Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

TEMA: AVALIAÇÃO DO CURSO E DA ESCOLA MÉDICA
Programa Nacional de Incentivo a Mudanças Curriculares no Curso de Medicina: a
Experiência da UFG
Veloso, TCMA 1
Introdução: Integrando a Linha de Pesquisa Estado e Política Educacional, do Programa de Pós Graduação em Educação da
UFG, este estudo tem como objeto a Política de Reorientação da GraduaçãonaÁreadaSaúde,dosMinistériosdaSaúdeedaEducação,
com enfoque no Programa Nacional de Incentivo a Mudanças Curriculares no Curso de Medicina (PROMED), buscando analisar os resultados
do programa no curso de Medicina da UFG. Método:Apesquisa,dotipoestudodecaso,trabalhoucomométododoconhecimento
praxiológico, o conceito de campo e de habitus de Pierre Bourdieu como referencial de análise na organização e compreensão dos
dados, obtidos de fontes documentais e de entrevistas semi-estruturadas, com participantes do PROMED. Resultados:Sobreaimplementação
do Programa na Faculdade de Medicina, poderíamos indicar que o habitus da formação do médico se manifesta por meio da
resistência de parte de seu corpo docente para o processo de transformação da formação médica, determinantes para que a Faculdade
em alguns eixos/vetores do programa consiga inovar e em outros apenas realizar mudanças. Enfatiza a formação pedagógica do corpo
docente e de tutores da rede pública de saúde dentre as estratégias do Programa reconhecendo a importante participação desses agentes
no processo de mudança na formação de seus graduados. Conclusão: A conclusão aponta a transformação na formação médica
como um processo que, mesmo já oportunizada a indução de mudanças na graduação e promovida a discussão da responsabilidade
institucional frente às Políticas de Saúde, transcende a vigência do PROMED.
A Participação do Docente de Medicina em Reestruturações Curriculares
Silva, ALB 2
Garcia, MAA 2
Introdução: Espera-se que o professor seja um mediador, ouça, dialogue e instigue a reflexão por parte do discente, superando a
transmissão de informações. As instituições de ensino devem avaliar a eficácia de seus programas, instituir “escutas” das práticas desenvolvidas
e investir numa formação sólida e crítica. Objetivos: Realizar a descrição do perfil dos docentes, abordar suas expectativas
referentes ao Projeto Pedagógico (PP) e à formação médica, fomentar a discussão acerca da necessidade de mudanças no fazer pedagógico,
estimular a participação na reorientação curricular, visando à expansão do ensino no e para o SUS. Métodos: Instrumentos
semi-estruturados, distribuídos ao universo de 138 docentes, por meio de diferentes estratégias: pessoalmente, encaminhamento de
mensagem eletrônica e disponibilização nos escaninhos, obtendo-se resposta de 72 indivíduos. Tabulação e análise quantitativa através
do Excel e SPSS, categorização e análise qualitativa das respostas abertas. Resultados: Apesar das dificuldades relativas ao vínculo precário
e dedicação parcial à escola e falta de uma estrutura organizacional substitutiva aos departamentos inexistentes, a maioria dos docentes
mostrou-se: aberta aos desafios de uma reforma curricular estrutural, participante de atividades de ensino regulares, extracurriculares,
administrativas, de pesquisa e extensão. Denotou-se a maturidade do corpo docente em responder à complexidade da docência
no nível superior, pela multiplicidade e diversidade de atividades de ensino e a atuação em diversos períodos e cenários, que pressupõe
um determinado perfil de desempenho e formação. Conclusões: Aadesão parcial dos docentes de medicina às reformas curriculares
e pesquisas correlatas tem sido recorrente e explicada pela não profissionalização da função docente, o desinteresse, temores,
insegurança, corporativismo, resistências e outras questões que merecem reflexões. Reformas implicam em novos e profundos
desafios. É preciso exercitar a reflexão sobre a prática, para que esta seja uma referência para interpelação e transformação das formas
tradicionais de conceber as práticas e o ensino em saúde.
1 Universidade Federal de Goiás, Goiânia,GO, Brasil.
2 Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
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