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Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

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formados profissionais com capacitação para uma abordagem biopsicossocial, em que o saber técnico se alie à conduta ética. O<br />

currículo inovador da ESCS propõe uma educação orientada aos problemas mais relevantes da população e estimula a prática da<br />

promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, possibilitando a ratificação do preceito humanizador frente à socieda<strong>de</strong>.<br />

Educação em Saú<strong>de</strong> e Suas Versões na História <strong>Brasileira</strong><br />

Souza, IPMA 12<br />

Jacobina, RR 13<br />

Introdução: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos remotos, o processo saú<strong>de</strong>-doença encontra inúmeras explicações, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> fatalida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stino, castigo<br />

etc. Para cada explicação, uma forma <strong>de</strong> prevenir é passada a cada geração pelos pais ou por pessoas da comunida<strong>de</strong> tidas como<br />

com maior conhecimento, como curan<strong>de</strong>iros. O objetivo da educação em saú<strong>de</strong> é <strong>de</strong>senvolver nas pessoas o senso <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

pela sua própria saú<strong>de</strong> e pela saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong> a qual pertencem, porém, por muito tempo a educação em saú<strong>de</strong> era vista como a<br />

transmissão <strong>de</strong> conhecimentos <strong>de</strong> alguém <strong>de</strong>tentor do saber científico para alguém sem conhecimento. Objetivos: analisar historicamente<br />

as práticas <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> no Brasil em seu período Republicano. Métodos: trata-se <strong>de</strong> uma revisão narrativa, cujas informações<br />

foram obtidas por meio da leitura <strong>de</strong> artigos na base <strong>de</strong> dados Scielo. Resultados: No início do século XX, a educação higiênica<br />

era moralizadora e domesticadora, imposta pela coerção. Seu objetivo era fazer com que as pessoas aceitassem as intervenções do Estado,<br />

se sujeitassem às imperiosas leis da Higiene. Ainda assim, muitas pessoas se rebelaram, como ocorreu com a famosa Revolta da Vacina.<br />

Por volta <strong>de</strong> 1916, a educação sanitária representou a redução do “po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> polícia” na saú<strong>de</strong>. As ações educativas ficavam restritas<br />

à transmissão <strong>de</strong> conhecimentos, principalmente através <strong>de</strong> panfletos, sem consi<strong>de</strong>rar que 60% da população era analfabeta. Em<br />

1970, a educação em saú<strong>de</strong>, por sua vez, baseia-se na concepção <strong>de</strong> que o indivíduo apren<strong>de</strong> a cuidar <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong>, que é resultante <strong>de</strong><br />

múltiplos fatores intervenientes no processo saú<strong>de</strong>-doença, a partir do referencial coletivo <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong>. Conclusões:<br />

as ativida<strong>de</strong>s educativas ainda tem caráter higienista, imperativo e <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> conhecimentos, em um retorno histórico às<br />

raízes da educação em saú<strong>de</strong> e raramente com objetivos <strong>de</strong> autonomia e cidadania.<br />

Expectativas em Relação a Atuação Médica Frente a Morte Por Parte <strong>de</strong> Idosos Saudáveis<br />

e Idosos Com Doença Terminal<br />

Guardia, BM14 Nogueira-Martins, LA14 Abud, CC14 Introdução: O pouco contato com a temática da morte durante a graduação dificulta o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s para a<br />

assistência a pacientes idosos, tanto saudáveis como terminais. É importante conhecer as expectativas dos idosos com relação a morte e<br />

a atuação médica nesse processo, para que o profissional possa construir relações empáticas com os pacientes. Objetivo: Conhecer as<br />

expectativas <strong>de</strong> pacientes idosos saudáveis e pacientes idosos com doença terminal com relação a atuação médica, no que se refere a<br />

morte e ao processo <strong>de</strong> morrer. Métodos: Pesquisa qualitativa com dois grupos <strong>de</strong> idosos (um sem expectativa iminente <strong>de</strong> morte e outro<br />

com diagnóstico <strong>de</strong> doença terminal), por meio <strong>de</strong> entrevistas semi-estruturadas. Os roteiros (um para cada grupo) abordaram três<br />

tópicos centrais: história <strong>de</strong> vida, relação com a morte e relação com os médicos. Resultados: Os idosos dos dois grupos revelaram facilida<strong>de</strong><br />

para conversar sobre a morte, consi<strong>de</strong>rando-a, em geral, como uma passagem para outra vida; manifestaram preocupação maior<br />

com os problemas relacionados com o processo <strong>de</strong> morte do que com a morte em si (ex: sentir dor, ficar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, ser um peso para a<br />

família, morrer em UTI). Com relação aos médicos, expressaram expectativas <strong>de</strong> que: esclareçam suas dúvidas; aliviem suas dores; sejam<br />

atenciosos e sinceros; sejam habilidosos ao comunicar más notícias; consigam se colocar ao lado do paciente terminal e enten<strong>de</strong>r o<br />

que se passa com eles. Conclusões: A partir da tranqüilida<strong>de</strong> com que os idosos conversaram sobre o assunto, conclui-se que os médicos<br />

po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem conversar mais sobre a morte com seus pacientes idosos; essa postura po<strong>de</strong> auxiliar os profissionais a conceberem<br />

essa fase do ciclo vital como um processo mais natural e aceitável e a lidarem com as expectativas que são atribuídas a eles. Essa atitu<strong>de</strong><br />

contribui para a construção <strong>de</strong> uma medicina mais humanizada.<br />

12 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

13 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

14 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

538<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>

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