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Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

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Por Favor, Falem-me da Morte<br />

Costa, EMA 44<br />

Coleti, HM 44<br />

Marques, HJGG 44<br />

Fonseca, MS 44<br />

Cardoso, MCC 44<br />

Kegel, PVP 44<br />

Introdução: Os Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina não são preparados, durante sua formação, para lidarem com a questão da morte <strong>de</strong><br />

seus pacientes. Isso faz com que sintam medo e angústia relacionados à consciência <strong>de</strong> suas próprias limitações diante da terminalida<strong>de</strong><br />

da vida, bem com à idéia <strong>de</strong> que a morte do paciente representa seu fracasso profissional(2). Des<strong>de</strong> cedo, eles são moldados para ver a<br />

morte como “o maior dos adversários”, o qual <strong>de</strong>verá ser sempre combatido e vencido. Sendo assim, <strong>de</strong>param-se também com a frustração<br />

e com a sensação <strong>de</strong> angústia frente à percepção <strong>de</strong> “<strong>de</strong>rrota” (2). Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar as necessida<strong>de</strong>s emocionais <strong>de</strong> um grupo<br />

<strong>de</strong> acadêmicos participantes <strong>de</strong> um estudo longitudinal sobre idosos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, perante a morte <strong>de</strong> um dos pacientes acompanhados.<br />

Metodologia: Grupo <strong>de</strong> discussão e mútua ajuda, com os 13 participantes acadêmicos e os docentes orientadores, permitindo-se livre<br />

expressão e processando-se a análise dos discursos. Resultados: Para aliviar a angústia da perda do primeiro paciente é necessário<br />

dividir esse sentimento com alguém ,criar um espaço para que os estudantes possam conversar sobre as emoções vivenciadas nessa situação.<br />

Os médicos e os estudantes têm que se permitir serem pessoas normais, contar para alguém e elaborar este acontecimento do<br />

seu cotidiano (1,3). Conclusões: As instituições <strong>de</strong>vem proporcionar espaços <strong>de</strong> discussão e reflexão sobre a morte durante a formação<br />

do médico, reforçando o caráter humanístico da profissão (1,3). Os acadêmicos almejam uma nova maneira <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r sobre a morte e<br />

sobre a vida, ao longo do curso, por meio <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> ensino especiais, direcionados às suas dificulda<strong>de</strong>s.<br />

Empatia, Relação Médico-Paciente e Formação em Medicina: um Olhar Qualitativo<br />

Costa, FD 45<br />

Azevedo, RCS 45<br />

Introdução: A Relação Médico-Paciente (RMP) vai além do encontro situacional entre esses dois intérpretes. Estudos sugerem<br />

que a RMP mescla performances técnica e pessoal. Empatia, no contexto médico, remete a sensibilização do médico pelas mudanças<br />

sentidas e refletidas, momento a momento, pelo paciente. Talvez, empatia encontre seu significado mais compreensível na célebre frase<br />

<strong>de</strong> Ambroise Paré: “curar ocasionalmente, aliviar freqüentemente e consolar sempre”. Consi<strong>de</strong>rando que a empatia po<strong>de</strong> enriquecer a<br />

prática médica, por que não se cogitar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ensinar a ser empático, ou se discutir o quão importante a empatia é sob a<br />

ótica <strong>de</strong> docentes do curso <strong>de</strong> medicina. Para isso, este artigo visa abordar, <strong>de</strong> maneira qualitativa, a empatia e a sua importância na<br />

RMP para a formação <strong>de</strong> novos médicos em uma Universida<strong>de</strong> pública e discutir sua transmissibilida<strong>de</strong>. Objetivos: Contextualizar a<br />

presença da empatia na prática médica e docente <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> uma instituição formadora pública, a fim <strong>de</strong> se obter a compreensão<br />

<strong>de</strong>sta habilida<strong>de</strong> como um dos constituintes da Relação Médico-Paciente (RMP). Discutir a possível transmissibilida<strong>de</strong> da empatia.<br />

Método: Optou-se por uma pesquisa qualitativa e transversal cujo arcabouço material para levantar discussões e conclusões advém da<br />

coleta <strong>de</strong> dados via entrevistas semi-estruturadas realizadas com médicos docentes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Universida<strong>de</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> Campinas (FCM/ UNICAMP). Resultados: Construção <strong>de</strong> 3 Categorias (Trajetória Pessoal, RMP, Empatia) e algumas<br />

observações Conclusões: Atrajetória pessoal para escolha do curso mesclou principalmente aspectos afetivos e cognitivos e em menor<br />

monta, contextuais. Esses atributos possuem pesos distintos com relação a escolha da especialida<strong>de</strong> e da docência. Atransmissibilida<strong>de</strong><br />

da empatia na formação <strong>de</strong> novos médicos foi apontada mais no contexto do mo<strong>de</strong>lo oferecido, no papel do “exemplo”, sendo<br />

fortemente influenciada por características <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> e biografia<br />

44 Universida<strong>de</strong> Severino Sombra, Vassouras, RJ, Brasil.<br />

45 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

554<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>

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