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Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

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Laboratório <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação no Desenvolvimento da Anamnese<br />

Ambulatorial dos Alunos <strong>de</strong> Medicina com Pacientes do PSF<br />

Heringer, JF 27<br />

Oliveira, T 27<br />

Dibo, R 27<br />

Ramos, L 27<br />

Pezzi, L 27<br />

Neto, SP 27<br />

Introdução: Aanamnese é, ainda hoje, a ferramenta mais importante para o estabelecimento da relação médico-paciente, do diagnóstico<br />

e das condutas terapêuticas. Geralmente o estudante inicia seu aprendizado com uma anamnese formal, mais facilmente<br />

aplicada aos pacientes hospitalizados. No entanto, no ambiente ambulatorial essa lógica se modifica e surgem dificulda<strong>de</strong>s para estabelecer<br />

vínculo com o paciente e obter as informações necessárias para o diagnóstico e intervenção. Com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discutir essas barreiras<br />

foi criado o Laboratório <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação (LHC). Objetivos: Relatar a experiência dos alunos da Universida<strong>de</strong> em<br />

que foi feito este trabalho durante o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s do LHC com pacientes do Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (PSF).<br />

Métodos: Os estudantes do sexto período são divididos em 4 grupos <strong>de</strong> 18 e freqüentam o LHC em encontros semanais. Os pacientes<br />

são selecionados pelos professores na unida<strong>de</strong> do PSF vinculados à instituição. Em uma sala, com equipamento <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> áudio e<br />

ví<strong>de</strong>o, um dos estudantes escolhido aleatoriamente faz uma anamnese, enquanto o restante do grupo assiste em outra sala. Após a ativida<strong>de</strong>,<br />

o grupo discute a entrevista com auxilio dos professores. Resultados: Os estudantes inicialmente resistem à ativida<strong>de</strong>, sentem-se<br />

constrangidos em fazer anamnese sozinhos e assistidos pela turma através da câmera. No entanto, após estarem familiarizados<br />

com a dinâmica torna-se bastante proveitosa, especialmente no momento da reavaliação do resultado final da entrevista (<strong>de</strong>briefing).<br />

Conclusões: Muito se discute sobre o tipo i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> paciente para a ativida<strong>de</strong>: o real ou o simulado. Ao dispor <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> do PSF no<br />

campus, tem-se um bom resultado com estes pacientes, além dos atores, já que possuem uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> patologias e histórias propiciando<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> discussões interessantes. É fundamental a continuida<strong>de</strong> dos estudos sobre atitu<strong>de</strong>s e competências da<br />

entrevista médica durante a fase <strong>de</strong> formação dos futuros médicos.<br />

Oficina <strong>de</strong> Problematização em Clínica Médica- Construindo um Raciocínio Operacional<br />

na Abordagem <strong>de</strong> Situações Reais<br />

Gue<strong>de</strong>s, JC 28<br />

Andra<strong>de</strong>, T 28<br />

Introdução: Decisões, estudos e pesquisas em saú<strong>de</strong> são baseados em problemas, mesmo na incerteza diagnóstica. Aênfase excessiva<br />

nos diagnósticos clínicos, durante o curso médico, exclui a noção <strong>de</strong> riscos, reforça a doença como objeto principal da atenção à<br />

saú<strong>de</strong> e limita atitu<strong>de</strong>s. Objetivos: <strong>de</strong>senvolver em estudantes <strong>de</strong> clinica médica a noção <strong>de</strong> “problema” frente a situações reais. Capacitar<br />

a elaborar uma lista <strong>de</strong> problemas hierarquizada, incluindo aspectos psicossociais e ambientais, com planos <strong>de</strong> intervenção; fomentar<br />

metacognição e autoaprendizado a partir <strong>de</strong> problemas não equacionados. Métodos: 106 estudantes do sétimo semestre do curso <strong>de</strong><br />

medicina tradicional, divididos em 4 turmas, freqüentaram 4 sessões semanais <strong>de</strong> problematização, cada uma com 3 horas <strong>de</strong> duração.<br />

Casos reais foram distribuídos e, durante 2 horas, em grupos <strong>de</strong> 5 alunos sob supervisão <strong>de</strong> dois tutores, os problemas eram discutidos e<br />

listados, com os respectivos planos <strong>de</strong> intervenção educacional, diagnóstica e terapêutica. Na hora final, os grupos apresentavam seus<br />

trabalhos para os <strong>de</strong>mais, com discussão, síntese e levantamento <strong>de</strong> problemas para estudo. As duas sessões subseqüentes foram semelhantes,<br />

com casos reais preparados previamente pelos grupos e trocados em sala. Na última sessão, houve apresentações dos problemas<br />

<strong>de</strong> estudo extra-classe, com coletivização do conhecimento; houve, então, discussão aberta <strong>de</strong> avaliação da oficina. Todos os estudantes<br />

consentiram com o relato da experiência. Resultados: Segundo os estudantes, a oficina instabilizou suas convicções no início da<br />

experiência; mas ao final se sentiram mais seguros a propor intervenções, mesmo sem diagnósticos. Quanto ao conteúdo clinico, houve<br />

menção à redução, com valorização dos aspectos psicossociais; mas com comentários <strong>de</strong> que, pela primeira vez, esses aspectos foram<br />

contextualizados no manejo clinico; e que a problematização organizou o estudo extra-classe. Conclusões: Os objetivos das oficinas foram<br />

alcançados; os estudantes compreen<strong>de</strong>ram o valor da problematização na condução das situações reais e <strong>de</strong> seu estudo.<br />

27 Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

28 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

71<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>

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