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Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

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Representações Sociais da Integração Curricular em Docentes e Discentes <strong>de</strong> Escola Médica<br />

Couto, CRO 108<br />

Introdução: Aten<strong>de</strong>r às Diretrizes Curriculares <strong>de</strong> 2001, quando ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> currículos médicos integrados e vivenciados<br />

no cotidiano, tem sido o principal e <strong>de</strong>safiador movimento do ensino da medicina no Brasil. Objetivo: Objetivou-se com este trabalho promover<br />

estratégias <strong>de</strong> integração curricular em escola médica do nor<strong>de</strong>ste brasileiro, através da análise das representações sociais <strong>de</strong> docentes<br />

e discentes acerca do currículo integrado (CI). Método: Constituiu-se <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> campo, com abordagem qualitativa, on<strong>de</strong> 4 grupos focais<br />

<strong>de</strong> docentes e alunos discutiram como tem sido a vivência do CI proposto pelo Projeto Pedagógico da Instituição(PPI), a partir <strong>de</strong> uma situação<br />

problema. Ametodologia utilizada foi a Análise <strong>de</strong> Conteúdo <strong>de</strong> Bardin, com amparo na Teoria das Representações Sociais <strong>de</strong> Moscovici.<br />

Resultado: Os docentes possuem como representações do atual currículo: ênfase no conteúdo biologicista; avaliações fragmentadoras do<br />

conhecimento; necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novas metodologias <strong>de</strong> ensino; docentes pouco sintonizados com o CI ou com o PPI; dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir<br />

conteúdos necessários à formação do generalista. Docentes e discentes apontam como avanço, o contato com pacientes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do curso.<br />

Os discentes apresentam as seguintes representações: excesso <strong>de</strong> avaliações cognitivas, cenários <strong>de</strong> práticas diferentes nos diversos módulos,<br />

dificultando vínculo e coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> cuidados. Docentes sugerem sensibilização do corpo docente para o CI, promoção <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong><br />

encontro entre docentes e alunos e programa <strong>de</strong> educação permanente. Os discentes sugerem revisão dos cenários <strong>de</strong> prática especializados e<br />

estruturação <strong>de</strong> um único hospital escola. Conclusão: Os alunos <strong>de</strong>sejam uma <strong>de</strong>manda diversificada <strong>de</strong> pacientes, mas não visualizam o cenário<br />

da APS como o espaço i<strong>de</strong>al, e sim um hospital. De forma geral há pouca aproximação com o CI, bem como dúvidas e inseguranças <strong>de</strong><br />

docentes e discentes em relação às mudanças metodológicas necessárias, apontando para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprofundamento das discussões e<br />

<strong>de</strong> implementação imediata <strong>de</strong> estratégias integradoras.<br />

Liga <strong>de</strong> Cirurgia da Hérnia Inguinal<br />

Miranda, LEC 109<br />

Tenório, AL 109<br />

Maciel, DT 109<br />

Fernan<strong>de</strong>s, JL 109<br />

Lima, DL 109<br />

Introdução: Aformação cirúrgica dos estudantes <strong>de</strong> medicina está freqüentemente aquém das necessida<strong>de</strong>s da assistência primária.<br />

Casos simples, que po<strong>de</strong>riam ser tratados pelo médico da família são rotineiramente encaminhados ao cirurgião. Objetivo:Propor<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino das bases da técnica cirúrgica baseado no atendimento <strong>de</strong> casos simples <strong>de</strong> pacientes portadores <strong>de</strong> hérnia inguinal.Métodos:<br />

Pacientes do SUS portadores <strong>de</strong> hérnia inguinal não complicada são atendidos por estudantes <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua<br />

primeira consulta ambulatorial até a alta ambulatorial, orientados integralmente pelo professor <strong>de</strong> cirurgia. Os estudantes são responsáveis<br />

pelo atendimento pré-operatório integral, internamento, participam do ato cirúrgico, anestesia, alta hospitalar e seguimento ambulatorial<br />

pós-cirúrgico; todos os atos sob responsabilida<strong>de</strong> do professor. Após admissão na Liga os estudantes recebem orientações sobre<br />

técnicas cirúrgicas básicas e do funcionamento do SUS. Os estudantes também se responsabilizam pela or<strong>de</strong>nação das medidas burocráticas<br />

referentes ao atendimento hospitalar e ambulatorial. Exigem-se compromisso, tratamento humano e individualizado aos doentes,<br />

pontualida<strong>de</strong>, assiduida<strong>de</strong> e postura rigorosamente profissional mediante o serviço e o doente. À medida que <strong>de</strong>monstram competência<br />

e responsabilida<strong>de</strong>, os estudantes passam a ter oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> participar efetivamente do ato cirúrgico. Resultados:15estudantes<br />

foram atendidos pela Liga em 18 meses <strong>de</strong> funcionamento. Aproximadamente 100 pacientes foram operados. Os resultados<br />

dos pacientes operados são compatíveis aos resultados publicados na literatura. Os estudantes <strong>de</strong>monstraram as qualida<strong>de</strong>s exigidas<br />

pela Liga, apren<strong>de</strong>ram efetivamente as rotinas do SUS referentes a pacientes cirúrgicos, <strong>de</strong>monstraram-se capazes <strong>de</strong> avaliar a evolução<br />

pós-operatória dos pacientes e <strong>de</strong> reconhecer e tratar as complicações cirúrgicas mais simples. Demonstraram-se satisfeitos com os ensinamentos<br />

referentes a técnicas cirúrgicas básicas e com a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> praticá-los sob supervisão. Conclusão: O mo<strong>de</strong>lo proposto<br />

permite preparar estudantes <strong>de</strong> Medicina com formação e experiência cirúrgica mínima para aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s dos profissionais<br />

da assistência básica a saú<strong>de</strong>.<br />

108 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

109 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

248<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>

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