Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

dicina da UFG (FMUFG), um grupo de alunos, realizando um trabalho da disciplina, identificou através de entrevistas e questionários
as redes sociais dos pacientes em tratamento ambulatorial de Leucemia Mielóide Crônica (LMC). Objetivos: Relatar a experiência de
oito acadêmicos no ambulatório de Hematologia do Hospital das Clínicas, interagindo com os pacientes com LMC e conhecendo suas
realidades. Métodos: Durante maio e junho de 2009, foram entrevistados pacientes em tratamento ambulatorial. Aplicaram-se questionários
(Escala Cope, escala de espiritualidade, APGAR familiar), observando as repercussões da doença. Resultados: Em muitos sujeitos
o diagnóstico provocou desespero e depressão. Durante a entrevista houve aqueles que se emocionaram e chamou atenção a afirmação
de que nenhum médico se interessou em saber como estavam enfrentando a doença ou se precisavam de encaminhamento ao psicólogo.
No entanto, a maioria estava esperançosa e alguns até mudaram de religião e hábitos de vida. Mas o que mais chamou atenção é
que parte dos pacientes classificava sua leucemia como “doença do sangue” e quando interrogados se essa doença era câncer, negavam
veementemente. Conclusão: São necessárias melhores formas de lidar com leucêmicos, proporcionando uma melhor evolução e convivência
com tal enfermidade. Para tanto é vital conhecer a rede social em que o individuo está inserido e assim encaminhar ao psicólogo
se necessário. Além disso, deve-se esclarecer a doença na medida do possível. A pesquisa, orientada pelo modelo biopsicossocial,
consolidou uma visão integral do binômio saúde-doença e forneceu subsídios para a formação de um profissional que trabalha em
equipes multidisciplinares, capaz de encarar os desafios da medicina.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
33: (4 Supl. 4) ; 2009