Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

Prevalência de Hiperidrose nos Alunos de Medicina da UFAM
Padilha, R17 Carvalho, BCN17 Westphal, DC17 Tomaz, GCS17 Melo, NC17 Fonseca, IG17 Introdução: A hiperidrose primária é uma doença benigna com prevalência de 1% no mundo ocidental, caracterizada pela excessiva
produção de suor em uma ou mais regiões anatômicas do organismo como palmar, plantar, axilar ou facial; com uma incidência
hereditária em 13 a 57% dos casos tanto quanto como uma reação às alterações climáticas e ao estresse. Manaus é uma cidade localizada
a 2° abaixo da linha do Equador e tem clima equatorial, umidade relativa entre 80 e 90% o ano todo, chegando a atingir médias climáticas
de 34°C no mês de junho. Objetivo: Avaliar a prevalência de Hiperidrose nos alunos do Curso de medicina da Universidade Federal
do Amazonas - UFAM. Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo observacional do tipo coorte que analisou a prevalência de Hiperidrose
nos alunos do Curso de medicina da UFAM. O questionário continha perguntas sobre a sudorese do estudante e nos casos que
essa era pouco tolerável ou intolerável foi diagnosticada a hiperidrose. Também foi coletado o peso e a altura para verificar a relação
com o IMC. Nos alunos com a patologia foi aplicado um questionário para avaliar a qualidade de vida em relação à hiperidrose. Resultados:
Foram analisados 293 alunos de Medicina do 1° ao 8° período. Em relação às respostas obtidas 5,5% dos alunos responderam que
a sudorese era pouco tolerável ou intolerável e logo apresentam hiperidrose. Essa prevalência é maior que nos trabalhos analisados na
literatura que varia desde 0,6% até 2,8%. Não se achou relação com a evolução dos períodos da faculdade afastando assim a possibilidade
de aumentar com o estresse, considerando que quanto maior o período maior é o estresse. Conclusões: Aprevalência em Manaus foi
bem maior que nos outros trabalhos comprovando a relação com o clima, embora não se fixou relação com o estresse da faculdade.
Análise Discente da Didática Empregada na Disciplina de Anatomia Humana do Curso
de Medicina da UFC
Miranda, DPM18 Sucupira, DG18 Viana, RR18 Cruz, EA18 Gadelha, MAD18 Moura, JRSA18 Introdução: A Anatomia Humana é, dentre as disciplinas básicas, uma das que requer uma maior gama de recursos didáticos
para que haja uma aprendizagem adequada. Por ser uma matéria fundamentalmente descritiva e que necessita de uma abordagem visual
intensa das estruturas, apenas aulas teóricas não são suficientes. Por isso, vários métodos são utilizados nas diversas escolas médicas:
aulas práticas com cadáveres, dissecação, multimídia, gincanas, etc. Objetivos: Neste estudo, procurou-se avaliar a forma como foi
ensinada a Anatomia no curso de Medicina da UFC, tendo em vista os diversos métodos utilizados pelos alunos durante o processo de
aprendizagem. Métodos: Foram aplicados questionários com perguntas objetivas para 101 alunos do segundo ao quarto semestre do
curso de Medicina. Nestes questionários havia, além de perguntas sobre o modo de ensino, três perguntas referentes ao assunto estudado,
sendo uma de nível fácil, outra de nível médio, e outra de nível difícil. Resultados: Após análise dos dados obtidos com o questionário,
contatou-se que 69,5% dos alunos consideram o modo como a anatomia foi ensinada ineficaz, muitos deles justificando a resposta
porque não tiveram dissecação (3º semestre), outros porque o modo como a teve foi inadequado (2º e 4º semestres). Alem disso, 80,2%
dos alunos consideram as peças utilizadas nas aulas práticas regulares ou ruins e praticamente todos (99%) acham que a baixa freqüência
em que chegam cadáveres é prejudicial à aprendizagem, afetando tanto a dissecação quanto o preparo de peças. Ao se avaliar o resultado
das perguntas sobre anatomia, viu-se que 73,3% acertaram a pergunta fácil, 60,4% acertaram a média e apenas 33,7% acertaram
a difícil. Conclusões: Foi constatado que certos fatores, como a baixa disponibilidade de cadáveres e a inexistência de um curso de dissecação
estável e eficaz, prejudicam o ensino da anatomia e precisam ser revistos nas instituições deficientes em tais fatores.
17 Universidade Federal do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.
18 Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
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