Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

materiais semestralmente, preparam as aulas com antecedência e se consideram comprometidos com a formação dos alunos. Todos os
docentes estudados estão insatisfeitos com o salário de docente, porém 64,9% sentem satisfação com a atividade docente. Quanto as
opiniões de colegas de profissão e alunos sobre o seu desempenho docente, 86% creêm que ambos os consideram bons professores.
Conclusão: Delineou-se o perfil sócio-demográfico e ocupacional dos professores da FMUFPAe, observou-se que a maioria dos professores
apesar de não ter a intenção prévia de tornar-se professor, buscou capacitação pedagógica e sente-se capacitado, acreditando que
alunos e colegas os consideram bons profissionais. Apesar da insatisfação salarial, a maioria está satisfeita com a atividade docente e
consideram-se comprometidos com a formação dos alunos.
Estresse entre Médicos Docentes e Não Docentes de Maceió
Soares, FJP86 Calheiros, LHB86 Ferro, DF86 Vieira, BB86 Cavalcante, ML86 Moura, LL86 Introdução: A vulnerabilidade física e mental dos médicos tem sido frequentemente denunciada com elevada morbidade. A convivência
com doentes, o enfrentamento da morte, plantões, são condições relacionadas a estresse entre médicos. O mercado de trabalho embora
amplo não oferece condições estruturais e remuneração adequadas. A prática docente em universidade pública oferece condições atenuantes
e reduz o estresse? Objetivos: Verificar a frequência geral de estresse entre médicos relacionando com a carga horária, gênero, e a prática
docente. Métodos: Estudo transversal, descritivo. Foi aplicado questionário estruturado a 276 médicos de Maceió, sendo 208 não docentes
(ND) e 68 docentes(D). O diagnóstico de estresse foi realizado utilizando escala reduzida de estresse no trabalho. Resultados: freqüência relacionada
a carga horária: até 40 horas semanais, 10,6% ND x 12,1% D; de 40 a 80 horas, 15,5% ND x 10% D; 80 a 100 horas 20,0% ND; acima de
100 horas 37,5% ND. Nenhum docente trabalhava mais que 80 horas semanais. Frequência geral por gênero: 15,5% dos homens e 14,9% das
mulheres. Frequencia por gênero e prática ou não docente: Masculino – 10,5% D x 16,9% ND e Feminino – 13,3% D x 16% ND. Conclusões: O
estresse é relacionado ao aumento na carga horária semanal e atenuado com a prática docente; o estresse é mais freqüente entre as mulheres;
médicos que trabalham mais de 8 horas por dia devem ser examinados com cuidado para verificar a presença ou não de estresse. Políticas
que estimulem a redução da carga horária semanal, e remuneração e condições de trabalho adequadas devem ser planejadas. Apromoção e a
prevenção de saúde entre os médicos deve iniciar durante a formação.
Arte e Literatura no Ensino Médico e as Ferramentas Digitais
Oliveira, CPV 87
Azevêdo, MFV 87
Canamary. VT 87
William, LHW 87
Introdução: Este é o relato de uma experiência realizada no módulo optativo de ” Arte e Literatura-Humanidades Médicas I”
ofertado aos alunos de graduação da FAMED-UFC, no qual foram trabalhados em sala de aula algumas obras de arte, vídeos e textos literários
relacionados a alguma situação de doença, dor ou de relacionamento médico x paciente. Objetivos: omóduloprocuroutrabalhar
a sensibilidade dos alunos e fazê-los refletir sobre a prática médica. Métodos: foram escolhidas algumas obras de arte clássicas,
dois vídeos e alguns textos literários que foram discutidos em grupo. Também foi realizada produção de texto sentido por cada aluno,
lido e discutido em grupo. Cada aluno fez um blog e publicava cada dia os relatos de suas reflexões em sala de aula e material pertinente
ao assunto. Resultados: à medida que os fazia discutir sobre as obras de arte, vídeos e textos literários de autores nacionais e estrangeiros
,o módulo estimulou os alunos a uma reflexão sobre a prática médica e as lacunas existentes na formação de um profissional mais
sensível e coerente com a profissão médica. Além disso, apresentou aos alunos ferramentas digitais de publicação de relatos sobre humanização
médica. Conclusão: o módulo optativo ofereceu aos alunos uma reflexão sobre a humanização estimulando-os a usarem
essa na sua formação profissional.
86 Universidade Federal de Alagoas, Maceió, AL, Brasil.
87 Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
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