Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

Impacto Humanizador da Interação Estudantes-Trabalhadores no Centro de Saúde DIC
III, no Município de Campinas/SP
Maia, FHA 10
Marçal, CRM 11
Introdução:Ainteração entre os estudantes do 5º ano de medicina e os trabalhadores do centro de saúde DIC III acontece desde
2005. Esse processo ocorre por 10 dias úteis, que totalizam 40 horas de atividades. Nesse processo, de ensino-aprendizagem, o trabalhador
da saúde é incentivado em seu papel formador, enquanto o estudante é incentivado como protagonista nesse processo, sendo o serviço
de saúde e sua área de abrangência o principal espaço da aprendizagem. Geralmente, é apresentado um “caso” do centro de saúde,
e é solicitado aos estudantes a elaboração de um Projeto Terapêutico Singular (PTS) em parceria com os trabalhadores. Resultados e
Conclusões Objetivos: Avaliar o potencial humanizador da interação, tanto na formação dos estudantes, quanto na “transformação”
da prática dos trabalhadores do centro de saúde. Métodos:Análise do depoimento dos trabalhadores e dos estudantes, avaliando a interação,
e seus efeitos gerados, após o contato nesse módulo. Resultados: Ainteração acadêmicos/trabalhadores é complexa, podendo
resultar em conflito, ou em verdadeiras alianças. Quando a interação é positiva, as discussões e problematizações ocorridas servem tanto
para a humanização da formação, pois os acadêmicos têm contato com o trabalho em equipe, e vivenciam aspectos da clínica ampliada
e da intersetorialidade, quanto para a humanização do trabalho da equipe, visto que desencadeia mudanças no processo de trabalho,
mudando a forma que a equipe enxerga os casos, e como interage com a população. Quando geram conflitos, evidenciam ainda os
limites do trabalhador do SUS enquanto formador, e da formação acadêmica extra-muros da universidade. Conclusões: Ainserçãodos
estudantes de graduação do 5º ano de medicina em centros de saúde de Campinas desencadeia uma série de mudanças, conflituosas e
reveladoras para os estudantes e para os trabalhadores que os recebem. Nesse sentido, é fundamental ampliar esse tipo de estratégia,
possibilitando maior impacto na formação.
Percepção dos Estudantes sobre a Vivência em um Projeto de Extensão em uma Colônia
para Hansenianos
Costa, DM12 Balestrêro, MHS12 Nery, LL12 Mercier, ALF12 Teodoro, HCT12 Madeira, ES12 Introdução: A educação médica deve favorecer o desenvolvimento do aluno em cenários diversificados e atividades complementares,
como projetos de extensão, propiciam situações privilegiadas para a aprendizagem, por serem voluntários e expressarem o
desejo dos alunos em desenvolverem essas atividades. Objetivo: Relatar processo ensino-aprendizagem percebido por estudantes do
projeto de extensão desenvolvido na Colônia Pedro Fontes, Cariacica/ES, antigamente destinada ao isolamento de portadores de hanseníase.
Metodologia: Visitas bimestrais à Colônia, quando estudantes distribuídos em equipes multidisciplinares realizam tarefas comuns
com uma visão integral do paciente, como diagnóstico situacional, oficinas artesanais, exibição de filmes, visitas domiciliares e
palestras educativas. Desenvolvem também, segundo o curso e período, tarefas específicas de sua futura categoria profissional, como
consultas médicas, cuidados ao pacientes nas enfermarias e elaboração de plano de cuidados. Todas sob supervisão docente. Posteriormente,
os estudantes refletem sobre a experiência, identificam aspectos positivos e negativos e fazem sugestões para a melhoria da
atenção prestada à comunidade, consolidando o processo de ensino-aprendizagem. Resultados: Foi propiciada aproximação com a realidade
do exercício da medicina, o contato com uma prática humanizadora e com o trabalho em equipe, além de significar o conteúdo
das disciplinas estudadas. Essa vivência da medicina fora do contexto de sala de aula contribuiu para o entendimento das necessidades
10 Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
11 Prefeitura Municipal de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
12 UNIVIX - Faculdade Brasileira, Vitória, ES, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
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