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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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QÜIDIDADE 820 QUODLIBETA<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ria exclusivamente da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas<br />

substâncias intelectuais e <strong>de</strong>u-lhes liberda<strong>de</strong>.<br />

Sua Q. (e assim a formação do mundo sensível)<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> exclusivamente cio mau uso <strong>de</strong>ssas<br />

liberda<strong>de</strong>s (Deprinc, II. o. 2; Fr. 25 A). Os<br />

gnósticos, ao contrário, negaram essa liberda<strong>de</strong>.<br />

No mundo mo<strong>de</strong>rno, a teoria da Q. foi<br />

retomada por Renouvier (Nora mouadolof>ia,<br />

1899). O homem, saído das màos <strong>de</strong> Deus<br />

como criatura livre, ao usar a liberda<strong>de</strong> provocou<br />

sua queda e, ao mesmo tempo, a ruína do<br />

mundo harmonioso criado por Deus. Po<strong>de</strong>rá<br />

erguer-se através cia própria liberda<strong>de</strong> e da sucessão<br />

<strong>de</strong> provas dolorosas que o reeducarão,<br />

<strong>de</strong>volvendo-o á harmonia original do universo<br />

(V. APOCATASTASH).<br />

QÜIDIDADE (lat. Quidditas: in. Qukktitv.<br />

fr. Quiddité, ai. Quidditcit; it. Qitiddità).<br />

Termo introduzido pelas traduções latinas feitas<br />

no séc. XII (do árabe) a partir das obras <strong>de</strong><br />

Aristóteles; correspon<strong>de</strong> á expressão aristotélica<br />

xó Ti r)v eivai (quod quid erat esse). Esse<br />

termo significa essência necessária (substancial)<br />

ou substância (v. KSSHNCIA; SUBSTANCIA).<br />

QUIETISMOün. Quietísnr, fr. Quiétisme, ai.<br />

Quielismus; it. Quietismo). Crença <strong>de</strong> que o<br />

estado <strong>de</strong> graça ou <strong>de</strong> união com Deus po<strong>de</strong><br />

ser obtido ponclo-se a vonta<strong>de</strong> pessoal nas mãos<br />

<strong>de</strong> Deus, sem qualquer rito ou prática religiosa.<br />

O Q. foi adotado por muitas correntes religiosas,<br />

mas esse termo foi cunhado com referência<br />

à forma por ele assumida no catolicismo<br />

por obra <strong>de</strong> Miguel Molinos ( 1627-1696). cujas<br />

leses foram con<strong>de</strong>nadas pelo papa Inocêncio<br />

XI em 1687.<br />

QUIETIVO (in Quielive: fr. Quiétif. ai.<br />

Quietiv, it. Quietiro). Foi assim que Schopenliauer<br />

chamou o conhecimento filosófico, por<br />

analogia e antítese com motivo, porquanto ele<br />

leva ã negação da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> viver, ao ascetismo:<br />

essa negação "ocorre <strong>de</strong>pois que o<br />

conhecimento total do ser tornou-se Q. cio querer"<br />

(Die We/t, I, § 68). Q.. neste sentido, também<br />

é a atte como contemplação <strong>de</strong>sinteressada<br />

das idéias platônicas (Ibid.. 1, § 70).<br />

QUILIASMOUn. Cbiliasm.h. Chiliasníe-.íú.<br />

(,'biliasnuis; it. C.hiliasmo). Q. ou milenarismo<br />

é o nome que se dá hoje á crença no advento<br />

<strong>de</strong> uma renovação radical do gênero humano<br />

e na instauração <strong>de</strong> um estado <strong>de</strong>finitivo<br />

<strong>de</strong> perfeição. O Apocalipse <strong>de</strong> S. João<br />

é o principal documento <strong>de</strong> crenças semelhantes,<br />

que foram muito freqüentes nos primeiros<br />

séculos do cristianismo, voltando a<br />

apresentar-se também na Ida<strong>de</strong> Média.<br />

Gioacchino da Fiore (séc. XII) preconizou o<br />

iminente advento <strong>de</strong> uma terceira era da história<br />

humana, a do Espírito Santo (Concórdia<br />

Abi'/ et Veteris Testameiilí, IV, 3T). Kant<br />

talou <strong>de</strong> um Q. filosófico "que aspira a um<br />

estado <strong>de</strong> paz perpétua, fundada na união<br />

das nações, como república mundial (Reli-<br />

,i>io)i, I. 3).<br />

QUINQUE VOCÊS. São os cinco conceitos<br />

generalíssimos, ou cinco tipos <strong>de</strong> predicado<br />

universal (por isso chamados também <strong>de</strong> "predicáveis")<br />

cia Lógica clássica: gênero, espécie,<br />

diferença, próprio e aci<strong>de</strong>nte. O cerne da sua<br />

distinção e da problemática relativa está nos<br />

Tópicos <strong>de</strong> Aristóteles, mas o estudo formal e<br />

explícito <strong>de</strong>las como categorias fundamentais<br />

da lógica acha-se em Isagoge cie Porfírio. Foi<br />

sobretudo graças â versão e aos comentários<br />

cie Boécio sobre esta obra que elas passaram<br />

para a Lógica medieval.<br />

QUINTESSÊNCIA, (lat. Quinta essentia.m.<br />

Quiutessence, fr. Qníntessence; ai. Quuitessenz.<br />

it. Quinta essenza). 1. O éter, isto é, a substância<br />

que. segundo Aristóteles, compõe os céus,<br />

que é diferente dos quatro elementos que compõem<br />

os corpos sublunares (V. ÉTT.R).<br />

2. Extrato corpóreo cie uma coisa, obtido<br />

pela sua análise alquímica mediante a separação<br />

do elemento dominante dos outros elementos<br />

que estão misturados nela. Segundo<br />

Paracelso. na Q. estão os arcanos, que são<br />

as forças ativas <strong>de</strong> um mineral, <strong>de</strong> uma pedra<br />

preciosa, <strong>de</strong> uma planta; são utilizados<br />

pela medicina na feitura ele medicamentos<br />

(De misteriis naturalibus, I. 4). Neste sentido,<br />

emprega-se também o termo para indicar<br />

o princípio ativo <strong>de</strong> uma coisa ou a sua parte<br />

mais pura.<br />

QUODLIBETA. V. QUAKSTIO.

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