Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

Identidade e Coletividade: as Manifestações Contra o Bacharelado em Medicina
Mendonça, M 15
Waldemar, FS 16
Dutra, PL 15
Furquim, L 15
Moreira, P 16
Wajner, A 16
Introdução: Em 2007, os formandos do curso de medicina das universidades federais de Porto Alegre se depararam com uma
mudança na titulação de seus diplomas. Ao invés da denominação “médico”, constava a de “bacharel em medicina”. Segundo explicações
das universidades, a mudança havia ocorrido em obediência a Portaria MEC nº. 1.812/2006, que reclassificava o curso de medicina
na condição de bacharelado. Como consequência, surgiram preocupações para os acadêmicos de medicina e para a classe médica: Seria
o primeiro passo para criação do chamado “profissional de saúde”, tornandoasatuaisprofissõesmeras“especializações”?Seriaapreparação
para um “exame de ordem” sem discussão com a classe médica? Quais seriam as conseqüências institucionais da mudança?
Objetivo: Relatar a luta de estudantes de medicina contra a titulação de bacharel no tocante à possibilidade de perda de identidade da
figura do médico perante a população. Métodos: Através de ações do Núcleo Acadêmico do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul
(NA SIMERS), foi realizada uma grande manifestação pública em defesa da classe médica e contra a mudança de titulação. As lideranças
dos diretórios acadêmicos consultaram os estudantes em relação à mudança de título. Após assembléia, realizada em setembro de
2008, acadêmicos de medicina iniciaram a organização de uma manifestação pública contra a mudança de título. A manifestação ocorreu
no dia 17 de outubro de 2008 em Porto Alegre, Passo Fundo, Pelotas e Rio Grande. No total participaram mais de 2.000 pessoas.
Conclusões: A manifestação repercutiu positivamente entre estudantes e na mídia. O ministro da educação apontou a mudança no
diploma como equívoco, estabelecendo a troca dos diplomas de bacharel para diplomas com titulação de médico. Concluímos que,
trabalhando coletivamente, os resultados são possíveis e aparecem em um momento em que a classe médica luta por seus direitos de
maneira firme e organizada.
Trote Solidário: Compromisso com a Vida Através da Função Social do Estudante de
Medicina
Razera, JC 17
Wajner, A 18
Moreira, M 19
Neyeloff, JL 19
Furquim, L 20
Waldemar, FS 18
Introdução: Como ritual de passagem, os novos acadêmicos de medicina são recepcionados pelos veteranos com uma série de
atividades, especialmente o “trote”. Com o passar do tempo, atividades de recreação foram dando lugar a práticas questionáveis. Objetivos:
Para revogar este cenário e resgatar o papel social do médico, os acadêmicos de medicina do RS realizaram, em 2009, uma campanha
denominada “Trote Solidário: compromisso com a vida”. Com apoio do Núcleo Acadêmico do Sindicato Médico do Rio Grande do
Sul, as turmas criaram e executaram uma atividade com os seguintes fins: Promover o bem-estar social junto a instituições beneficentes;
incentivar a doação de sangue; estimular a formação de profissionais engajados; possibilitar integração entre calouros e veteranos; extinguir
as práticas de violência nos trotes e ratificar o papel social do estudante. Metodologia: Foram propostas ações em cada uma das
15 Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil
16 Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
17 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
18 Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
19 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
20 Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
33: (4 Supl. 4) ; 2009