Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

Percepção dos Acadêmicos Quanto ao Ensino da Atenção Primária em Saúde no Internato
do Curso de Medicina
Holzer, S 115
Silva, ACCG 115
Reato, LFN 115
Kayaki, E A 115
Batistela, VCS 115
Introdução: O curso de medicina baseando-se nas DCN e estando inserido no Pró-Saúde, vem incorporando o ensino da APS
em seu currículo. Em 2009 o Ciclo de Atenção Primária a Saúde (CAPS) passou a constituir o quinto ciclo de internato, com atividades
no PSF e UBS. Objetivo:conhecerapercepçãodosalunosdointernatoquantoaoensinodaAPS.Metodologia: estudo descritivo, qualitativo
aplicado aos alunos do 5º ano (n=46), com 2 questões centrais: Qual sua opinião sobre o ensino da APS na FMABC? e Na sua atuação
como médico, onde serão utilizados os conhecimentos adquiridos no CAPS. As repostas foram analisadas para identificação dos temas
recorrentes. Resultados:. 31 (69%) dos 46 acadêmicos (Grupo-1) não haviam passado pelo ciclo, destes 35,5% não sabem o que esperar
do CAPS e/ou sentiram deficiência do ensino de APS no curriculum; 30% acreditam que vão ampliar conhecimentos e ter uma
nova abordagem; 13,3% colocam que o CAPS só tem importância para o SUS e Instituição de Ensino. Para 15 alunos (31%) Grupo-2, que
responderam ao questionário após o ciclo: 33% avaliaram os conhecimentos adquiridos como fundamentais; 40% referem mudanças
em conceitos, principalmente resolutividade e integralidade. Para a 2ª questão, no G1 encontramos que 19,3% referem que utilizarão os
conhecimentos na relação médico X paciente; e 64,5% na prática diária de médico. Para o G2 tivemos 100% de respostas para a utilização
dos conhecimentos na prática diária de médico. Vale comentar o depoimento de um dos acadêmicos “...os conhecimentos serão utilizados
tanto na minha vida profissional quanto na minha vida pessoal, aprendendo a lidar melhor com os pacientes e com as pessoas”.
Conclusão: a percepção dos acadêmicos quanto ao ensino da APS apresenta uma mudança após o rodízio no ciclo, confirmando que a
proposta vem atingindo seus objetivos pedagógicos, principalmente quanto à integralidade e humanização.
Teoria Versus Prática: uma Reflexão sobre a Dinâmica das Atividades Tutoriais, na
Metodologia Aprendizagem Baseada em Problema (ABP), no Curso de Medicina da
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
Tôrres, ALB116 Oliveira, ENA116 Melo, BS116 Introdução: O ABP, experimentado originalmente em 1969, na universidade de McMaster, Canadá, é centrado no aluno e faz da
problematização sua estratégia de ensino-aprendizagem. Está sedimentado no tripé: atividades tutorias, inserção do estudante na comunidade
e desenvolvimento de habilidades e atitudes. O Tutorial corresponde ao propulsor do processo de ensino/aprendizagem.
Preocupa-se com a aquisição de competências que permitam ao futuro profissional interagir com o paciente e enxergá-lo holisticamente,
perpassando pelo desenvolvimento da objetividade, clareza, oratória, ética, capacidade de crítica, de trabalho em grupo, da busca do
conhecimento, etc. Como facilitador desse processo existe um professor tutor com disposição para respeitar e acreditar no potencial do
discente, devendo dar suporte para sua evolução. Objetivo: Refletir sobre a dinâmica das atividades tutoriais. Metodologia: Foi utilizada
como base para este relato, a experiência vivenciada pelos autores, estudantes de medicina da UEFS, em grupos tutoriais por quatro
anos. Resultados: Em nossa experiência observamos uma grande dificuldade em praticar o que se espera do tutorial. O conhecimento
parcial do que se propõe o ABP, associado à capacitação insuficiente de profissionais educados na metodologia tradicional (flexeneriana)
podem ser os principais problemas responsáveis pelo não desenvolvimento das competências esperadas. Isso pode gerar:
distorções de avaliação, semelhante ao da metodologia tradicional; o não acompanhamento do aluno, que sem apoio psicopedagógico,
possui dificuldade no seu desenvolvimento; problemas mal formulados; discussões dissertativas sobre o um tema ao invés de resoluti-
115 Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil.
116 Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
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