Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

TEMA: ÉTICA
A Formação Da Ética No Profissional Médico
Freitas, A.C.P 1
Ferreira,B.F.A 2 .
Introdução: Nos últimos anos, percebeu-se aumento significativo no número de julgamento de médicos pelos conselhos de ética
no Brasil. Esse problema não foi acompanhado da reavaliação dos métodos de ensino da ética médica ao acadêmico de Medicina, frequentemente
submetido a módulos verticais de ensino. Objetivos: Avaliar a influência da formação acadêmica para o conceito de ética
em acadêmicos de Medicina. Métodos: Foi aplicado um questionário de10 questões em acadêmicos da Universidade Federal do Ceará.
As questões abordavam o assunto ética médica, e continham apenas as opções verdadeiro e falso. Os entrevistados foram distribuídos
em grupos Ae B. Grupo Acomposto por 10 acadêmicos de Medicina que não cursaram o módulo de ética médica, e o grupo por 10 acadêmicos
de Medicina que já concluíram o módulo de ética médica. Os dados foram interpretados pelo número de questões certas e
comparados em tabelas. Resultados: No Grupo A, 3 alunos acertaram 5 questões, 5 alunos acertaram 6 questões, e 2 alunos acertaram 7
questões. No Grupo B, 2 alunos acertaram 4 questões, 4 alunos acertam 5 questões, e 4 alunos acertaram 6 questões. Conclusões: Pelos
dados obtidos concluímos que o ensino na graduação em módulos verticais do tema ética médica não tem significativa importância na
assimilação do tema pelo aluno, pois estudantes já concludentes do módulo não tiveram um melhor desempenho na resposta do questionário.
Sugerimos, portanto, uma confirmação do estudo, com maior amostra e participação de diferentes instituições, para reavaliar
uma melhor forma de ensino para esse tema nas instituições.
“Habilidades De Comunicação Do Médico Estrangeiro Em São Paulo: Relato De Caso”
Au Lavisio, E. M. 3
Gemignani, E. Y, M. Y 3
Introdução: para a validação do diploma de médico estrangeiro no Brasil é necessário que o mesmo entre com requerimento em
universidade brasileira pública com cópia de seus documentos e pagamento de uma taxa para aguardar o julgamento de equivalência
do curso; também deverá prestar exame em língua portuguesa (MEC, 2008). Embora o Estado de São Paulo tenha escolas médicas em
número suficiente para atender sua população, a atração do mercado e as perspectivas de residência médica acabam atraindo profissionais
de outros Estados e de outros países (CREMESP, 2007). A semelhança das línguas latinas pode explicar a escolha do Brasil para a
atuação no mercado de trabalho médico, mas sua formação e os valores culturais diferentes podem entrar em discordância com a cultura
brasileira ocasionando dificuldades na relação médico estrangeiro-paciente brasileiro e no diagnóstico de doenças tropicais como a
Doença de Chagas, específicas do solo brasileiro. Como também, tem-se observado no SAC de um hospital público-privado do Alto Tietê
críticas em relação aos médicos de línguas estrangeiras. Então, como as formações culturais e sociais podem influenciar na atuação
do médico estrangeiro em São Paulo, houve interesse em investigar as habilidades de comunicação. Objetivos: identificar os problemas
apresentados pelos médicos estrangeiros em sua atuação profissional. Métodos: método da Problematização (Arco de Maguerez e Paulo
Freire) e análise documental. Resultados: foram identificadas dificuldades na leitura e compreensão da prescrição médica e dos registros
documentais pela equipe multiprofissional e pelos pacientes, assim como a relação médico-paciente apresenta-se, também, prejudicada.
Conclusões: concluímos que, para melhorar a relação médico-paciente se faz necessária uma capacitação e adaptação à cultura
brasileira para poder melhorar a sua expressão e comunicação. Sugerimos que a validação do diploma contemple conhecimentos em
doenças tropicais, habilidade e comunicação em língua portuguesa e, a realização de estágios supervisionados
1 Faculdade Christus, Fortaleza, CE, Brasil.
2 Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.
3 Universidade Braz Cubas, Mogi das Cruzes, SP, Brasil.
722
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
33: (4 Supl. 4) ; 2009