />

não preten<strong>de</strong>m chegar a conclusões relativistas.<br />

Nesse sentido, N. Hartmann distinguiu<br />

relaciona/ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relativida<strong>de</strong>: p. ex.,<br />

os valores estão em relação com o homem e<br />

com seu mundo sem per<strong>de</strong>r sua absolutida<strong>de</strong><br />

irrelativa (Kthik 1949, p. 140). O termo relacionismo(<br />

relazionismo) foi usado na Itália para<br />

indicar uma <strong>filosofia</strong> que consi<strong>de</strong>ra a relação<br />

como fenômeno essencial do universo e do<br />

homem, mas sem implicações relativistas (cf.<br />

Y. PA(;I, Dallesistenzialismo ai relazionismo,<br />

1957, p. 45 e passim).<br />

RELATIVIDADE, TEORIA DA (in Theory<br />

of relatívíty, fr. Théorie <strong>de</strong> Ia relativité, ai.<br />

Relatiritütstheorie; it. Teoria <strong>de</strong>lia relativitã).<br />

Com oste termo <strong>de</strong>signam-se dois corpos <strong>de</strong><br />

doutrinas formuladas por F.instein: o primeiro<br />

em 1905 como o nome <strong>de</strong> R. restrita e o<br />

segundo em 1913 com o nome cie R. geral. A<br />

R. restrita baseia-se no reconhecimento <strong>de</strong><br />

que a escolha <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> referências,<br />

indispensável para fazer medições, po<strong>de</strong> influenciar<br />

os resultados <strong>de</strong>ssas medições; e<br />

que, não existindo um sistema <strong>de</strong> referências<br />

privilegiado (ou "absoluto"), â diferença do<br />

eme julgara a física clássica, por um lado é<br />

preciso explicitar o sistema segundo o qual é<br />

feita a medição e por outro lado é necessário<br />

encontrar fórmulas <strong>de</strong> conversão que tornem<br />

válidas tais medições também em outros sistemas.<br />

A R. geral é substancialmente a extensão<br />

do princípio cie R. a todos os sistemas, e<br />

não apenas aos sistemas ínerciais para os<br />

quais é válida a R. restrita; assim, é substancialmente<br />

uma teoria eme recluz a gravitaçào<br />

a umu <strong>de</strong>formação do contínuo quadrimensional<br />

do espaço-tempo (cf. A. EINSTI-IN, L.<br />

IMKI.1), The Hvolution of Physícs, 1938, trad.<br />

it-, 1950; quanto à bibliografia, o volume <strong>de</strong>dicado<br />

u Kinstein na coleção "Living Philosophers"<br />

<strong>de</strong> Schilpp, 1949).<br />

A teoria da R. teve numerosas interpretações<br />

filosóficas. Uma <strong>de</strong>las é a relativista, que a enten<strong>de</strong>u<br />

como continuação do relativismo filosófico<br />

(cf, p. ex., A. ALLIOITA, Relativismo, i<strong>de</strong>alismo e

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!