Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

período do curso médico da UFPE, considerando o cenário político-ideológico da implementação de um novo currículo. Métodos:
Avaliação do módulo realizada pelos estudantes durante quatro semestres; análise das atas das reuniões de monitoria e a participação
do Núcleo Pedagógico Estruturador (Nuped) - espaço de discussão entre a gestão, os docentes e os discentes, criado pela nova coordenaçãodocursomédico.Resultados
e Discussão: A abordagem sobre os segmentos sociais vulneráveis, como saúde da população negra
e das pessoas acometidas pela hanseníase foi avaliada positivamente pelos estudantes; a sub-divisão dos grupos responsáveis por
práticas e temas específicos foi questionada pela restrição do aprendizado; a bibliografia e a realização das resenhas, ora foi relatado
como uma iniciativa importante, ora como cansativa e trabalhosa. As atividades práticas foram consideradas bem organizadas e responsáveis,
para alguns, pela ressignificação da realidade investigada. A minhas inserções nos encontros institucionais, por sua vez, foram
fundamentais para a reflexão de cada passo adotado e revisto no módulo. Conclusões: O desenvolvimento de um módulo que sublinha
os determinantes sociais da saúde e que imprime força à vulnerabilidade de segmentos marginalizados representa um grande
desafio em um curso marcado pelo saber biomédico. Assim, atrelar um debate contra-hegemônico a uma metodologia que contempla o
trabalho das organizações sociais, necessita de discussão e continuidade a fim de fomentar uma formação mais crítica, cidadã e integral.
Implantação de um Laboratório de Habilidades Médicas em Pediatria e
Ginecologia/Obstetrícia na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará
Costa, TFDA 193
Sarmanho. MF 193
Damasceno, ACA 193
Rossy, MCNB 193
Rodrigues, MPCR 193
Gonçalves, ACG 193
Introdução: Aformação médica demanda sólido domínio de habilidades clínicas fundamentais, como diálogo com o paciente,
exame físico, raciocínio clínico e escolha de medidas diagnósticas e terapêuticas. Aproficiência nessas habilidades depende do adequado
aprendizado e da prática reiterada, as quais envolvem a participação de pessoas, sejam elas pacientes ou voluntários saudáveis, ou
então objetos e manequins que simulam a situação desejada para determinado tipo de habilidade a ser aprendida.Objetivo: Relatar a
implantação de um laboratório de habilidades médicas em pediatria e ginecologia e obstetrícia, na Faculdade de Medicina da Universidade
Federal do Pará. Métodos: As atividades iniciaram em junho de 2008, a princípio foi realizada uma oficina de capacitação docente
sobre a utilização deste cenário de prática e formas de avaliação. O treinamento é ofertado aos discentes das disciplinas Saúde da Mulher
e da Criança I e II (Pediatria) e Saúde da Mulher I e II (Ginecologia e Obstetrícia), diariamente, nos turnos da manhã e tarde. No período
de junho de 2008 a junho de 2009 foram treinados e avaliados cerca de 160 alunos de pediatria e 160 alunos de ginecologia e obstetrícia.
Resultados: Após um ano de implantação do laboratório de habilidades, percebe-se a importância deste espaço no treinamento
prático dos estudantes de graduação, para o desenvolvimento das competências médicas. Conclusão: Os avanços no ensino-aprendizagem
requerem que o estudante protagonize seu aprendizado de forma autônoma, com capacidade analítica, habilidade para o
trabalho em equipe, possibilitando o desenvolvimento de práticas clínicas durante a graduação e posterior desempenho profissional
adequado. Nesse sentido o laboratório de habilidades vem se mostrando uma importante alternativa metodológica.
193 Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
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