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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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SUBCONTRARIEDADE 922 SUBLIME<br />

"alguns homens não correm" (et., p. ex., PE-<br />

DRO HISPANO, Summ. log., 1.13) (v. ÇHADRADO<br />

DOS OPOSTOS).<br />

SUBCONTRARIEDADE (lat. Subcontraríelas-,<br />

in. Sitbcontrary, ir. Subcontraire, ai. Subcontrár,<br />

it. Suhcontrarietã). Relação <strong>de</strong> oposição<br />

entre proposições particulares. P. ex.:<br />

"Sócrates corre", "Sócrates não corre" (PEDRO<br />

HISPANO, Summ. log., I. 27). Às vezes, a relação<br />

entre possível e não necessário (JiNC.u s,<br />

Lógica bamburgensis, II, 12, 29).<br />

SUBDIVISÃO. V. DIVISÃO.<br />

SUBJETIVIDADE (in. Subjeclivity, fr. Snbjeclivitê;<br />

ai. Subjektiviláh it. Soggettività). 1. Caráter<br />

<strong>de</strong> todos os fenômenos psíquicos, enquanto<br />

fenômenos <strong>de</strong> consciência (v.), que<br />

o sujeito relaciona consigo mesmo e chama <strong>de</strong><br />

"meus".<br />

2. Caráter do que é subjetivo no sentido <strong>de</strong><br />

ser aparente, ilusório ou falível. Nes.se .sentido.<br />

Hegel situava na esfera cia subjetivida<strong>de</strong> o <strong>de</strong>ver-ser<br />

em geral, bem como os interesses e as<br />

metas do indivíduo. Dizia: "Uma vez que o<br />

conteúdo cios interesses e das metas está presente<br />

apenas na esfera unilateral do subjetivo,<br />

e que a unilateraliclacle é um limite, essa falta<br />

manifesta-se ao mesmo tempo como inquietação,<br />

como dor, como algo negativo" ( Voiiesungen<br />

über die Àstbetik, ed. Glockner, p. 141).<br />

Kierkegaard quis inverter o ponto <strong>de</strong> vista<br />

hegeliano, colocando a S. acima da objetivida<strong>de</strong>:<br />

"O erro consiste principalmente no fato <strong>de</strong><br />

o universal, em que — segundo o hegelianismo<br />

— consiste a verda<strong>de</strong> (e o individual torna-se<br />

verda<strong>de</strong> só se nele subsumido), 6 uma<br />

abstração: o Estado, etc. Ele não chega a dizer<br />

que é a S. em sentido absoluto, e não chega á<br />

verda<strong>de</strong>, ou seja, ao princípio cie que realmente,<br />

em última instância, o individual está acima<br />

do universal" (Diário, X 2 A 426).<br />

SUBJETTVISMO (in. Subjectwism; fr. Subjectivisme-,<br />

ai. Subjectwismus; it. Soggettivísmo).<br />

Termo mo<strong>de</strong>rno cjue <strong>de</strong>signa a doutrina que<br />

reduz a realida<strong>de</strong> ou os valores a estados ou<br />

atos do sujeito (universal ou individual). Nesse<br />

sentido, o i<strong>de</strong>alismo é S. porque reduz a realida<strong>de</strong><br />

das coisas a estados do sujeito (percepções<br />

ou representações); analogamente, fala-se<br />

<strong>de</strong> S. moral e S. estético quando o bem, o mal,<br />

o belo ou o feio são reduzidos às preferências<br />

individuais. Esse termo é empregado na maioria<br />

das vezes com intenções polêmicas, e por<br />

isso seu significado não é muito preciso.<br />

SUBJETIVO (in. Subjective; fr. Subjectíf, ai.<br />

Subjektir. it. Saggettivo). Aquilo que pertence<br />

ao sujeito ou tem caráter <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong>. Esse<br />

adjetivo teve dois significados, correspon<strong>de</strong>ntes<br />

aos do termo sujeito, mas somente o segundo<br />

ainda é usado. 1. A partir da escolá.stica do<br />

séc. XIII, o adjetivo significa simplesmente<br />

substancial. Ockham dizia: "Po<strong>de</strong>-se dizer com<br />

probabilida<strong>de</strong> que o universal não é algo real<br />

que tenha existência substancial (esse subjecüvnm)<br />

na alma ou fora da alma, mas que existe<br />

na alma num modo <strong>de</strong> ser representativo (in<br />

esse objeclivo) que correspon<strong>de</strong> àquilo que a<br />

coisa externa é na sua existência substancial"<br />

(In Sent., 1. d. 2, q. 8. E; cf. DtNS SCOT, Dean.<br />

17, 14). Este significado mantém-se em toda a<br />

Ida<strong>de</strong> Média.<br />

2. O significado cie S. como pertencente ao<br />

eu ou ao sujeito do homem é encontrado pela<br />

primeira vez em alguns escritores alemães do<br />

séc. XVIII (sobre eles cf. CASSIRF.R, lirkenntnisproblein,<br />

1908, livro VII). Já Baumgarten falava<br />

da "fé consi<strong>de</strong>rada subjetivamente", em oposição<br />

á "íé consi<strong>de</strong>rada objetivamente", que é o<br />

conjunto <strong>de</strong> crenças (AM., 1739, § 993). Algumas<br />

décadas <strong>de</strong>pois, discutia-se a beleza ou a<br />

verda<strong>de</strong>: seriam subjetivas ou objetivas? Entendia-se<br />

por objetiva "uma proprieda<strong>de</strong> dos objetos",<br />

e por S. "uma representação da relação<br />

entre as coisas e nós, ou seja, uma relação com<br />

quem as pensa" (J. E. Lossius, Physische Ursachen<br />

<strong>de</strong>s Wahren, 1775, p. 65). A mesma distinção<br />

encontra-se em Tetens (Philosophische<br />

Yersuche, 1776, I, pp. 344, 560, etc.). Foi <strong>de</strong>sse<br />

uso do adjetivo que Kant extraiu o novo significado<br />

atribuído ao substantivo sujeito.<br />

SUBLIMAÇÃO (in. Sublimatíon; fr. Sublimation:<br />

ai. Sublimierung; it. Sublimazione).<br />

Mecanismo psicológico <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, que consiste<br />

em transformar os impulsos sexuais em ativida<strong>de</strong>s<br />

psíquicas superiores, especialmente na<br />

produção artística. E.sse mecanismo foi assim<br />

<strong>de</strong>scrito por Freud: "As excitaçòes excessivas<br />

que <strong>de</strong>rivam <strong>de</strong> fontes diversas da sexualida<strong>de</strong><br />

são <strong>de</strong>sviadas e utilizadas em outros domínios,<br />

<strong>de</strong> tal modo que as disposições que no<br />

início eram perigosas produzirão um aumento<br />

apreciável nas aptidões e nas ativida<strong>de</strong>s psíquicas<br />

(Trais essais sur Ia tbéorie <strong>de</strong> Ia sexualité.<br />

trad. fr., p. 177).<br />

SUBLIME (gr. í)V|/oç; lat. Sublime; in. Sublime:<br />

ai. Erbabe)i\ it. Sublime). 1. Forma lingüística,<br />

literária ou artística que expresse sentimentos<br />

ou atitu<strong>de</strong>s elevadas ou nobres. Essa

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