Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

mento de experiências. Métodos: Em 2002, universitários organizaram um cursinho pré-vestibular sem fins lucrativos para incentivar e
auxiliar a comunidade de baixa renda a ter a oportunidade de atingir um curso superior. O curso é organizado por alunos voluntários
da Medicina, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional que atuam como professores, plantonistas e diretores. Sua estrutura
depende predominantemente de doações, como o material do Curso Objetivo, sendo a inscrição a única taxa cobrada no ano. O cursinho
oferece aulas regulares noturnas de segunda à sexta-feira para um total de 190 alunos. Há também atividades extras como reforços,
filmes, simulados, tutoria, plantões e outros eventos, alguns realizados aos sábados. Resultados: Em 2009 houve cerca de 40 aprovações
em diversos vestibulares (FUVEST, UNIFESP, UNICAMP, UNESP etc.) dentre outras conquistas. Além disso, os acadêmicos se beneficiaram
da experiência pelo desenvolvimento da didática e oratória, comprovado pela avaliação dos alunos, bem como do auto-aprendizado,
que favorece a educação continuada do graduando e o estudo de matérias frequentemente não retomadas no curso médico,
oferecendo uma visão ampliada do mundo, importante para o profissional. Conclusões: Este projeto de caráter pedagógico demonstra
a iniciativa e autonomia dos alunos a complementarem sua formação com cidadania, desenvolvimento de habilidades de comunicação
e responsabilidade social. Há a oportunidade de amadurecer, juntamente com seus alunos do cursinho, estimulando a educação e
contribuindo para uma formação humanista e reflexiva.
Ligas Acadêmicas e Educação Médica: uma Visão do Estudante
Araújo, AN 4
Silva, FO 4
Meira, FF 4
Maiato, APA 4
Bortoncello, AFM 4
Introdução: Liga Acadêmica, LA, constitui uma entidade essencialmente estudantil, sob orientação de docentes, que visa contemplar
os três pilares da universidade: ensino, pesquisa e extensão. Atualmente, as LA ocupam espaço significativo no cenário educacional do
país, principalmente na formação médica. A Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, EBMSP, conta com 25 LA, e este recente aumento
deve ser objeto de atenção para que não haja distorção nas reais finalidades das Ligas. Objetivos: Avaliar a participação dos acadêmicos de
medicina da EBMSP em LA. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, realizado através da análise dos dados de questionários estruturados,
aplicados entre alunos do 5º ao 8º período da EBMSPem maio de 2009. Foram excluídos questionários incompletos e selecionados randomicamente
50 por período. Resultados: Dos 200 questionários, 64% eram do gênero feminino e 36%, masculino, com média de idade de
22,15 anos. Do total, 37% afirmaram que nunca participaram de LA, mas pretendem participar futuramente. Apenas 9% nunca participaram
e não pretendem participar. Dos alunos, 54% já participaram ou participam de LA, predominando Infectologia, Oncologia e Trauma. Houve
aumento progressivo da participação dos alunos no decorrer do curso, chegando a 82% no 8º período. Dentre os motivos citados para participação,
89,5% responderam “aprofundar conhecimento em área especifica”; 62% “aproximar-se da prática médica através de atividades oferecidas
pela Liga”; 47,3% “aprimorar currículo para futuras seleções”; 41,2% “tentativa de preencher lacunas curriculares”; 21,4% “preenchimento
de horas extras exigidas pela Faculdade” e 13,7% “integrar-se com colegas de outros períodos do curso”. Conclusões:Hámarcanteinteresse
dos discentes em LA, comprovado pela ampla participação ou anseio de participar futuramente. Diversas justificativas são apontadas
pelos alunos como motivação, entretanto, a LAnão deve focar-se apenas em “ensino” e “pesquisa”: a “extensão” deve ser contemplada para
quesecompleteotripéqueestruturaasLigas.
4 Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
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