Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

currículo médico tradicional, fragmentado e compartimentalizado pelas disciplinas. Apresentar, como alternativa, o ensino integrado e
transversal das bases humanísticas. Método: foi aplicado um questionário semi estruturado, com questões abertas e fechadas a oito alunos
do curso de medicina do Unifoa, que estavam cursando o Internato e que tinham estudado os oito primeiros períodos no Curso de
Medicina desta Instituição. O questionário foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética. Resultados: demonstrou-se a inadequação
do ensino da ética e das bases humanísticas num currículo de modelo flexneriano, o que ficou caracterizado, principalmente, pela incapacidade
de respostas refletidas aos quesitos abertos. Conclusões: mostra-se fundamental a criação de um eixo transdisciplinar, que se
estenda do primeiro ao último semestre e integre os conhecimentos técnicos e científicos com os saberes éticos e humanísticos, através
da vivência de situações problemas e a exposição a situações reais.
Considerações Acerca do Ensino da Anatomia Humana na Segunda Metade do Século
XIX: Relatório Sabóia
Tavano, PT 14
Almeida, MI 15
Introdução: nos anos 1800 o ensino médico no Brasil, e por conseqüência da anatomia humana dada a proximidade destes, passapordoisperíodosdeinfluênciadeteoriasepráticasdeensino:inicialmente
o modelo francês, anatomoclínico, e, ao final do século, o
modelo alemão, experimental. Sob a direção de Vicente de Sabóia, a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro reforma seu currículo e
direciona-se pelas influências alemãs. O Relatório Sabóia é uma produção detalhada deste diretor, que retrata as condições de ensino-aprendizado
nos anos de 1880 que pode nos aproximar do cotidiano universitário do importante período histórico, e torna-se referência,
pois o momento retratado por este é considerado um marco no avanço e nas melhorias das condições de ensino da citada faculdade.
Objetivos: delinear as características do ensino da anatomia humana no século XIX, tendo por referência o exposto no documento
oficial designado Relatório Sabóia de 1884. Métodos: revisão bibliográfica de textos de ambientação da história do ensino da anatomia
no Brasil; análise de documentos oficiais do século XIX, referenciado no Relatório Sabóia. Resultados: relata-se grade curricular
com a disciplina de anatomia presente em diversas frentes; ausência maciça dos estudantes às aulas, com necessidade de buscá-los em
outras turmas para a realização dos exames; freqüência livre às aulas; condescendência dos lentes e preparadores em aceitar peças cadavéricas
preparadas pelos estudantes de baixa qualidade técnica; disponibilidade de peças cadavéricas que em grande parte do ano ficavam
intocadas. Conclusões: os anos 1880 apresentaram o binômio teoria/prática para ensino da anatomia em prática e método semelhante
aos séculos anteriores, com exposições teóricas, modelos e moldes anatômicos, preparações para estudo e dissecações pelos estudantes,
porém, relatando desinteresse dos estudantes e pouco estímulo dos lentes. A mudança do modelo francês para o alemão ainda
não reflete positivamente no ensino da anatomia humana.
Aulas Participativas em Anatomia: Abandonando uma Postura Passiva
Barbosa, YT 16
Hemerly, RA 16
Soares, MHFB 16
Figueiredo, ACR 16
Introdução: aulas de anatomia, em algumas universidades, são baseadas numa aprendizagem mecânica, no quadro negro, por
meio da memorização. Os alunos se portam de forma passiva e o professor torna-se mero “transmissor” de conceitos. Assim, as aulas
são monótonas e cansativas, dificultando a construção de conhecimentos sólidos. A importância de estratégias que despertem raciocínio
e participação ativa dos alunos pode tornar o professor um facilitador da aprendizagem. Objetivos: propor um método participativo
de estudo de conceitos em anatomia, diminuindo a unilateralidade da comunicação entre professor e aluno, promovendo uma
aprendizagem dinâmica, estruturada e questionadora. Métodos: a aula participativa e exploratória ocorreu numa turma de 31 alunos
do primeiro ano do curso de Medicina de uma universidade pública. Aaula foi planejada com oito questionamentos que levariam à discussão
do funcionamento e anatomia do coração. Considerou-se o conhecimento prévio dos alunos, como proposto por Masini (2001).
14 Centro Universitário Anhanguera, Leme, SP, Brasil.
15 Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
16 Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
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