Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

prática-ensino-aprendizagem em atenção primária à saúde, pelos alunos da terceira turma, inclusive sentindo-se mais resolutivos no
atendimento a população. Isso reafirma o contrato social entre a escola médica e a sociedade, bem como contribui na formação humana,
pessoal e profissional dos futuros médicos.
Análise do Estágio Rural da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas –
UFAL
Taveira, M.G.M.M. 29
Cavalcante, J.K. 29
Cavalcanti, S.M.S. 29
Tenório, M.N.R 29
INTRODUÇÃO: As diretrizes curriculares publicadas em 2001 orientam para uma formação generalista e humanista do médico,
capaz de atuar como promotor de saúde integral do ser humano e com senso de responsabilidade social. Durante a reformulação do
PPP–FAMED/UFAL trabalhou-se para que o currículo atendesse as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Medicina. O Internato
Rural Obrigatório é ofertado há 35 anos e atualmente funciona em sete municípios, durante 56 dias, na Estratégia Saúde da Família,
onde os estagiários conhecem o funcionamento da SMS, a referência, e ainda participa de reuniões administrativas. OBJETIVO:
Analisar o estágio rural do 6º ano da Faculdade de Medicina da UFAL. METODOLOGIA: Pesquisa qualitativa, analisando o conteúdo
(metodologia, avaliação de aprendizagem e considerações finais) dos relatórios. Dos 80 relatórios finais apresentados pelos alunos
como avaliação do estágio, foram selecionados aleatoriamente 15, dos 07 municípios onde se desenvolve o estágio. RESULTADOS:
Dos 15 relatórios avaliados, 11 (73%) contextualizaram os municípios na situação sócio-econômico-demográfica, sanitária, epidemiológica
e organizacional; 15 (100%) descreveram as atividades realizadas em atenção básica, 06 (40%) atividades hospitalares de urgência,
03 (20%) SAMU; em relação à avaliação de aprendizagem, dos 15 relatórios, 12 alunos elencaram pontos positivos e 08, pontos negativos;
12 descreveram as intervenções realizadas, 11 sugeriram intervenções; nas considerações finais 13 (86%) apontaram o PSF como
porta de entrada do SUS, 07 (46%) fizeram a correlação do perfil epidemiológico com a realidade sócio-econômica da população, e 10
(66%) compreenderam a visão da clínica ampliada na atenção básica. CONCLUSÃO: As discussões atuais voltadas para o internato
referem-se ao sistema de avaliação no qual se busca abordar não apenas aspectos cognitivos da aprendizagem, mas também as
habilidades e competências que se espera do futuro médico. Diante dos resultados descritos percebe-se que o interno consegue adquirir
segurança na aplicabilidade da clínica ampliada.
Internato de Medicina Social em Unidades de Saúde da Família do Município de Porto Alegre
Trindade, T. G. 30
Gonçalves, M. R 30
Harzheim, E 30
Introdução: o internato em medicina social, ainda se apresenta na maioria das escolas médicas em formatos variados de organização,
tempo de estágio e preceptoria. Busca-se um estágio em que o doutorando vivencie plenamente a Estratégia Saúde da Família
(ESF), com preceptoria constante exercendo o papel de “role modeling” da especialidade. De modo que o mesmo atinja o mínimo de
competências necessárias para exercer a profissão na ESF de maneira resolutiva. Objetivo: Descrever a experiência de atendimentos realizados
por internos de uma faculdade de medicina federal em Unidades de Saúde da Família (USF) no município de Porto Alegre.
Métodos: Ointernatoemmedicinasocialocorreemumperíodode3meses,emquecada2a3dedoutorandosrealizamoestágioem
uma USF. Foi procedida uma avaliação do estágio e dos atendimentos no período de 1 ano (junho de 2007 a julho 2008) em 2 USF, em que
se observou 4 rodízios de doutorandos, por seus preceptores locais, que à época eram tanto médicos das equipes como professores
substitutos desta faculdade. Resultados: foram realizados 7620 atendimentos aos usuários, destes 70% eram do sexo feminino, com
média de idade de 36,4 anos; sendo 98% das consultas realizadas nas unidades e 2% no domicílio. Verificou-se uma grande variabilida-
29 Universidade Federal de Alagoas, Maceió, AL, Brasil.
30 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
33: (4 Supl. 4) ; 2009