22.06.2013 Views

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

NUMERO 720 NUMINOSO<br />

1926, cap. 7; trad. fr., p. 163). A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

Russcll, que serviu <strong>de</strong> base para Principies of<br />

Mathematics (1905) e Principia mathematica,<br />

que ele publicou em 1910 em colaboração com<br />

Whitehead (as duas obras fundamentais da lógica<br />

matemática contemporânea), teve gran<strong>de</strong><br />

aceitação na <strong>filosofia</strong> e na matemática contemporâneas.<br />

Contudo, algumas vezes pareceu<br />

restrita <strong>de</strong>mais para as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da matemática hodierna, que<br />

não preten<strong>de</strong> ficar ligada a um conceito <strong>de</strong> N.<br />

que lhe seja <strong>de</strong> algum modo preestabelecido.<br />

4- A quarta fase foi-se configurando em<br />

estreita conexão com a axiomática mo<strong>de</strong>rna, e<br />

po<strong>de</strong> ser associada com os nomes <strong>de</strong> Peano,<br />

Hilbert, Zermelo, Dingler. Para esta, o N. é um<br />

signo, <strong>de</strong>finido por um sistema a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong><br />

axiomas. Dingler diz: "Construímos uma série<br />

<strong>de</strong> signos (sinais gráficos) passíveis <strong>de</strong> reprodução,<br />

que <strong>de</strong>ve possuir as seguintes proprieda<strong>de</strong>s:<br />

a) a série tem um primeiro termo; b) a<br />

série possui uma regra <strong>de</strong> construção enunciável<br />

<strong>de</strong> modo finito tal que: a) está sempre <strong>de</strong>terminado<br />

univocamente qual termo da série<br />

vem imediatamente à direita <strong>de</strong> um termo já<br />

assinalado; (3) cada termo da série é diferente<br />

<strong>de</strong> todos os termos que o prece<strong>de</strong>m â esquerda"<br />

(Die Metho<strong>de</strong> <strong>de</strong>rPhysik, 1937, cap. 11, 3,<br />

§ 2; trad. it., pp. 137-38). Este ponto <strong>de</strong> vista<br />

po<strong>de</strong> ser resumido do seguinte modo:<br />

a) não existe um objeto ou entida<strong>de</strong> única<br />

chamada "N.", cujas especificações sejam os N.<br />

<strong>de</strong>finidos nos diversos sistemas numéricos;<br />

b) a valida<strong>de</strong> dos diversos sistemas numéricos<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> apenas da coerência intrínseca <strong>de</strong><br />

cada sistema, <strong>de</strong>finida pelos axiomas fundamentais;<br />

d o conceito <strong>de</strong> N. presente em um sistema<br />

numérico não está ligado a uma interpretação<br />

<strong>de</strong>terminada, mas é susceptível <strong>de</strong> interpretações<br />

in<strong>de</strong>finidamente variáveis. Em outros termos<br />

o N. não está imune a interpretações<br />

(como um sinal que nada signifique) e não está<br />

ligado a uma interpretação única, privilegiada,<br />

mas caracteriza-se pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interpretações<br />

diferentes.<br />

É esta a noção do N. que costuma ser pressuposta<br />

nos mais recentes estudos <strong>de</strong> matemática<br />

(v.).<br />

NUMINOSO (in. Numinous-, ai. Numiuosé).<br />

Foi assim que Rudolf Otto chamou a consciência<br />

do mysterium tremendum, que é algo misterioso<br />

e terrível que inspira temor e veneração;<br />

essa consciência seria a base da experiência<br />

religiosa da humanida<strong>de</strong> (Das Heilige, 1917;<br />

trad. it., IIsacro, Bolonha, 1926).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!