Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

ecido semestralmente ao 4ª ano de graduação médica. Objetivo: Construir mapa conceitual da Parasitologia para estudo das relações
que compõe esta disciplina quanto à integração interdisciplinar no âmbito do CDMT. Metodologia: Para a construção do mapa conceitual,
inicialmente, foi avaliada a proposta da Parasitologia na ementa do CDMT e realizado o acompanhamento das atividades do conjunto
de disciplinas para conhecer seu desenvolvimento pedagógico organizacional, como atividade de estágio supervisionado em docência
na FMUSP. O mapa foi construído utilizando-se o software CmapTools Knowledge Modeling Kit version 4.18. Resultados: A
construção do mapa conceitual da disciplina de Parasitologia permitiu sua contextualização no âmbito da integração com outras disciplinas
básico-clínicas, além de promover as significações teórico-práticas discutidas em sala de aula e em outros cenários de prática. As
inter-relações observadas de forma espacial permitem subsidiar as discussões a questões referentes à biologia de parasitos, vetores e
seus respectivos ciclos evolutivos, por exemplo, e sua contribuição efetiva no entendimento das relações agente etiológico/hospedeiro/meio
ambiente/ cuidado em saúde. Conclusão: Autilização de mapas conceituais aplica-se na atualidade em diferentes áreas do conhecimento
para pesquisa, aprendizagem e formação de docentes. Como auxiliar na organização pedagógica da Parasitologia no
CDMT/FMUSP mostrou – se uma eficiente ferramenta no aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem ao permitir uma visão
espacial das múltiplas interações da proposta de integração interdisciplinar, nas quais conceituações de uma disciplina interagem com
as outras como um verdadeiro ecossistema.
Medicina nas Minas Gerais no Escravismo Colonial
Silveira, M.E. 44
Ribeiro,J.M.N.D. 44
Henriques, F.V. 44
Mao, A.Y.Y. 44
Galvão, M.A.M. 44
Figueiredo, T.D. 44
Introdução: Nas Minas Gerais, no início século XVIII, diante do movimento de pessoas livres e escravas que viviam sob condições
precárias e trabalho árduo nas lavras, a presença de médicos e cirurgiões era essencial. Inseridos na massa populacional que se deslocava,
esses homens acabaram por enfrentar as vicissitudes de um novo universo social e improvisar uma prática médica que pudesse
suprir as necessidades cotidianas. Objetivo: Traçar um breve perfil da situação de saúde e das principais doenças que acometeram os escravos
no período colonial na Região das Minas Gerais. Métodos: Leitura da bibliografia existente sobre o assunto e de dois estudos de
caso pesquisados, com análise e organização dos dados obtidos. Resultados: Asituação da saúde da população escrava não era preocupação
do Estado ou dos proprietários de escravos. Minas Gerais era apenas o reflexo do funcionamento geral do sistema escravista brasileiro.
A taxa de mortalidade ultrapassava cinqüenta por cento, tendo hidropsia, tuberculose, gangrena e soterramentos como principais
causas de óbitos. Apartir de 1830 ocorreu a diminuição do fluxo de escravos para o Brasil, o que encareceu o valor de comercialização
destes. Desse modo, a melhoria das condições de vida e a preocupação com a saúde da população escrava passaram a ser relevantes.
Um estudo de caso sobre as enfermidades na região do Rio das Mortes (atual São João Del Rei e Tiradentes) foi realizado por historiadores
a partir de registros da época. Nestes, são constatadas doenças relacionadas às condições de trabalho, moradia e alimentação da
população escrava daquela região. Conclusões: Apenas com o fim do tráfico negreiro, pensou-se melhor na condição do negro na sociedade.
Estabeleceu-se, assim, uma política de saúde baseada nas práticas da Medicina do Trabalho presentes na Inglaterra, com o intuito
de manter o contingente de mão-de-obra e a produção de lucro.
44 Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
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