Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

Morte: Fracasso, Acaso ou Destino? Relato de Experiência da Oficina no COBEM 2008
Santos, ATRA 3
Orge, AB 3
Introdução: Este relato de experiência surge inicialmente das atividades com os estudantes de uma instituição federal de Formação
Médica. A partir dos depoimentos frente à temática Morte, as angústias suscitadas e a falta de preparo na academia para lidar
com este “fracasso”, fazem emergir um sofrimento, muitas vezes velado, durante o curso. Visto que a Medicina tem por finalidade salvar,
curar, possibilitar a vida, o que acontece quando a morte se faz presente? “O distanciamento e a indiferença aparecem enquanto defesa,
frente à frustração/impotência permeando culpa, agressividade, evitação”...recursos estes, utilizados pelo profissional em formação
(sic)”. Direcionados por esta prática, realizou-se no 46°Congresso Brasileiro de Educação Médica a Oficina “Morte: Fracasso, Acaso
ou Destino?” intencionando-se perceber a dimensão desta problemática em outras realidades nacionais. Objetivos: Descrever e Refletir
sobre os achados da Oficina. Métodos: Relato de Experiência e Reflexão Discursiva. Resultados: Vinte e cinco estudantes/profissionais
de diversas universidades participaram da Dinâmica de Aquecimento; Apresentação Teatral; Construção Perceptiva dirigida por
consígnas: Experienciando a morte enquanto... e O que deveríamos saber enquanto... doente/família/estudante/preceptor; Socialização
Grupal das Sínteses; Reflexão após Momento Musical. Verificou-se que a Medicina, preponderantemente técnica, inviabiliza o lidar
com questões humanísticas principalmente com o fracasso, o acaso e até mesmo o destino inevitável que é a Morte. Conclusão: AMorte
constitui-se temática principal ao se trabalhar com a vida. Este inevitável se coloca como barreira intransponível. Lidar com este limite
torna-se um “mal” necessário. Cabe à Formação Médica, trabalhando com a temática Morte, dar algum subsídio para que o profissional
elabore uma maneira menos dolorosa, tanto para ele quanto para o paciente/família. “Construir sua relação com a morte não só na
perspectiva anatômica... e na compreensão do respeito ao momento da morte, não perder o respeito pela vida... sendo permitido sofrer
a morte do nosso paciente” (Participante da Oficina).
Projeto Nova Idade: Experiência de Graduandos dos Curso de Medicina e Enfermagem em
Promover Autonomia e Qualidade de Vida aos Idosos.
Nadai, FR 4
Figueira, LA 4
Introdução: O Projeto NovaIdade nasceu da iniciativa autônoma de alunos do atual segundo ano de medicina e enfermagem da
faculdade. Na combinação de diferentes pensamentos, começamos a discutir sobre humanização e medicina. O projeto foi criado com o
intuito de ir de encontro à realidade de vida do povo deste país e suas adversidades; levando saúde e prevenção por onde passássemos.
Escrever projetos era difícil e os professores não valorizariam o subjetivismo indiscriminado do grupo em realizar medicina com poucos
recursos, aprendendo, com pessoas simples, a sermos cuidadores. Mesmo assim, acreditamos no que poderíamos realizar! Objetivos:
Desenvolver atividades contínuas, voltadas às questões sociais e de saúde da população idosa, buscando promover a qualidade de
vida, transformando realidades, além de criar um núcleo de estudos e desenvolvimento humano entre alunos e professores da faculdade.
Materiais e Métodos: Localização da área física para o desenvolvimento das atividades; levantamento dos problemas que mais afetam
os idosos; busca de pesquisas sobre envelhecimento. Os cinqüenta integrantes dividiram-se em 10 subgrupos com temas que visam
diminuir as dependências físicas, estruturadas, comportamentais, químicas e psíquicas dos idosos. Resultados: Resultou em reuniões
semanais com atividades informativas, lúdicas e aplicáveis à rotina de idosos carentes de recursos sociais, humanos, financeiros; de
atenção e prevenção da saúde. Isto nos permitiu desenvolver críticas à formação médica, restrita às salas de aula, levando-nos a humanizar
nosso olhar sobre a vida, por meio do contato pessoal e do intercâmbio de conhecimentos gerados com os idosos. Conclusão: Viver
mais não é submeter-se a incapacidades e dependências. Este projeto não é um retrato da velhice no Brasil, mas um estudo das
condutas sociais, políticas e profissionais, multidisciplinares, a tratar o idoso como ser humano capaz de viver com autonomia e
felicidade, redirecionando rumos, alocando recursos, planejando atividades e amando o ser humano na sua integralidade.
3 Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Medicina da Bahia, Salvador, BA, Brasil.
4 Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí, SP, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
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