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Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

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TEMA: ÉTICA<br />

Tratamento sem Sangue: a Ética Médica e o Respeito à Autonomia do Paciente<br />

Rocha, IJ 1<br />

Introdução: a evolução da ciência médica possibilitou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tratamentos e cirurgias sem a utilização <strong>de</strong> sangue, <strong>de</strong><br />

sorte que a transfusão já não é consi<strong>de</strong>rada como a única terapêutica capaz <strong>de</strong> salvar a vida do paciente que <strong>de</strong>la necessite. Objetivo: o presente<br />

trabalho revisa as alternativas médicas à terapia com sangue, trazendo uma discussão sobre os conflitos éticos e legais envolvidos na recusa<br />

ao tratamento médico pelo paciente objetor <strong>de</strong> consciência. Métodos: foram utilizadas fontes jurídicas do direito nacional, internacional e<br />

comparado, sendo elas legislação, doutrina e jurisprudência; e as não jurídicas, compostas, basicamente, <strong>de</strong> estudos sociológicos, históricos,<br />

filosóficos e artigos científicos acessados pelos bancos <strong>de</strong> dados: Periódico CAPES, Lilacs, PubMed, Scielo, Bireme e Medscape. Aabordagem<br />

da questão foi feita à luz da garantia constitucional à liberda<strong>de</strong> individual, respeito à autonomia do paciente e do consentimento informado,<br />

analisando o direito <strong>de</strong> escolha ao tratamento sem sangue. Resultados: a interpretação <strong>de</strong> um texto bíblico é um limite, assim como é também<br />

o ensinamento <strong>de</strong> um livro texto <strong>de</strong> medicina. Asabedoria que <strong>de</strong>ve prevalecer é a que concilia o íntimo do paciente com o argumento científico.<br />

Nisso se insere a terapia sem sangue, que se apresenta como alternativa eficaz e segura. Conclusões: respeitar a autonomia do paciente,<br />

para que ele <strong>de</strong>termine sua conduta diante <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong>s médicas, optando por um ou outro tratamento, <strong>de</strong> acordo com suas mais íntimas<br />

convicções, sejam elas religiosas ou não, é permitir-lhe concretizar sua dignida<strong>de</strong>. Cabe ao indivíduo sopesar os direitos fundamentais “vida”<br />

e “liberda<strong>de</strong> religiosa”, <strong>de</strong>cidindo a qual <strong>de</strong>les irá imputar maior valor. Menosprezar a autonomia, por sua vez, violenta a dignida<strong>de</strong> do paciente,<br />

arrasa sua esfera moral e massacra os direitos do ser humano.<br />

A Ética na Formação Médica: Reflexões sobre Atitu<strong>de</strong>s Acadêmicas no Cenário <strong>de</strong> um<br />

Hospital Escola<br />

Zai<strong>de</strong>n, TCDT 2<br />

Gomes, RO 2<br />

Carvalho, IGM 2<br />

Introdução: Ética significa modo <strong>de</strong> ser ou caráter. Na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, esta tem que estar voltada para a centralida<strong>de</strong> da pessoa<br />

enferma, respeitando sua dignida<strong>de</strong>, reconhecendo seus valores, suas necessida<strong>de</strong>s materiais e seus sentimentos morais e religiosos.<br />

Objetivos: Descrever estratégias pedagógicas ativas utilizadas e discutir casos reais vivenciados em um hospital escola durante a formação<br />

médica com relação à temática da ética. Métodos: Estudo <strong>de</strong>scritivo observacional enfatizando a metodologia problematizadora,<br />

com aplicação das cinco etapas do “Arco <strong>de</strong> Charles Maguerez” (observação da realida<strong>de</strong>, levantamento dos pontos-chave, teorização,<br />

hipóteses <strong>de</strong> soluções e retorno para comunida<strong>de</strong>). Utilizou-se o Caso do Eixo Teórico-prático Integrado como estratégia para integrar<br />

a teoria e a prática. Neste, há a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> casos-problema pelos acadêmicos, seguido da escolha <strong>de</strong> um dos casos pelos docentes,<br />

com posterior discussão do caso por alunos e professores. Aequipe divi<strong>de</strong>-se em pequenos grupos, sendo cada docente responsável<br />

por um; i<strong>de</strong>ntificam-se os eixos norteadores que serão a base para as próximas discussões. A partir daí, os encontros subseqüentes são<br />

<strong>de</strong>dicados à construção do quadro teórico necessário à solução do caso-problema. Foram realizadas oito sessões e discutidos sete<br />

sub-eixos; sendo que o eixo principal foi a conduta <strong>de</strong> acadêmicos <strong>de</strong> medicina no hospital escola (serviço). Resultados: As discussões<br />

resultaram em propostas <strong>de</strong>mocráticas para a <strong>de</strong>volutiva na comunida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>cidiu-se então pela realização <strong>de</strong> um evento <strong>de</strong> integração<br />

entre aca<strong>de</strong>mia (docentes e discentes) e hospital escola. Conclusões: Percebeu-se que diversos fatores contribuíram para a insatisfação<br />

no processo aprendizagem, <strong>de</strong>ntre eles: a escassa fonte bibliográfica sobre a conduta <strong>de</strong> acadêmicos no hospital escola, a falta <strong>de</strong> tempo<br />

do estudante para o aprofundamento <strong>de</strong> temas amplos, as questões estruturais e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> relações interpessoais sólidas.<br />

Entretanto, as discussões foram enriquecedoras, principalmente no sentido <strong>de</strong> permitir a autocrítica, suscitar a reflexão e aprimorar o<br />

autoconhecimento.<br />

1 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

194<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>

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