Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

Potencialidades e Fragilidades das Avaliações de Curso
Garcia, MAA 3
Norato, DYJ 3
Gonçalves, ML 3
Simões Neto, J 3
Introdução: Com a implantação do novo currículo do Curso Médico em 2001 fez-se necessária a introdução de uma avaliação
unificada que contemplasse a integração entre disciplinas e o aprimoramento do ensino-aprendizagem e, mais especificamente, a introdução
de metodologias ativas. Objetivos: Analisar os resultados dos questionários aplicados de 2001 a 2007 quanto as potencialidade e
fragilidades dos instrumentos e estratégias, aprimorando-os e revendo-os para a realização do PROAVI – Programa de Auto-avaliação
Institucional. Métodos: VisandoaocumprindodosobjetivosdoPRÓ-SAÚDEnotocante aos eixos orientação teórica e pedagógica,
procedeu-se ao estudo dos resultados dos questionários desenvolvidos para cada disciplina do 1º ao 12º períodos, quanto aos objetivos,
conteúdos e habilidades; avaliação das metodologias; auto-avaliação dos estudantes e avaliação de cada docente e condições de ensino.
Analisou-se as informações quantitativas por meio de quartis e medianas, e as observações abertas, por meio de análise qualitativa. Resultados
Simulando os resultados da avaliação dos docentes de duas disciplinas, A e B, respeitando o sigilo das informações, pode-se
observar que a Disciplina B, foi sempre bem avaliada (mediana mínima de 4) e a Disciplina Aapresentou mudanças de um ano a outro,
tendo-se em 2001 medianas de 1 e 2, com melhora significativa nos anos de 2002 e 2003 (medianas de 4 e 5) e oscilações nos anos seguintes,
o que identifica a substituição de docentes nestes períodos. Quanto às avaliações do 4º ano, observou-se a necessidade de se reverem
as competências de todos os períodos, exigindo a educação permanente dos docentes, como também a remodelação dos cenários
de ensino. Conclusões Tomados os devidos cuidados éticos, este estudo responde aos anseios do curso no aprimoramento do Projeto
Pedagógico enquanto movimento dialético que exige a avaliação contínua da realidade e dos múltiplos contextos que o constituem e
implica num trabalho coletivo de todos os envolvidos.
Estresse Ocupacional e Desequilíbrio Esforço/Recompensa em Professores de uma
Faculdade Pública de Medicina: dados Preliminares
Aranha, FC 4
Caputo, VG 4
Nader, SN 4
Nogueira-Martins, LA 5
Introdução: O estresse ocupacional está associado a fatores relacionados tanto a atividade ocupacional como a predisposição
individual, podendo afetar a saúde física e mental dos profissionais. Objetivos: Identificar a existência de desequilíbrio entre esforço e
recompensa no trabalho em professores de uma faculdade pública de Medicina e descrever o perfil epidemiológico da amostra; Conhecer
o campo de pesquisa (relacionado a amostra, aos instrumentos utilizados e aos procedimentos de coleta), para ampliação deste primeiro
estudo exploratório. Método: Estudo piloto transversal com 23 professores (total de 270), selecionados aleatoriamente. Foram
utilizados dois instrumentos: 1) Questionário sócio demográfico; 2) Versão brasileira do Effort Reward Imbalance (ERI), que analisa a
prevalência de alto esforço e baixa recompensa no trabalho, pontuando o supercomprometimento por meio da soma de 04 sub-escalas:
necessidade de aprovação; competitividade; irritabilidade desproporcional; incapacidade de desligar-se do trabalho. Pontuação acima
de 19 caracteriza risco de estresse ocupacional. Resultados: Dentre os 23 pesquisados, 04 (17,6%) apresentaram desequilíbrio entre esforço
e recompensa no trabalho, com o seguinte perfil socio-ocupacional: todos eram casados; 03 eram homens; 03 estavam na faixa etária
de 41-55 anos; 03 com dedicação integral; 03 com tempo de serviçoentre11e15anos.Metadedaamostratinhade04a05dependentes,
trabalhava em 04 locais diferentes e realizava plantões noturnos e qualificou suas condições de trabalho como pouco satisfatórias.
Não foi identificado risco de estresse ocupacional pelo escore obtido nas soma das sub-escalas. Discussão: Mesmo com 17,4% dos pro-
3 Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
4 Faculdade de Medicina de Marília, Marília, SP, Brasil.
5 Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
117
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
33: (4 Supl. 4) ; 2009